O TDAH no Contexto Educacional
Por: Adriane Silva • 12/5/2020 • Trabalho acadêmico • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 144 Visualizações
- Apresentação
Este relatório apresenta os resultados de pesquisas feitas a respeito do TDAH no contexto educacional, voltado especificamente ao público infantil. Realizamos esse relatório através de uma revisão bibliográfica, entrevista, como também, uma visita feita na escola aonde a profissional atua.
As principais dificuldades apresentadas pelas crianças com TDAH incluem manter a atenção concentrada, esforçar-se de forma persistente e manter-se vigilante. No mais, estas dificuldades ficam mais evidentes em situações que requerem atenção por longos períodos de tempo e durante a realização de tarefas repetitivas, como acontece na escola.
O que ocorre, no entanto, é que por diversos fatores, nesse contexto social e educacional, em algumas situações os profissionais e os métodos utilizados acabam por ser negativos ao desenvolvimento infantil e emocional de uma criança com esse transtorno, influenciando em sua baixa autoestima, percepção distorcida de si mesma, isolamento social.
A partir disso, além de relatar sobre o transtorno, visamos explorar também a atuação do psicólogo nesse ambiente, sendo essa tão necessária e relevante. Acrescentando também, nossas críticas e reflexões sobre o tema.
- Introdução
O tema escolhido e abordado nesse relatório, visa explorar e ao mesmo tempo difundir informações sobre esse transtorno, partindo do pressuposto de que é preciso compreender, para que seja possível auxiliar efetivamente, promovendo a verdadeira inclusão e o desenvolvimento individual de cada sujeito.
Sabe-se, todavia, que foi necessário muito tempo para que alguns comportamentos fossem interpretados de maneira cientifica e aprofundada na sociedade, principalmente no meio aonde as crianças e adultos tinham uma menor condição socio econômica e maior vulnerabilidade social.
Hoje, através das diversas áreas da psicologia, neurociência, e outros campos, é possível discutir sobre intervenções, pesquisas e tratamentos, voltados a pessoas com esse transtorno, dando a elas a possibilidade de terem uma vida melhor, aonde não serão inimigas do seu self, pelas suas incapacidades e limitações em tarefas, que por vezes, são consideradas corriqueiras para a maior parte da sociedade; por isso, percebe-se a importância de se indagar, questionar, propor a reflexão sobre o outro, mesmo que seu problema seja alheio a nós.
Para mais, se discute muito a respeito da banalização desse transtorno em especial, partindo do pressuposto de que muitas crianças são diagnosticadas de forma errônea por possuir traços de desatenção, impulsividade e ansiedade, mas que são apenas crianças agitadas. De fato, isso pode ocorrer quando os profissionais não possuem critérios suficientes para atuar no estudo de caso, mas é inegável que há crianças que possuem essas peculiaridades, e que mesmo que se esforcem, mesmo que sejam motivadas, mesmo que cumpram ou busquem cumprir critérios de comportamento, acabam apresentando maior dificuldade em lidar com suas limitações com respeito ao aprendizado e comportamento.
A partir disso, entende-se a necessidade da orientação de alguém que tenha um olhar particularizado ao indivíduo nessa condição, contribuindo para a sua verdadeira inclusão, primeiro na família – através da orientação aos cuidadores e responsáveis, e também, na escola, intervindo com um tratamento voltado a criança e uma possível intervenção ao contexto escolar.
Algo que é ainda mais prejudicial, é que muitas crianças com TDAH, são alvo de críticas frequentes e excessivas. Essa falta de paciência é perfeitamente compreensível sob a perspectiva dos pais ou cuidadores, dado o caráter aversivo que a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade têm sobre os responsáveis, entretanto, percebe-se, em alguns casos, a dificuldade da colaboração destes, tornando ainda mais importante uma intervenção para o problema. Esse fato, faz com que muitas vezes a criança retraia-se, apresente autoestima diminuída ou manifeste comportamento agressivo e impulsivo, que é algo que irá refletir em todo seu desenvolvimento como sujeito. (Silva, 2003).
Portanto, uma das tarefas dos profissionais responsáveis pela avaliação e tratamento destes pacientes é ressaltar as dificuldades enfrentadas pela própria criança, enfatizando a importância e o impacto positivo que o apoio familiar e social (sendo a escola um ambiente extremamente importante) pode ter sobre o manejo do problema. Dessa forma, além do tratamento medicamentoso, é necessário que haja uma abordagem múltipla, que inclua também, intervenções psicossociais.
A necessidade desta abordagem é o fato da criança com TDAH requerer atenção especial em diversos contextos, como em casa, na escola e no convívio social. Estimulada e apoiada, a criança participa ativamente do tratamento, evidenciando frequentemente criatividade e entusiasmo no manejo das dificuldades associadas ao TDAH (Silva, 2003).
- Objetivo Geral
- Objetivo Específico
- Descrição de visitas e entrevistas
Sabe-se que antes de serem crianças com distúrbios ou limitações, elas continuam sendo crianças, e, portanto, tem as necessidades e anseios que são comuns a todas, de forma que, desejam se sentir verdadeiramente incluídas, aceitas e compreendidas, e uma vez que isso seja construído em sociedade, possibilitará uma maior probabilidade da criança desenvolver-se como um adulto saudável emocional e mentalmente.
Afim de aprofundar sobre esta temática e objetivo proposto na pesquisa, realizamos a entrevista com a psicóloga Fulana de Tal, formada em --- especializada em ----, que atua com crianças de faixa etária ---- em seu cotidiano.
Introduzimos a entrevista, questionando sobre como o psicólogo pode intervir em um ambiente como a escola ou a família, afim de lidar com as dificuldades existentes para ocorrer a verdadeira inclusão social. Para ela, isso exigiria ações gradativas e constantes, partindo inicialmente da conscientização na escola, que ocorreria através da promoção de palestras e treinamentos aos funcionários, e ao mesmo tempo, da promoção de palestras aos pais sobre o transtorno, suas dificuldades, o que podem fazer para contribuir para o desenvolvimento dos seus filhos, etc. Além disso, se faria necessário ouvir o relato deles para que percebam que as dificuldades que enfrentam são semelhantes, e por fim, trazer recursos dinâmicos aos alunos, para que entendam o que é esse transtorno, para que respeitem a individualidade dos seus portadores e possam conviver e serem contribuintes também do desenvolvimento escolar dos colegas.
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