O TRABALHO DE COMPENSAÇÃO DE ATENDIMENTO
Por: Bruna.Goes • 14/12/2022 • Abstract • 692 Palavras (3 Páginas) • 74 Visualizações
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TRABALHO DE COMPENSAÇÃO DE ATENDIMENTO (REFERENTE AO ATENDIMENTO DO DIA 12/10/2022)
Bruna Goes Carvalho
O diagnóstico na abordagem fenomenológica-existencial
A abordagem fenomenológica existencial costuma ser questionada acerca do diagnóstico durante o trabalho terapêutico, apresentando uma forma diferente de apresentação. Não ocorre a rotulação do paciente no que diz respeito a patologia que o cerca, o tratamento se dá pela forma como o cliente se percebe enquanto portador daquela patologia (“doente”) e como ele lida com isso.
Fundamentos Filosóficos
A fenomenologia se trata da ciência que busca abordar o fenômeno, interrogá-lo e procurando descrevê-lo, tentando captar sua essência. Trata-se de uma descrição sistemática dos fenômenos até chegar a sua essência.
Os instrumentos metodológicos utilizados são a redução fenomenológica e o princípio da intencionalidade. A redução fenomenológica se trata de colocar a realidade bem como o senso comum entre parênteses, com o objetivo de chegar ao fenômeno, um modo diferente de prestar atenção. Não ocorre a busca do terapeuta de enquadrar o cliente em categorizações, a vivência da pessoa é a sua própria explicação. Já o princípio da intencionalidade diz sobre a consciência, sendo essa sempre a consciência de algo, não se trata de um objeto em si, mas por uma consciência.
Através da relação terapeuta-cliente que o último se coloca como fenômeno para ser observado e, ao mesmo tempo, se observar. Cabe ao terapeuta sentir como o cliente, ver como o cliente, entrar em seu mundo para perceber da mesma forma como ele o percebe, mas sem se misturar com as suas sensações.
O fato de reduzir ao fenômeno leva o cliente a entrar em contato com a sua experiência, um processo de conscientização, chegando no fenômeno a partir dessa descrição. A experiência vincula o homem ao mundo.
No que diz respeito ao existencialismo, a existência precede a essência, primeiro se existe depois se torna algo. O homem nasce “nada” e vai crescendo. O homem é livre para fazer suas escolhas, inclusive quando não escolhe nada está sempre escolhendo. Portanto, o indivíduo cria o próprio mundo na razão em que lhe dá significados.
O projeto se trata de um conceito fundamental do existencialismo, uma vez que o homem é um projeto de si próprio, pois está sempre se refazendo, é aquilo que projeta ser, o que decide ser. O terapeuta tem o papel de levar o cliente a tomar consciência do seu projeto, colocando o cliente em constante contato consigo mesmo, se observando como sujeito responsável por suas escolhas.
O diagnóstico para a fenomenologia-existencial se trata de identificar em que ponto da sua existência o sujeito está e que significado ele atribuiu a si próprio e ao mundo.
Existem duas formas de se relacionar:
EU-TU: fundamenta o mundo da relação, a pessoa é um fim em si mesma. No processo psicoterápico, essa relação acontece quando o terapeuta reconhece o seu cliente como ser único e compartilha junto com ele da sua experiência, fazendo com que o cliente se sinta ouvido e compreendido. Não existe um EU independente de um TU. Existem quatro aspectos essenciais e indispensáveis nessa relação: reciprocidade, presença, imediatez e a responsabilidade.
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