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Os Aspectos Teóricos no Filme Freud, Além da Alma

Por:   •  10/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  149 Visualizações

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FACULDADE IEDUCARE – FIED/UNINTA

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS

PROFESSOR: DORIBERTO FREITAS

ROSÁLIA VIEIRA CASTRO DE FARIAS – 7º SEMESTRE

ASPECTOS TEÓRICOS NO FILME: FREUD, ALÉM DA ALMA

TIANGUÁ – CE

2022

1 ASPECTOS TEÓRICOS NO FILME: FREUD, ALÉM DA ALMA

  1. Breve introdução

O filme “Freud, Além da Alma” retrata o percurso dos primeiros cinco anos da carreira de Sigmund Freud, iniciando-se em 1885, a partir do seu contato com os primeiros casos de histeria. A palavra "histeria" vem do grego "hyster", que significa "útero". É um tipo de neurose que acarreta sintomas físicos em decorrência de transtornos psicológicos. Na época, os médicos acreditavam que a histeria era uma “doença de mulheres”, quando se admitia a existência e também era tratada como “possessão demoníaca”.    

A maioria dos colegas, inclusive o seu próprio professor Dr. Meynert, se recusavam a tratar a histeria (supondo ser simulação por parte do paciente) em seu hospital, ridicularizando Freud por acreditar que existia cura para histeria. A partir disso, iniciou-se o processo de aprofundamento sobre “lado obscuro” de nossas mentes, o inconsciente, e como ele nos comanda.

Freud e a hipnose

Freud vai ao encontro de Charcot para aprofundar-se em sua teoria e condução seus casos de histeria, utilizando o método da hipnose (que era considerada uma heresia para a Ciência da época). Freud pôde observar as experiências que Charcot fez com duas pessoas histéricas. A primeira pessoa foi uma mulher que sofria com paralisia e o outra pessoa era um homem que sofria de tremores, ambos passaram por traumas psicológicos. Charcot pôde comprovar exclusive, que os sintomas de histeria não surgem apenas em mulheres, mas em homens também. Pôde ser constatado também que os sintomas podem surgir de forma não-orgânica. Houve um aumento no uso da hipnose para tratar esses casos. Observa-se que através dela, os problemas que resultaram dos traumas podiam ser eliminados e criados.

Freud e Breuer

Freud conhece Breuer que se tornara grandes amigos e colegas de estudos. Ambos trabalharam juntos, compartilhavam os mesmos casos e fizeram descobertas interessantes para desmistificar e trazer mais clareza sobre o problema:

  • Os sintomas da histeria fazem sentido, de modo que não se deve apontar fingimento por parte dos pacientes;
  • Um trauma teria causado a doença, se ligando a impulsos libidinais que acabaram reprimidos;
  • Quanto à lembrança do trauma, por meio da catarse (“expulsão”, colocar para fora aquilo que é anormal à natureza humana em sua totalidade) se entraria no caminho para chegar na cura.

Breuer rebate a teoria de Charcot, de que o trauma não divide a mente, ele só faz com que a lembrança do acontecimento seja retirada do consciente, ou seja, reprimidas. Breuer e Freud utilizavam a hipnose e o método catártico.

        Entre os pacientes de Breuer, havia Cecily. A mesma apresentava sintomas histéricos (paralisia e cegueira), no qual manifestaram-se após a morte de seu pai. Após muitas sessões sem sucesso, Freud sugere a Breuer a aprofundar-se mais no caso fazendo com que acessassem mais profundamente o inconsciente de Cecily.

        Após algumas tentativas, Freud consegue eliminar a cegueira da paciente, utilizando-se ainda da hipnose e do método catártico. Posteriormente, na tentativa de eliminar a paralisia, Cecily se apaixona por Breuer (amor de transferência), forçando-o abandonar o caso e passá-lo para Freud (contratransferência). Fred então, inicia a condução do caso sozinho.

Freud e o caso de Cecily Koertner.

Em determinada sessão, Freud conseguiu interpretar o sonho de Cecily, relacionando paralelamente com a realidade. Cecily relata seus sentimentos e atitudes diante da situação, havendo recalque e atos falhos em suas falas, sem a necessidade da hipnose.

A partir dessa análise, Freud cria a técnica de associação livre.

Devido a repressão de Cecily, o sintoma de paralisia não desapareceu, fazendo com que Freud ficasse mais atento aos detalhes. Diante desses detalhes, Freud faz com que Cecily confessasse que foi molestada pelo pai na infância. Porém, algum tempo depois a mesma nega o assédio do pai, e afirma ter criado esta história para agradar a Freud.

Por fim, Freud constatou que Cecily vivenciou o Complexo de Édipo com o pai, na qual a mesma era obcecada. Descoberto isso, Cecily conseguiu andar novamente e viver sua vida livremente.

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