O Jogo e a Relação da Esfera das Motivações e Necessidades
Por: Vanessa Muniz • 28/5/2016 • Relatório de pesquisa • 4.289 Palavras (18 Páginas) • 280 Visualizações
O jogo e a relação da esfera das motivações e necessidades
O jogo na evolução da esfera vai muito além das necessidades das crianças, apesar, que sua avaliação segura foi constatada recentemente. Vigostski colocava como um problema a motivação e a necessidade para compreender apropria origem do jogo patagonizado. Ao ver a contradição que existe entre os novos desejos nascentes e a urgência de concretiza-los, e não se pode cristalizar, Vigotski só conseguiu formular a questão, mas não conseguiu resolve-la, e até hoje só se consegue resolver de maneira hipotética.
Leóntiev propôs, em uma de suas primeiras publicações, uma solução hipotética para esse problema. Para ele o mundo dos objetos para as crianças vai ficando cada vez mais vasto, e nesse mundo vai começando a entrar não somente os objetos que ela pode manusear, mas também outros os de adultos, os que elas ainda não podem manipular e nem estão no seu alcance físico. Sendo assim ocorre a transformação dos jogos nos primeiros passos da infância até a fase pré-escolar, aumentando sua percepção dos objetos humanos onde a assimilação se apresenta como uma tarefa, e venham a transcorrer no seu desenvolvimento psíquico.
Nessa fase da criança ela não possui a atividade teórica abstrata, conhecimento contemplativo abstrato, para ela só existe a ação. Para Leóntiev “A criança que assimila o mundo que a rodeia pretende atuar nesse mundo.”.
“Por isso a criança, durante a evolução do conhecimento que adquire do mundo objetivo, aspira a entrar em relação eficiente não só com os objetos que estão ao seu alcance, mas também com outro mundo mais vasto, quer dizer, pretende atuar como adulto.” (ibid. p.471). Leóntiev entra ai no x da questão, onde há uma contradição que leva os jogos patagonizados do “eu farei” da criança com o “não se pode” do adulto. A criança não basta olhar para um automóvel em marcha, nem subir nesse automóvel, ela precisa agir conduzir ele, mandar nele. A criança ela quer conduzir ela mesma o automóvel, mas ela não pode fazer isso, pois não sabe e nem pode fazer as operações requeridas nessa ação.
A criança na fase inicial da infância esta totalmente absorta no objeto, assim como ele funciona, ela é capaz de aprender como realizar sozinhas essas ações, é nessa hora que a criança se afasta do adulto e vê que ela atua como ele. E isso quem contribuem são os adultos com dizem que ela está agindo, ou parecendo um homenzinho. A sensação causada pelo objeto deve-se agora a pessoa que até esse momento se mantinha atrás do objeto. Com isso os adultos passam a serem modelos para as crianças, e elas passam a agir como eles, e se sentem dominadas por esse desejo.
A mudança dos jogos com objetos para interpretação de papéis, às vezes não se vê nenhuma mudança momento dessa transição. As crianças ainda continuam com suas bonecas, seus carrinhos, seus quebra cabeças, etc., no fundo nada muda. A menina dava banho na boneca, dava comidinha, a colocava para dormir, só que agora ela passa ver isso numa visão mais realista, como ela sendo a mãe e a boneca sendo a filha, passando assim em responsabilidades de criança, passando assim a manifestar a atividade de mãe com o filho, seu amor, carinho, ternura ou até mesmo o contrário, isso vai depender das condições de vida em que a criança vive das relações concretas que as circundam.
Ainda na transição dos jogos com objetos para o jogo representativo, a criança ainda desconhece as relações e funções sociais do adulto, e das atividades que desenvolvem, Fazem tudo conforme seu desejo, se colocando claro na posição de adulto, operando-se ao mesmo tempo uma orientação eficiente de emotividade nas relações dos adultos e nos sentidos de seu procedimento.
Adicionando ao que foi dito sobre o jogo patagonizado, por maior e forte que seja a emoção com que a criança se compenetra do papel de adulto, ela ainda é uma criança, se sente como tal. Se vê como adulto se compara emotivamente igual a ele, mas descobre que ainda não é um adulto. Por meio do jogo, de onde emana a nova razão de chegar a ser adulto e exercer de fato suas funções.
Bozhóvitch (1951), diz que a criança sente novas razões para ser adulto na fase pré-escolar, quando a vontade de ir para a escola, e começar a realizar um trabalho social concreto e apreciado para a sociedade, para elas esse é o caminho para se tornarem adultos.
O jogo não limita a criança a ter razões para atuar e novas tarefas relacionas a elas. Claro que também outras formas de atividade s são importantes para formação dessas necessidades, mas nenhuma atividade se sobressai com tamanha carga emocional na vida de um adulto, nem se destaca tanto nas funções sociais e no sentido da vida das pessoas quanto o jogo.
Antes que os jogos seriam objeto de pesquisa cientifica ele já era usado como uma grande escala de pesquisa. Veremos agora a hipótese dos jogos na vida de uma crianças e suas com mudanças na sociedade. Onde a educação passou a ser função social em muitos desde muito tempo. Em vários sistema pedagógicos os jogos tinham papeis diferentes, mas todos ligados com a natureza das crianças. Essas afinidades não tem relação biológica com a criança, mas e social da criança a necessidade dela de se relacionar com os adultos.
Em crianças de menos idade o método de educação ainda e assusto da família que usa os métodos antigos que vem de tradição ate ela ingressar na escola. Em outros países eles enfatizam no problema da educação e de higiene a relação com a educação familiar são pouco estudada. O resultado são pedagogos que vão pelo processo evolutivo nesse período da infância. A sociedade deve se preocupar com a educação da criança tem que esta interessada na educação múltipla de toda criança e esse interesse só existe na sociedade socialista.
Aonde existe educação familiar tem dois tipos de atividade que influencia o processo de desenvolvimento da criança. Em primeiro lugar são as varias formas de trabalho familiar e em segundo lugar os jogos e suas varias formas.
Na sociedade burguesa, algumas classes e alguns setores sociais elimina o trabalho da vida de seus filhos usando os jogos como forma fundamental de vida, forma universal e única de educação infantil. Longe do convivo da família vivendo em um quarto a criança relaciona os jogos com sua relação familiar. Imagina-se que venha daí a impressão de que existe um mundo infantil especial de jogo como atividade com conteúdo fundamental de formas compensatórias de toda a natureza.
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