O Trabalho de Fenomenologia
Por: Virginia Maria • 1/4/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.020 Palavras (5 Páginas) • 237 Visualizações
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VIRGINIA MARIA
Entrevista Fenomenológica
RECIFE
2017
VIRGINIA MARIA
Entrevista Fenomenológica
O Trabalho foi realizado para a disciplina de psicoterápicas fenomenológico existencial, referente ao curso de Psicologia da Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE), do 7º Período B. Sob a orientação do professor Hermes da 1ª Culminância Pedagógica.
RECIFE
2017
A experiência que foi vivida através dessa sugestão acadêmica foi interessante para compreender que muitas são as aflições que fazem parte daquilo que o psicólogo se compromete a fazer. Utilizando a escuta é possível perceber que na relação terapêutica não existe neutralidade. Pois por si só se constitui em uma relação, e nela duas pessoas com suas próprias subjetividades que serão afetadas em todo o processo.
Na entrevista feita foi possível observar que na escolha do tema em si já denota alguma ligação com o tema. No início por ser um grupo de cinco pessoas, existem várias sugestões e como cada integrante defende a tal escolha, alguma de nós dizia “quero o tema morte, por que não sei lidar com ele”, mas ela logo escutou, “não, esse tema é muito pesado”. Então a escolha do tema por esperança demonstra que todas nós nos identificamos com tal tema e por isso todas aceitaram, pois nos fazia sentindo. Assim pude ver os primeiros passos de uma teoria ganhando vida.
Durante toda experiência, fiquei perguntando-me em vários detalhes, por exemplo, me indagar se as conclusões que eu havia feito após a escuta tinha sido realmente ditas ou se eram as minhas próprias ideias do tema cheias da minha subjetividade e experiências próprias que fundaram meu conceito sobre “esperança”. Nos textos do grupo haviam aspectos bem parecidos e outros que eu não havia percebido daquela forma, o que eu deixei que notar e aquilo que as outras escutaram estavam cobertas pelas suas maneiras de pensar. Algo que no meu olhar era interessante, para a outra integrante não era da mesma forma. O cuidado constante de me manter neutra e não julgar parecia que não havia sido respeitado. Segundo VALDEMAR (2002) fala que: A mudança no campo perceptivo é condição inicial para que a pessoa possa, a partir da mudança da percepção dos fatos, alterar inclusive os próprios fatos. É necessário, porém, que a mudança perceptiva ocorra de modo consistente para que o novo desdobramento seja algo que faça parte da vida da pessoa de modo abrangente.
O entrevistado por sua parte demonstrou uma facilidade com o tema, e soube articular em poucas palavras o que era esperança em sua visão, não havendo nenhum tipo de resistência. Nossa escolha foi pautada em alguém que pudesse se expressar bem e tivesse aparentemente algum repertório para falar sobre esse sentimento. A pessoa desenvolveu-se bem e trouxe novos conceitos a nós, que discutimos e desse momento pude entender que mesmo que eu tenha um conhecimento próprio sobre determinado assunto, uma pessoa diante de sua experiência pessoal poderá me ensinar sobre algo que eu julgo, a saber. Uma pessoa está me passando seu conhecimento empírico que me trará um novo conceito, um novo conhecimento que será filtrado pela minha própria subjetividade.
Compreende-se que não existe neutralidade, pois cada indivíduo está inserido em uma cultura, e nessa cultura, contexto social, e familiar. Estamos em constante contato com o ambiente e sujeitos que o compõem, além da singularidade de cada pessoa. Quando temos um encontro com as convicções de outros, podemos questionar as nossas próprias convicções, carregando a escuta de verdade individuais, relatando aquilo como um resultado daquilo que me constitui com aquilo que o outro apresentou, assim mostrando que para tal não há uma verdade absoluta, e que nossas relações são cheias de trocas que provém das experiências advindas de cada sujeito e o seu contato com mundo.
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