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O Que é a Esquizofrenia?

Por:   •  16/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.933 Palavras (24 Páginas)  •  619 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  Escola de Saúde e Biociências
   Curso de Psicologia


                 

   Esquizofrenia








 Curitiba
          2013

O que é a esquizofrenia?      


        
A esquizofrenia é uma doença caracterizada principalmente pela alteração de realidade, a psicose. Os sintomas devem permanecer por um mês, ou menos. Podem ser: “delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou avolição” - Dsm IV. Os sintomas de Esquizofrenia não devem ser vistos individualmente, pois estiverem isolados, se pode dizer que não é característico de Esquizofrenia. O diagnóstico envolve um reconhecimento dos sinais e sintomas associados, com prejuízos no funcionamento social ou ocupacional. Há disfunções cognitivas e emocionais que atrapalham a percepção, atrapalham na linguagem e comunicação, no pensamento conclusivo, no monitoramento do próprio comportamento, no afeto, a capacidade de sentir prazer, o buscar, falta de atenção e impulsividade. Há uma dificuldade para distinguir experiências externas das internas, desorganização de processos mentais. As pessoas com esquizofrenia tem a crença que os outros estão conspirando contra elas, que seus pensamentos estão sendo controlados e que pensamentos estão sendo transmitidos para dentro de suas mentes. Os esquizofrênicos têm tanta dificuldade em distinguir o real do irreal e em responder aos eventos cotidianos da vida que frequentemente ficam imobilizadas. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. A esquizofrenia pode se desenvolver lentamente com um processo gradual de crescente reclusão e de um comportamento inapropriado.

Às vezes a deflagração é súbita, marcada por uma intensa confusão e turbulência emocional. Estes casos agudos são normalmente precipitados por um período de estresse nos indivíduos cujas vidas demonstraram uma tendência para o isolamento, preocupação consigo mesmos e sentimentos de insegurança. Independente do fato da esquizofrenia desenvolver-se lenta ou subitamente, seus sintomas são variados. Nem todas as pessoas diagnosticadas com esse transtorno exibirão todos esses sintomas.
Cerca de 1% da população tem esse transtorno mental. Inicia-se no  final da adolescência e início da fase adulta, como pode vir mais tarde, manifestando-se em qualquer gênero, etnia, classe social e em qualquer lugar do mundo. Sua causa ainda não é conhecida, mas acredita-se que fatores ambientais e hereditários contribuem para o seu surgimento.

Contexto histórico da esquizofrenia

A esquizofrenia, assim como algumas outras doenças podem ser encontradas em diversos locais e épocas, porém, com base no contexto social do local ou época se difere a forma de ser julgada pela população.

Na Grécia Antiga.

Antigamente, não se sabia ainda o que era esquizofrenia, então tomamos como base, relatos que se diferem da normalidade, sintomas da esquizofrenia.

No Séc V a.c. Há contos, que demonstram loucuras, um excesso de emoções, alucinações, etc. Um dos exemplos é o conto de Eurípedes. Orestes dizia estar vendo dragões, quando na verdade era o gado mugindo e cães latindo. Seu comportamento anormal, se concretizou quando atacou o gado com sua espada.

Outro conto é o de Ajax, na peça de Sófocles. Com seu orgulho ferido, ataca o gado e cães, achando que atacava generais. No momento do massacre, falava nas sombras com Agamenon, Meneleu e Odisseu, rindo que havia se vingado.  Mais tarde, voltou a si, e ficou taciturno, mais tarde comete suicídio.

A visão de Platão.

Uma possessão de um deus, poderia levar à inspiração e percepções místicas. A loucura para Platão seria a perda do autoconhecimento, deixando o corpo ser levado pela impulsividade, e a emoção vem de forma esmagadora, fazendo com que os heróis das tramas percam a razão.

Hipócrates, enfatizou que o cérebro, tem o papel de organizar o comportamento humano. As emoções vêm do cérebro, as perturbações do cérebro podem causar comportamentos extraordinários e terríveis, podendo tornar a pessoa louca. Estados de perturbação emocional eram, desordens do equilíbrio e da moderação. O tratamento de Hipócrates era com drogas como o heléboro, que tinha a reputação de afetar o estado mental, aconselhava uma boa dieta, uma rotina para restabelecer o equilíbrio. Dionísio, de Siracusa, costumava escrever peças, mas por ser criticado, começou a acusar até seus amigos de tramar contra ele, por inveja, e muitos foram executados sob falsas acusações.

Século IV a.c. Trasilus, acreditava que todos os navios do porto, chegando ou deixando o porto, lhe pertenciam. Anotava suas cargas e destinos, ficando feliz quando o navio voltava a salvo e com a riqueza que trazia. Após uma recuperação, recordava que nunca fora tão feliz como durante seu delírio.

Siracusa no Séc IV a.c. Menecrates, alegava ser divino, ser Zeus. “Curava” pacientes com problemas mentais, que se tornavam seus seguidores. Os vestia como deuses menores do Panteon, enquanto ele, se vestia com um manto púrpura, com coroa de ouro e cetro.

Esses casos, são casos que podem ser esquizofrenia, como não podemos avalia-los hoje, nem na época foram avaliados, são exemplos, do contexto social.  Na Grécia antiga, pessoas vagavam pelas ruas, falando sozinhas, vestiam-se inapropriadamente ou até não se vestiam, as vezes uma violência diferente do normal. Os deuses e fúrias podem ser vistos como personificação dos problemas enfrentados com as pessoas com esses problemas, esclarecendo dessa forma o contexto em que a Grécia vivia, no qual contavam-se histórias, para a tentativa de entender a situação. O ideal da filosofia da Grécia antiga era a moderação em tudo, conhecer a si mesmo. A racionalidade é sadia.

Idade média

Na idade média houve uma administração central, o catolicismo quase totalmente infiltrado, a influência da igreja. Sem livros para a população geral, e a população, maioria analfabeta. Dificuldade em viagens, e a quase compulsão em ir à igreja. Com tudo isso intensificou a dominação da Igreja Católica, com ela um desenvolvimento em crenças relacionados à demônios, magia e bruxaria. Foi a igreja também que forneceu o tratamento da desordem mental, como pensavam ser influências externas, como demônios, a intervenção seria atribuída à graça divina. Cultos de cura foram instituídos em alguns templos.
Maior parte dos doentes mentais permaneciam em casa, as vezes perambulando pelas ruas. Passaram a existir hospitais para os doentes mentais. O primeiro manicômio, Stone House, perto de Charing Cross, a partir de 1377.

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