Os Caminhos Da Contrarreforma Psiquiátrica Brasileira
Por: Nicelia Brito • 17/3/2024 • Resenha • 884 Palavras (4 Páginas) • 58 Visualizações
OKA, Clara; COSTA, Pedro. Os caminhos da Contrarreforma Psiquiátrica
Brasileira: um estudo documental. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, ISSN
2595-2420, Florianópolis, v.14, n.40, p.01-29, 2022.
O artigo "Os Caminhos da Contrarreforma Psiquiátrica Brasileira: Um Estudo Documental," de autoria de Clara Oka e Pedro Costa, oferece uma análise crítica da atual situação das políticas de saúde mental no Brasil. Ao explorar os caminhos percorridos pela contrarreforma psiquiátrica no país, os autores trazem à tona preocupações essenciais sobre os direitos humanos, a privatização do cuidado e a necessidade de uma abordagem mais abrangente e crítica. Este artigo fornece uma oportunidade para refletir sobre as políticas de saúde mental no Brasil.
O artigo apresenta uma análise detalhada da situação das políticas de saúde mental, ressaltando questões legítimas, como a violação de direitos e a mercantilização do cuidado. Os autores destacam a necessidade de uma abordagem mais inclusiva, que envolva a sociedade e promova a articulação de políticas setoriais. Eles fornecem informações valiosas sobre os desafios enfrentados pela reforma psiquiátrica no Brasil.
Porém, o artigo não oferece soluções concretas para os problemas identificados. É importante não apenas identificar os problemas, mas também propor alternativas realistas e viáveis. Além disso, a análise concentra-se predominantemente na dimensão coletiva e política das políticas de saúde mental, negligenciando a importância do laço social e da individualidade do sujeito, conforme (Mendes , 2005) no seu artigo “Tratamento na psicose: o laço social como alternativa ao ideal institucional”.
No atual cenário político brasileiro, marcado pela ascensão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a nomeação do renomado jurista e filósofo Silvio Almeida como Ministro dos Direitos Humanos, Nísia Trindade Lima ministra da saúde,cientista social, socióloga,
pesquisadora e professora universitária, Anielle Franco ministra da igualdade racial e jornalista por formação, a discussão em torno das políticas de saúde mental ganha uma nova perspectiva. Aprofundando a reflexão, é crucial considerar o papel desses, na formulação e implementação de políticas que garantam a equidade e o respeito aos direitos fundamentais, especialmente para a população preta.
O entrevistado Val Santana e Barbará Anunciação do documentário feito sobre “Os Desafios de politicas públicas para saúde mental para a população preta” , destacaram a importância de divulgar informações nas comunidades, enfatizando a necessidade de uma atenção especial às demandas da população preta, a sindicalista Ana Gabriela Barreto soma a discusão as politicas que só existem no papel e da falta de fiscalização dessas.
O círculo vicioso que perpetua a precariedade na saúde mental está intrinsecamente ligado à economia. Salários baixos tanto na prestação de serviços de saúde quanto entre aqueles que buscam assistência contribuem para uma rede de desigualdade. Aqui, acredito que o governo atual, pode desempenhar um papel fundamental na formulação de políticas que abordem essas disparidades econômicas.
A falta de investimentos no setor, é um problema crônico, reflete-se diretamente no acesso da população mais vulnerável à saúde mental. Esse retrocesso nas políticas públicas torna-se um obstáculo significativo para o progresso, e é urgente que o governo do presidente Lula da Silva adote medidas concretas para reverter essa tendência.
É fundamental lembrar que, além da inclusão social, é essencial reconhecer a singularidade de cada indivíduo. As políticas de saúde mental devem ser flexíveis o suficiente para atender às necessidades e experiências individuais. No contexto
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