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O Lixo Extraordinário

Por:   •  30/4/2019  •  Resenha  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  267 Visualizações

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Elaine Resende Da Fonseca , 5 Período Turma 2

No documentário “Lixo Extraordinário” podemos perceber o quanto o nosso país é desigual.Vivemos em uma sociedade onde infelizmente alguns grupos sofrem muita discriminação

Muitas vezes a sociedade, de modo geral, julga o ser humano por sua aparência, não por sua essência, ou seja, os comportamentos das pessoas não são julgados de acordo com regras morais igualitárias, segundo se pensa. Muitos se comportam de certa forma como se a cor ou a raça tivessem influências em nossa dignidade.

Foi isso que o artista plástico Vik Muniz produziu no antigo aterro sanitário Jardim Gramacho. O documentário "Lixo Extraordinário" fala do projeto do artista plástico, que para pô-lo em prática, frequentou o aterro sanitário por dois anos, para fotografar um grupo de catadores de materiais recicláveis e retratá-los com sua arte, com o lixo do próprio aterro. Seu objetivo era o de mudar a vida daquelas pessoas revertendo os lucros do trabalho para a comunidade.

Essas pessoas excluídas da sociedade, que tanto sofrem com a invisibilidade pública. Ele fez a obra no maior aterro sanitário da America Latina. Além de mostrar a beleza que existe nas pessoas lá, e em sua essência, o filme trata também da questão do lixo na sociedade, sendo esse lixo um grande problema na atualidade. E mais do que uma obra de arte esse trabalho foi um projeto de transformação social, com a função de conscientizar, motivar e financiar a luta dos coletores de lixo do Jardim Gramac
O filme nos leva a refletir que poucos conseguem olhar além de um monte de lixo; poucos perceberiam que um lixo reciclado pode se transformar em obra de arte e que da mesma forma podemos transformar a sociedade; poucos reconheceriam a dignidade que existe em “simples catadores de lixo”; poucos deixariam o preconceito de lado para se infiltrarem num local comandado pelo tráfico onde os moradores são excluídos da sociedade; poucos enxergariam a beleza onde a sociedade enfatiza que ali, ela não existe. Poucos iriam querer correr o risco de se contaminar em um local tão sujo sem perceber que a maior contaminação que pode.

No que se refere a direitos  humanos e autonomia pelo que aprendi na Psicologia Social, vejo que houve a exclusão por parte de Vik Muniz e sua produção, quando não incluíram os catadores nas reuniões e nem os deram autonomia de escolha faltando dialogo.

Na psicologia sócial critica a identidade é muito importante para que o indevido se reconheça e haja uma mudança , e a psicologia social busca transformar a sociedade, mas para que exista essa mudança os catadores precisavam construir sua identidade e entender que eles tem direitos, deveres e possibilidades. Podemos ver que nos diálogos entre o artista e os catadores percebemos muito essa falta de identidades neles.  Percebemos que não só a população carioca considerava a situação dos coletores de lixo como perdida ,mas os próprios coletores haviam aceitado a própria situação e sentiam-se em casa, em meio ao lixo.
Podemos, por fim, perceber como os trabalhadores do Jardim Gramacho alcançaram dignidade no momento em que foram valorizados em suas capacidades, tanto cotidianas, que foram mostradas no documentário, quanto aquelas que elas nem mesmo sabiam ter.

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