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O Laudo Psicológico

Por:   •  12/4/2025  •  Trabalho acadêmico  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  15 Visualizações

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LAUDO PSICOLÓGICO

1.Identificação

Avaliado: menor P. J. R.

Solicitante: Escola Cora Coralina

Finalidade: Apresentar o resultado do processo de avaliação psicodiagnóstica realizada com o menor P. J. R.

Autoras: nome e CRP das psicólogas clínicas

2.Descrição da demanda

De plano, convém pontuar que este laudo psicológico tem como finalidade apresentar o resultado da avaliação psicológica (1) realizada por estas profissionais, com o paciente P. J. R., 08 anos de idade, estudante cursando o 3º ano das séries iniciais, filho de Maria Joaquina.

Segundo Paniagua (2018, p. 1853), “a avaliação psicológica constitui-se numa atividade científica inerente ao psicólogo, visto este ser o profissional capacitado para lidar com instrumentos psicométricos e projetivos utilizados em processo investigativo.”

Pertinente esclarecer que, o presente documento foi elaborado em observância aos termos delineados no art. 13 da Resolução 06/2019, do Conselho Federal de Psicologia, e todo o processo de avaliação foi pautado no Código de Ética do Profissional Psicólogo, Resolução 010/2005 e na Resolução 09/2018, também do Conselho Federal de Psicologia. (CFP, 2019)

De início, buscou-se angariar maiores informações sobre a queixa apresentada pelo Estabelecimento de Ensino Cora Coralina, referente ao comportamento agressivo do avaliado no ambiente escolar, e também as questões que envolvem o contexto da escola e da família do infante.

Foram coletados dados pessoais e sobre o histórico de vida do avaliado e sua família, por meio de entrevistas/anamnese, primeiro com a sua genitora, Sra. Maria Joaquina, juntamente com o padrasto do menor, ocasião em que a mãe apresentou relatos de que seu filho sofreu tentativa de abuso sexual e que por vezes acaba sendo agressiva e impaciente com o filho devido aos problemas que ela apresenta. Após, individualmente, com o paciente, observando-se sua postura, expressão facial, gestos, interação com as profissionais e com o ambiente, etc.

Superadas as etapas acima apontadas, estas profissionais formularam as hipóteses diagnósticas sobre as questões levantadas, bem como identificaram os métodos, instrumentos e técnicas mais adequados para a realização dos trabalhos relacionados à avaliação psicodiagnóstica em comento, prosseguindo-se com a realização das sessões, onde foram aplicados testes e técnicas com o uso de estratégias lúdicas.

Em suma, este laudo psicológico também relata todo o procedimento realizado no curso da avaliação em apreço, bem como traz informações técnicas e científicas que envolveram os fenômenos psicológicos, a partir da demanda apresentada e do que foi trabalhado com o menor avaliado, conforme adiante se observa.

3.Procedimento

Num primeiro momento, foi realizada entrevista/anamnese com os responsáveis pelo paciente avaliado (mãe e padrasto), e com o próprio, numa outra ocasião, na qual foi utilizado de recurso lúdico.

Sobre as estratégias lúdicas (EMIDIO; RIBEIRO, E-FARIAS, P. 3, 2009), assim discorrem:

As estratégias lúdicas são necessárias para criar as condições de ocorrência e consequenciação de comportamentos-problema na sessão terapêutica. A criança, em geral, não apresenta um repertório bem elaborado de descrição e análise das ocorrências de sua vida, e a situação de brincadeira permite ao terapeuta entrar em contato com os problemas da criança.

Ao todo, realizaram-se com o infante 05 (cinco) sessões, cada qual com 01 (uma) hora de duração, uma vez por semana, num período de 60 dias. Nas 02 (duas) primeiras foram realizadas atividades consistentes na hora do jogo diagnóstica, na terceira, foi aplicado o Procedimento D-E, na quarta o Procedimento DE-F.

Por último, na quinta sessão, sobreveio a devolutiva com o paciente e, após, a devolutiva com a mãe e o padrasto.

4.Analise

No momento da Avaliação Psicodiagnóstica o paciente apresentou algumas situações, a saber:

Tem uma grande capacidade de insight, organização e cumprimento das regras sociais, demonstrou muito interesse em aprender e também pela escola, eis que se interessou pelas regras do jogo e colaborou com a organização dos brinquedos utilizados durante as sessões.

Contudo, mostrou-se uma criança retraída, com medo de ser reprimida, com atitudes de uma idade mais avançada, o ideal seria que ele tivesse o interesse por coisas pertinentes a sua idade real, como brincar com amiguinhos da mesma faixa etária.

O avaliado demonstrou indícios de que vivencia grande conflito familiar, situação esta também apresentada pela própria genitora do infante, que confessou ser impaciente e agressiva com o filho, pois sempre que ele faz algo que ela não aprova, briga e o agride, fato esse que sugere um aprendizado de conduta, haja vista que o avaliado absorveu que quando alguém faz algo que não seja do seu agrado, pode revidar com agressão.

Além disso, foi possível observar que o pequeno P. J. R. se sente preterido pela sua mãe em relação a irmã, e que sofre por falta do investimento afetivo materno e pela ausência do pai, cuja situação ficou evidente diante dos seus pronunciamentos nas sessões, corroborados pelas informações adquiridas da genitora.

Ressalta-se que, esse distanciamento afetivo entre ele e a mãe o faz sentir-se desvalorizado e sugere a dificuldade em expressar sentimentos afetuosos para com os outros, uma vez que não foram aprendidos no seio familiar.

O avaliado apresentou atitudes defensivas e de competição, ansiedade e rigidez em alguns momentos e ausência de laços de confiança, expressou se sentir impotente para ir contra algo que ele não quer fazer, o que pode ter relação com eventual abuso sexual sofrido em bem tenra idade, ocasião em que se viu indefeso.

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