“O Preço do Amanhã” e Os Movimentos Existenciais e Humanistas

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Centro Universitário Augusto Motta.

Docente: Doralice Guerra.

Discente: Mariana Luiza Mendes de Oliveira

Matrícula: 19102910

APS1 – “O Preço do Amanhã” e os movimentos Existenciais e Humanistas.

Psicologia

Rio de Janeiro, 2021.

[pic 2]Introdução:

O presente trabalho busca atrelar os conceitos aprendidos em aula sobre os movimentos Existenciais e Humanistas a produção cinematográfica “O Preço do Amanhã”. Com esse filme se fez possível compreender as diversas teorias filosóficas de forma clara e ativa, visto que apresenta, indiretamente, alguns dos principais conceitos do existencialismo, como também do humanismo.

Desenvolvimento:

No filme “O Preço do Amanhã” é apresentado um mundo distópico, em que o tempo e o dinheiro são os fatores definidores para a vida humana. O paradoxo que surge logo nessa percepção é que isso não se distancia da realidade, somente no modo em que é apresentado. Essa produção se concentra na vida de Will Silas (Justin Timberlake), um homem que vivia com sua mãe em um bairro pobre, mas um dia acorda com um século de vida em seu braço. Isso ocorreu advindo de um milionário suicida que lhe deu todo esse tempo, gerando uma grande investigação sobre ele. Com isso, Will se dispõe a atravessar as barreiras da sociedade em que vive e roubar tempo para os pobres, gerando um grande desenrolar para a história.

Com esse filme, ressalta-se o conceito de Heidegger sobre temporalidade, morte. Sobre a temporalidade, é conhecido que esse termo significa transitório, mas que não corresponde essencialmente ao tempo em si. Com esse conceito, é possível compreender que a existência do homem só acontece porque está ligada ao tempo. Atrelando ao filme, percebe-se uma preocupação geral quanto ao tempo de vida que resta para cada um ali. Heidegger propôs que o que determina a existência de um sujeito são as escolhas e atitudes que toma diante da consciência do fim de seu tempo. Na produção, é visto que muitas pessoas cometem diversos crimes e irresponsabilidades quando sabem que seu tempo está no fim, apenas motivados pelo fato de que final de sua existência não geraria [pic 3]consequências para os próprios. São atitudes movidas pelo desespero e a angústia que surge com a realidade da morte. Esse é um outro conceito importante que define a vida humana, pois é a maior certeza de todas, que gera uma profunda angústia quando analisada. No filme, percebe-se que essa angústia é atrasada ao se adquirir mais tempo. Porém, com o Existencialismo há possibilidade de se compreender que a angústia frente a morte é o que gera uma vivência autêntica da vida. Com a compreensão da mesma, é praticável a percepção de que a morte é uma possibilidade e que a vida deve se construir ao redor desse fato.

Conclusão:

A discussão que surge com “O Preço do Amanhã” é de grande contribuição para o Existencialismo e Humanismo. Pensar sobre a existência humana é difícil e gera diversas questões. Entretanto, a sapiência de que o fim é certo gera motivação para a existência.

Referências Bibliográficas:

NICCOL, A. O Preço Do Amanhã. Direção: Andrew Niccol. Produção: Marc Abraham, Eric Newman, Andrew Niccol. Roteiro: Andrew Niccol. Realização: 20th Century FOX. Gênero: Suspense. EUA. 2011. (109 min.).

SEIBT, Cezar Luís. Temporalidade e propriedade em Ser e Tempo de Heidegger. Revista de Filosofia Aurora, v. 22, n. 30, p. 247-266, 2010.