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O pesquisador Hoje: Entre o Artesanato Intelectual e a Produção em Série.

Por:   •  30/7/2016  •  Resenha  •  503 Palavras (3 Páginas)  •  420 Visualizações

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Análise Textual

FREITAS, Maria Ester de. O pesquisador hoje: entre o artesanato intelectual e a produção em série. Cadernos EBAPE.BR. Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p. 1158-1163, ano dez./2011. Disponível em < http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/5239>. Acesso em 18 set. 2013.

Freitas (2011) nos mostra a importância do conhecimento científico para a nossa sobrevivência, pois nossos antepassados nos deixaram um legado de saber como se adaptar e viver melhor no mundo e nós, consequentemente, deixaremos mais conhecimento para a geração futura.

Diante do crescimento numeroso de trabalhos intelectuais da ciência, Freitas (2011) considera importante diferenciar o artesanato intelectual da produção em série de trabalhos científicos.

O trabalho do pesquisador é comparado ao do artesão quando o primeiro se debruça sobre a sua pesquisa, pensa nela incessantemente e em tudo o que faz até mesmo em suas horas de lazer ele consegue identificar algo do seu projeto, que é feito não apenas por uma obrigação, mas tem prazer naquilo que faz e é possível notar em toda a sua pesquisa as suas características, suas impressões. O trabalho, então, torna-se único, porque ele possui marcas significativas de um tempo que foi investido nele e cada obra se torna como uma peça do artesão: feitas de uma por uma, com total dedicação e nunca são iguais.

Infelizmente este não tem sido o modo predominante de elaboração intelectual, segundo Freitas (2011), o cientista é visto como um operário, pois é exigido a ele que apenas produza muitos trabalhos em menor tempo, sem ao menos ter a possibilidade de ler mais, pensar em sua pesquisa para formular hipóteses e teorias mais consistentes. Em decorrência disso, o número de produções intelectuais publicadas aumenta significativamente, em contrapartida há poucas descobertas consistentes e originais.

Freitas (2011) nos mostra um mundo de produção intelectual regido pela ética do capitalismo selvagem, onde “os fins justificam os meios”, ou seja, vale tudo para alcançar um objetivo: o reconhecimento por ter uma considerável quantidade de publicações intelectuais.

Diante disso tudo, Freitas (2011) propõe que os pesquisadores mais experientes, possam incentivar seus alunos a conquistarem sua autonomia, pois o verdadeiro mestre é aquele que quer que o aluno o supere e não deseja transformá-lo em um eterno discípulo capaz de progredir com suas próprias forças sendo, assim, sempre dependente do seu mestre.

Lembra aos jovens pesquisadores que escolheram esta profissão não pelo reconhecimento social ou pelo dinheiro, porque se assim o fez, nunca vão produzir algo de verdadeiro valor, mas se o fizeram pelo amor à pesquisa, poderão ser mais bem-sucedidos no propósito de construção de um mundo melhor.

Por fim, sugere que haja maior rigor na avaliação quanto à qualidade dos trabalhos por parte das instituições, sendo assim que os avaliadores sejam pesquisadores compromissados com o progresso cientifico e não “[...] um ente burocrático preocupado principalmente com a gestão de programas de pós-graduação [...]” (FREITAS, 2011, p. 1163).

Portanto, ao contrário da rapidez existente na internet, o pesquisador precisa ter um tempo para pensar possibilitando assim que ele seja novamente um artesão do saber

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