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O IMPACTO PSICOLÓGICO NO CUIDADOR DE PESSOAS IDOSAS PORTADORAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Por:   •  15/1/2018  •  Artigo  •  8.379 Palavras (34 Páginas)  •  446 Visualizações

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O IMPACTO PSICOLÓGICO NO CUIDADOR DE PESSOAS IDOSAS PORTADORAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

Rozianne Melville Messa

Psicóloga  

Especializanda em Neuropsicologa – Capacitar

Mayck Djúnior Hartwig

Orientador - Psicólogo

Especialista em Psicologia do Esporte

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

Resumo

A Doença de Alzheimer/DA é uma doença degenerativa e progressiva, causando diminuição global da memória e impacto psicológico em pessoas idosas, sendo uma demência classificada como pré-senil quando surge antes dos 60 anos de idade e senil depois dos 60 anos de idade. Quando diagnosticada, é passada aos familiares que a doença tende a evoluir e, com a evolução da doença, o paciente torna-se cada vez mais dependente de terceiros; para lidar com o portador da DA, é necessário que tenha-se um cuidador; é comum que esta responsabilidade seja de uma pessoa da própria família do paciente; em alguns casos, no entanto, o cuidador é de fato um profissional da área; independentemente de o mesmo ser profissional ou um ente familiar, este passa a sofrer impactos em sua vida social e psicológica. Logo, torna-se fundamental investigar os diversos aspectos da doença de Alzheimer, com o objetivo de verificar o impacto no cuidador, conhecendo assim as principais consequências psicológicas. Desta forma, é importante que o cuidador de fato seja uma pessoa que conheça a doença e saiba lidar com suas reações e que o mesmo também receba assistência física e psicológica, de modo que o mesmo não fique tão preso à atividade de cuidador e se prive de ter uma vida familiar/social. O método de pesquisa realizado foi pesquisa bibliográfica, envolvendo livros, artigos científicos, revistas, jornais, tese e monografias.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer – DA. Pessoa Idosa. Cuidador.

Abstract

Alzheimer's disease / AD is a degenerative and progressive disease, causing a global decrease in memory and psychological impact in the elderly, being a dementia classified as senile when it appears before 60 years of age and senile after 60 years of age. When diagnosed, it is passed on to the relatives that the disease tends to evolve and, with the evolution of the disease, the patient becomes more and more dependent on third parties; to deal with the AD patient, it is necessary to have a caregiver; it is common for this responsibility to belong to a person of the patient's own family; in some cases, however, the caregiver is in fact an area professional; regardless of whether he or she is a professional or a family member, the family is impacted by their social and psychological life. Therefore, it is fundamental to investigate the different aspects of Alzheimer's disease, in order to verify the impact on the caregiver, thus knowing the main psychological consequences. In this way, it is important that the caregiver is in fact a person who knows the disease and knows how to deal with their reactions and that the same one also receives physical and psychological assistance, so that the same one does not become so attached to the activity of caregiver and deprives to have a family / social life. The research method used was bibliographic research, involving books, scientific articles, journals, journals, theses and monographs

Key words: Alzheimer's disease - AD. Elderly. Caregiver.

  1. INTRODUÇÃO

Este artigo vem mostra em seu contexto um esclarecimento sobre o impacto psicológico no cuidador de pessoas idosas portadoras da Doença de Alzheimer, observando sobre a saúde mental de ambos, informando sobre neuropatologia em ambos, ressalta brevemente sobre o conhecimento do processo de envelhecimento, além dos principais impactos no cuidador e na pessoa idosa com DA.

Ao se confrontar com o envelhecimento populacional, o foco que antes era prolongar a vida, deixa de ser o objetivo, partindo para o pensamento da manutenção da aptidão funcional de cada indivíduo, de forma que ele permaneça independente pelo maior tempo possível.

Recentemente os questionamentos sobre o envelhecimento saudável tem sido uma matéria recorrente entre os meios de comunicação, sendo enfatizada e bem cotada perante os profissionais da saúde, especialmente com o aumento da população idosa, por ser um processo natural o envelhecimento está associado a importantes alterações estruturais e funcionais, caracterizado pela redução da reserva funcional, que somada aos anos de exposição a inúmeros fatores de risco, torna os idosos mais vulneráveis às doenças, tornando-se portadores de múltiplas enfermidades crônicas e incapacitantes e, por isso, sendo grandes consumidores dos recursos orçamentários destinados à saúde (COSTA; PORTO; SOARES, 2003), logo que, a atenção nos cuidados primários relacionados à saúde, é primordial.

Conforme relata os estudiosos Ciosak et al (2011), o envelhecimento que proporciona as pessoas idosas conviverem bem, em clima harmônico, com as limitações impostas pelo decorrer dos anos e manter-se ativo até as fases tardias da vida é chamado de Senescência. Nas pessoas idosas em que o envelhecimento se dá de forma anormal ou patológica, manifestando-se principalmente como uma incapacidade progressiva para a vida ativa, é chamada Senilidade conforme os estudiosos explicam; no caso deste trabalho será abordado este envelhecimento.

Sendo assim, refletir e discutir sobre o processo de envelhecimento, torna-se uma questão fundamental também para o campo da terapia familiar considerando que esta etapa da vida envolve temas como a velhice, o adoecimento e a morte, presentes no núcleo familiar destes idosos. Pretende-se destacar a doença de Alzheimer, que nas palavras dos autores Falcão e Araújo (2011, p.47), é “uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que atinge homens e mulheres de todas as raças”, sendo uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais frequente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.

Este trabalho tem como objeto conhecer os conceitos gerais sobre o DA e suas consequências, o impacto psicológico no cuidador e seu retorno pós luto, para sua vida social e familiar, visando melhora da qualidade de vida.

2. CONCEITOS E TEORIAS SOBRE

2.1 O ENVELHECIMENTO

Com base nos estudos sobre conceitos dos autores Malloy-Diniz; Fuentes; Cosenza (2013), as teorias mais influentes na atualidade foram estabelecidas nos últimos 60 anos, período em que também se observaram diversas mudanças na temporalização da vida humana e da velhice, graças ao envelhecimento populacional que se expandiu para praticamente todo o mundo.

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