O Poder Do Elogio
Monografias: O Poder Do Elogio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: crilev • 3/2/2015 • 599 Palavras (3 Páginas) • 306 Visualizações
O Poder do Elogio
“Um elogio é dizer uma coisa boa de alguém.”
Matias, 9 anos
Elogiar e criticar são acções opostas, embora a sua natureza seja idêntica. Elogia-se ou critica-se para assim estimular o outro a adoptar com mais frequência o comportamento e/ou a atitude que consideramos mais adequados. No entanto, quando elogiamos fazemo-lo pela positiva, enquanto que a crítica reflecte uma abordagem pela negativa.
Socialmente, a crítica é muito mais popular do que o elogio. Por hábito, tradição ou educação, mais facilmente se aponta o que está mal do que se enaltece o que corre bem. De modo geral, o sucesso não nos merece grandes comentários ou reflexões; já o fracasso, seja em que forma for, desde logo atrai recriminações ou ralhetes. Pensa-se pouco sobre isso mas, na prática, verifica-se que o elogio acaba por ser um elemento transformador muito mais poderoso do que a crítica. As pessoas que elogiam as outras com frequência sentem-se bem e fazem normalmente os outros sentir-se bem, dispondo-os mais positivamente e sendo consequentemente muito mais bem vistas por estes. De facto, o bem-estar que os elogios proporcionam é praticamente consensual.
“Sinto-me vaidoso.”
Miguel, 9 anos
“Contente”; “Feliz”; “Mais feliz”;
Dani, 9 anos; Luz, 9 anos; Vasco L., 9 anos
“Envergonhado.”
António, 9 anos; Gaspim, 9 anos
“Sentimos que a outra pessoa é boa para nós.”
João Miguel, 9 anos
“Sentimos que valeu a pena o esforço que fizemos.”
Iara, 9 anos
“Sinto-me orgulhosa e sinto que valeu a pena.”
Nina, 10 anos
Claro que a crítica também é necessária em determinados momentos, podendo ter também um efeito catalisador de mudanças positivas. Em termos educacionais, as crianças precisam de ambos uma vez que, como nas demais áreas da vida, é de facto no equilibrio que se encontra o sucesso. No entanto, verifica-se por vezes uma tendência excessiva para a crítica e para a repreensão, quase como estratégias únicas de mudança de comportamento, as quais podem mesmo vir a exercer um efeito bloqueador sobre a criança. Em alguns quadrantes da sociedade, subsiste ainda a ideia de que o elogio e o reforço positivo em excesso são prejudiciais na medida em que tornam as crianças que os recebem mimadas e arrogantes. De facto, o que parece contribuir para o mimo e a arrogância em exagero é a falta de regras e a falta de exigência, assim como a desculpabilização e a desresponsabilização permanentes das crianças face aos seus comportamentos e às suas acções. Elogiar, reforçar e acarinhar, pelo contrário, são essenciais para a formação de crianças seguras de si e auto-confiantes, o que são qualidades muito importantes na vida pessoal, social e profissional adulta.
“Quando as pessoas se zangam
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