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O PSICOLOGO EM INSTITUIÇÃO NO PROCESSO DE INCLUSÃO

Por:   •  12/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.253 Palavras (10 Páginas)  •  248 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho se faz presente em um contexto de transformações nos discursos e práticas da atuação do psicólogo em organizações não governamentais e sua tarefa de promover melhoria no atendimento.

O objetivo principal é conhecer o trabalho de psicólogos que atuam em organizações não governamentais no campo de inclusão social, com ênfase nas especificidades desse trabalho bem como nas principais questões relacionadas à atuação dos profissionais.

Assim, a optamos realizar a entrevista na Instituição Casa Vó Benedita onde tivemos informações importantes que tem como missão atuar na área social, as características do trabalho realizado pelo psicólogo que atuam na instituição. A entrevista foi realizada com o psicólogo Eduardo Sales, que iniciou estagiando na Ong e posteriormente foi convidado a participar do quadro de funcionários da instituição.

A casa vó Benedita tem três locais de atuação, a Unidade I, onde a entrevista foi realizada trabalha desde a década de 80 com acolhimento às crianças em situação de risco e seus direitos violados, está localizada no bairro Santa Maria na cidade de Santos e atualmente atende vinte crianças e adolescentes. A unidade II é uma creche noturna, o serviço oferecido para às mães que precisam trabalhar ou estudar no período noturno e não tem onde deixar os filhos. A unidade III é um bazar beneficente que ajuda na renda da instituição.

A realização deste estudo baseou-se principalmente nos conceitos de Barder Sawaia, e nos princípios que norteiam uma psicologia comprometida com o oprimido, procurando estabelecer uma análise sobre o processo de exclusão e inclusão social.

Espera-se, assim, contribuir para a reflexão que vem se operando no terreno em que confluem a atuação das ONGs, a e a prática profissional em Psicologia na área institucional e social que visa um atendimento amplo e comprometido no fortalecimento e proteção daqueles que venham a ter seus direitos violados.

ENTREVISTA

Local da entrevista: INSTITUIÇÃO CASA VÓ BENEDITA

Profissional Entrevistado: Eduardo Salles - Mestrando em Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP 

  1. Como você conheceu a instituição Vó Benedita

 Comecei com um Projeto “Construindo minha História” onde as pessoas que trabalham e são voluntárias estariam contando sua vida na instituição através do dia a dia, do contato e também da mediação de leitura que esse projeto é atrelado, leitura de livros, por isso tem uma minibiblioteca no meu escritório, eu entrei na instituição como voluntario através desse projeto já conhecia a instituição pelo meu estagio e aí fui voluntario. Acompanhei uma adolescente nesse período de um ano, ela era acolhida aqui no abrigo.

Por esse trabalho a coordenadora me convidou a trabalhar aqui, sabia que eu era formado em Psicologia estava fazendo uma pesquisa, tenho mestrado na área da Saúde Interdisciplinar, mas voltado para Acolhimento, então eu estava sempre aqui e me chamaram para trabalhar.

  1. Como surgiu a ideia desse projeto e qual o objetivo

Toda criança e adolescente têm uma origem, pertencem a uma família e a um grupo social e cultural e ter esse conhecimento e ter a possibilidade de atribuir outros significados e compreender a sua história são fundamentais para a formação da identidade e para um desenvolvimento psíquico saudável. O projeto proporcionará meios de expressão através de um olhar individualizado, no qual cada um pode entrar em contato com as necessidades, medos e desejos que fazem parte de sua trajetória de vida.

Com o auxílio de livros e de colaboradores, cada criança e adolescente produz o álbum “Construindo Minha História”. Com fotos, relatos e desenhos da vida da criança e adolescente ele se torna uma lembrança importante que a acompanhará pelo resto da vida.

  1. Sabemos que o acolhimento infantil deve estar de acordo com o ECA, como funciona na prática.

Nossa Ação em si é voltada através do ECA, é o primórdio, a lei que se estabelece depois tem seu desdobramento, manuais técnicos sobre assistência, sobre acolhimento e  respeitamos a política pública e nos organizamos conforme essas características, então assim, uma instituição de acolhimento deve ser uma instituição com no máximo 20 vagas para ambos os sexos de 0 a 18 anos, completando os 18 anos esse adolescente é deligado, temos que acolher grupos de irmãos , antigamente não era assim, na década de 80, a casa chegou a ter por volta de 65 crianças nesse espaço, então assim, a política sobre acolhimento vem para estabelecer a qualidade do atendimento, nossa característica não é um atendimento prolongado, pelo contrário,  a política indica que no máximo dois anos, a criança/adolescente deve permanecer, óbvio que há exceções dependendo do caso, da estrutura familiar não tem como retornar, daí ele vai ficar onde  quando não encontramos um lar para ele , mas nosso trabalho de retorno para uma família , nós trabalhamos principalmente em três eixos:

  • Família de origem sanguínea
  • Família extensa (tios, avós, vínculos terceiros)
  • Doação

Primeiro verificamos se a família de origem, geralmente os pais tem condições de receber a criança novamente, quando negamos essa possibilidade então verificamos na família extensa, onde há vínculo com a criança, mas caso também não haja essa possibilidade daí encaminhamos para doação, onde a família que não tem esse vínculo, mas que tem o desejo de adotar uma criança, caso não tenha nenhuma dessas vias então a criança permanece na instituição.

Claro que a criança com poucos anos de vida e na primeira infância são as mais solicitadas por casais que estão na lista de adoção, há uma crença por essas famílias que seja mais fácil ou possibilidade de aproximação por seus valores seja maior, quanto maior a criança mais difícil a adoção.

Precisamos trabalhar o vínculo, num programa chamado pareamento afetivo, que não é o objetivo da adoção, mas que as vezes pode resultar na mesma, chamamos adoção tardia que possa ocorrer dessa criança ser adotada.

Nosso serviço aqui em geral é principalmente por essas crianças que chegam até nós com história de violação de direitos, e comprovada essa violação a gente tenta trabalhar isso, vamos tentar extinguir essa violação para que não volte a acontecer, se não conseguir então tentamos as três instância a qual citei anteriormente.

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