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OS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO AMBIENTE ESCOLAR

Por:   •  18/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  842 Palavras (4 Páginas)  •  353 Visualizações

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RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO AMBINTE ESCOLAR

“Ensinar exige reconhecimento e assunção da

Identidade cultural” (Paulo Freire).

Resumo

 Esse trabalho tem o objetivo pesquisar como as questões Étnico-Raciais são trabalhadas no ambiente escolar. Vendo que a escola é uma instituição social, responsável pelo processo de socialização do sujeito onde se dá o contato com os diferentes núcleos familiares e, inevitavelmente, de diferentes matrizes culturais. Esse contato entre diferentes poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social.

 Dando respaldo a implementação da Lei 10.639/03, a qual obrigatório a rede de ensino trabalhar as questões ético-raciais na as de aula e a contribuição da cultura Afro-Brasileiro para a formação do Brasil.

As discriminações no interior da escola contrapõem a comum afirmação de que a escola é o lugar da igualdade. A escola, ao mesmo tempo em que é vista como uma via de acesso à cidadania, à capacidade crítica, também é considerada como um mecanismo de exclusão social.

 

 Araújo (2007, p.84) “quando se privilegiam as perspectivas daqueles que sofrem o racismo, este surge como uma experiência quotidiana que influencia a percepção de si e dos outros, e, significativamente, as oportunidades de sucesso”.

Introdução

 A nossa população não se reconhece como uma população miscigenada não percebe que suas características não pertencem a uma só raça, que somos um país em sua maioria de afrodescendentes. Na última Pesquisa Nacional Amostra de Domicílios (Pnad), 47% dos brasileiros se recolhesse como brancos, 45%como pardos e apenas 8,1% como negros. Nosso país si caracteriza por uma sociedade de pluralidade étnica, sendo este produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Essa mistura favoreceu a diversidade dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, marcado pelo antagonismo. E isso não é a nossa e realidade. O retrato do nosso país na verdade poderia ser comparado a uma colcha de retalhos de várias cores e texturas, que juntos formamos um povo, “a raça brasileira”.

 A escola deve buscar subsidio para apresentar as diferenças que há em nossa sociedade, enfatizando que todas as raças que existem em nosso país, contribuíram e contribui para a formação cultural, política e econômica do nosso país. E que não existe características raciais superiores, que não há cor de pele mais bonita, que toda textura de cabelo é boa, as diferenças nós diferenciam um dos outros isso não deveria ser negativo. As diferenças enriquecem não empobreci e deveria nós fortalecer. Trabalhar as questões étnico-raciais no ambiente escolar é fundamental para desenvolver novos valores, formar cidadãos que possa se reconhecer nos livros didáticos, “que precisão ser mudados”, nas figuras humanas que decora as paredes das salas de aula.

 Todo ser humano tem a necessidade de pertencer a algo, e um país que privilegia uma raça e discriminas as outras, causa uma crise de identidade. Pode-se compreender que relações étnico-raciais são aquelas criadas por sujeitos de diferentes grupos, partindo de ideias, conceitos e informações sobre as diferenças raciais, percebendo suas semelhanças, criando, desta forma, um sentimento de pertencimento racial (BARBOSA, 2002).

 

 A colonização do nosso país foi do domínio Europeu sobre os povos indígenas e dos africanos trazidos como escravos para servir de mão de obra para os seus dominadores, privilegiados pelo poder que infelizmente se estende até hoje “os dominadores e os dominados”. As culturas dos povos dominados não são valorizadas em sua totalidade, valoriza uma parte e desacata o que não convém. A desvalorização se perpetua, os valores são deturbados, e desigualdade social acaba parecendo normal e aceitável. Dessa forma, a proposta é dar manutenção para esse cenário de desigualdades sociais geradas por métodos discriminatórios, propagados coletivamente ao longo de gerações para alimentar na mente das pessoas a ideologia da existência de grupos sociais superiores e inferiores (ROCHA, 2007).

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