OS FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DAS TEORIAS DA PERSONALIDADE FENOMENOLOGIA, PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA HUMANISTA
Por: gabis1998 • 12/11/2017 • Trabalho acadêmico • 728 Palavras (3 Páginas) • 768 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE SAUDE E BIOCIENCIA
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA – FUNDAMENTOS EPISTEMOLOGICOS DAS TEORIAS DA PERSONALIDADE
FENOMENOLOGIA, PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA HUMANISTA
Gabriela de Julio Ribeiro;
Turma: A; Manhã.
4º período.
Curitiba
2017
A fenomenologia é considerada um grande marco da filosofia e da psicologia, onde é de fundamental importância no entendimento da totalidade da relação psicoterapêutica e da psicopatologia. Duas das principais importâncias da fenomenologia são: o resgate da subjetividade na Filosofia e nas demais ciências humanas; e a fenomenologia como método, possibilitou o advento de uma forte corrente de pensamentos europeia, o existencialismo.
A fenomenologia, em sua forma original, pode ser entendida como uma filosofia, ela é um método, uma metodologia que implica uma certa visão de mundo; ela é uma corrente de pensamentos cujas raízes tem base na preocupação. Uma das figuras centrais deste conceito é Husserl, o qual pode ser considerado um marco na filosofia do século XX. Ela surge como uma crítica; como uma tentativa de colocar em crise o conhecimento vigente; sendo assim, surge como uma crítica a psicologia positivista, objetiva, experimental que, como as demais ciências, buscava o conhecimento absoluto e não a subjetividade.
A análise fenomenológica nos coloca frente a uma busca de informações que precedem a reflexão cientifica, caracterizada basicamente pela concepção apriorística da realidade; o que, de certa forma, converge com uma importante causa relacionada a psicoterapia, trata-se de uma extrema dificuldade de permanecer diante das coisas, sem chance de se misturar (postura de observador não-intervencionista). Diante dessas ideias, surge a “redução fenomenológica”, uma proposição de Husserl para que se faça uma redução entre “a existência de toda vivência e a própria subjetividade do eu vivencial” (Ribeiro, 1985:46); Ela implica uma abstração das ideias pré-estabelecidas em razão de um contato direto com o observado e com o vivido; ela evidencia a colocação do ser-no-mundo.
A fenomenologia poder estar associada a diferentes áreas, mas quando ligada a psicologia, diz respeito a um auxílio na compreensão de processos de interação psicoterapêutica pela análise da intersubjetividade e da colocação do ser-no-mundo; pode ser considerada como uma atitude que nos apresenta diversas opções, diversas possibilidades para plenificar o encontro com o fenômeno. Aqui também entra a questão da redução fenomenológica, do sentido me encontrar com o cliente nele, com ele e através dele; no sentido de me permitir para perceber-lhe a essência e descobrir sua totalidade.
Existe uma diferença entre atitude fenomenológica e atitude fenomenista; enquanto fazer fenomenologia é adentrar num questionamento continuo, sem interrupções; fazer fenomenismo é ficar no campo das simples descrições das aparências. Ou seja, enquanto estivermos prestando atenção no cliente, esta ira nos proporcionar não apenas detalhes de si, mas ele em sua totalidade. O terapeuta que traz uma atitude fenomenológica, se torna um verdadeiro facilitador da emergência do ser do seu cliente, um facilitador do fenômeno-cliente. A fenomenologia se dá pela valorização do encontro, do aqui-e-agora; e toma como atitude primordial o tratamento de igual para igual em relação ao terapeuta e seu cliente (em relação ao nível existencial), não encarar seu paciente como um simples objeto.
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