O Plantão Psiclógico - Fichamento
Por: ricoy • 17/5/2022 • Resenha • 1.365 Palavras (6 Páginas) • 125 Visualizações
Faculdade Anhanguera
Centro Universitário Anhanguera de Campinas – Unidade 4
Curso Psicologia
Estágio Básico II – Planejamento de Ações e Projetos de Intervenção Contextualizada
Fichamento do Artigo:
Plantão Psicológico: novas possibilidades em saúde mental.
Renata Reghini Ricoy Girio
RA: 386642112030
Orientador: Leandro Henrique Medeiros.
Abril - 2022
Renata Reghini Ricoy Girio
Trabalho apresentado no curso de graduação de Psicologia do Centro Universitário Anhanguera de Campinas.
Orientador: Leandro Henrique Medeiros
Abril - 2022
O Plantão Psicológico é uma modalidade de atendimento que possibilita enfrentar o desafio de atender um número maior de pessoas, no momento de suas necessidades, auxiliando-as a lidar melhor com seus recursos e limites e ampliando, dessa forma, os recursos disponíveis em saúde mental, e seu atendimento é realizado por profissionais ligado a área de saúde e de acordo com Wood, 2004, p. 9, seria um serviço inovador que está sendo plantado na cultura brasileira.
A procura por esse recurso pode ser de forma espontânea ou por encaminhamento dependendo do local onde estiver sendo oferecido.
Os plantonistas ficam à disposição da pessoa que deseje procurar pelo atendimento que tem duração em média de 30 a 40 minutos.
Caso os plantonistas sejam estagiários, como os descritos no referido artigo, logo após o atendimento é realizado a Supervisão onde será verificada a necessidade ou não do retorno que poderá acontecer de uma a quatro vezes consecutivas.
OBJETIVOS DO PLANTÃO PSICOLÓGICO
O objetivo do Plantão Psicológico é ser um atendimento breve que atenda a pessoa no seu momento de necessidade, tendo como base o Aconselhamento Psicológico Centrado na Pessoa – ACP, onde o desafio é ouvir, acolher e acompanhar o cliente potencializando positivamente o que ele tem de melhor. O foco na Escuta Ativa, porém, empática, onde o plantonista estimula o cliente, a pessoa, a encontrar caminhos para seu sofrimento, dentro da sua própria experiência. Ela é a autora de sua própria construção e o plantonista, naquele breve momento é o seu acompanhante. Segundo Nilton Bonder:
“Não há melhor entendimento que alguém possa nos prestar do que
servir-nos de ouvido para as falas baixas e quase imperceptíveis de nossa existência.”
Quando a pessoa fala a um outrem, ela é capaz de se ouvir e assim com a ajuda do plantonista que são seus ouvidos, vão encontrando gradativamente suas próprias respostas e construindo suas próprias soluções, pois ao mesmo tempo em que ela fala, ela também escuta o que está dizendo a outra pessoa.
Mahfoud, 2004 completa a afirmação quando diz que através da escuta, do saber ouvir o outro e estar preparado e disponível para receber a vivência que está sendo trazida, faz com que a pessoa examine com cuidado as diversas facetas de sua experiência.
No espaço da Escuta, a voz do outro é a prioridade. Quando a pessoa angustiada fala, ela ouve a si própria e isso permite um distanciamento entre os seus sentimentos, pensamentos e ações. Escutar a si própria é como ficar em frente ao espelho e se observar. Assim, a pessoa quase sempre consegue analisar a situação e identificar as alternativas que ocorrem em sua vida.
O Plantão Psicológico apesar de possuir uma literatura científica pequena, sua aplicabilidade está presente em diversos locais como hospitais psiquiátricos, escolas, universidades e clínica-escolas e em suas atividades os desafios são presentes como:
- Trabalho com o não planejado;
- Atendimento da demanda em contextos determinados com intervenção imediata a partir da análise da situação de crise;
- Encaminhamento para um serviço adequado quando necessário;
- Auxílio na tolerância para a espera de um atendimento psicológico convencional.
Buscando novas informações, encontramos CAUTELLA, 2004 como uma experiência de Plantão Psicológico, em uma instituição psiquiátrica, alterou a instituição como um todo. O olhar para a pessoa institucionalizada, o trabalho psicológico e a equipe de profissionais. Este hospital tinha como objetivo a internação rápida de uma população bastante comprometida.
A primeira observação de mudança significativa foi a diminuição da irritabilidade e agitação dos internos. Mais tarde observaram-se transformações no processo psicoterápico, como os internos entendiam melhor a sua demanda, conseguiam definir mais objetivamente o foco do trabalho terapêutico, o que gerou um salto qualitativo importante neste processo. Outro ganho foi em relação aos encaminhamentos. O Plantão clarificava a escolha do tipo de ajuda mais relevante para cada interno. A partir destas constatações, o serviço foi ampliado para outros setores do hospital, para as famílias dos internos e também para a equipe de profissionais cuidadores.
Palmieri e Cury, 2007, foi outra informação encontrada durante as buscas, em uma experiência em um hospital geral, observaram que a emergência pode diferir de pessoa para pessoa e desta maneira uma experiência pode tanto ser uma iminente, que ameaça se concretizar, tentativa de suicídio, como também pode ser a briga recente com um ente querido. Assuntos e preocupações relacionadas ao próprio trabalho, também, foram elencadas como necessárias de serem compartilhadas e repensadas no plantão. Nesta medida, relataram que usuários deste serviço apontaram para a importância de este estar localizado no local de trabalho e assim poderem utilizar do serviço no momento em que era necessário.
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