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Os Desafios Na Condução Da Terapia Cognitivo-Comportamental

Por:   •  24/4/2023  •  Resenha  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  72 Visualizações

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DESAFIOS NA CONDUÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Neste capítulo do livro foram abordados os elementos desafiadores que podem ser entendidos como são situações exigentes e difíceis de enfrentar, estando acima do nível de competência do terapeuta. Tendo como meta aprender como identificar os desafios na terapia cognitivo-comportamental e desenvolver estratégias para superar esses desafios.

DESAFIOS QUE SE ORIGINAM COM O CLIENTE

1. Falta de adesão ao tratamento.

Os problemas com a falta de adesão ao tratamento podem variar entre: não comparecer a sessão ou se atrasar, não realizar ou perder as tarefas de casa ou lutar com a própria estrutura da terapia cognitivo-comportamental.

Se estiver trabalhando com um paciente que está com dificuldades de adesão ao tratamento, o primeiro passo é identificar o problema e descrevê-lo, antes de determinar a razão para o mesmo, pois cada paciente pode apresentar uma maneira diferente de não adesão. Se a suspeita de não adesão for confirmada, o terapeuta deve tomar uma posição de observador, ao invés de ter uma reação negativa. Depois de coletar os dados, o terapeuta deve ser apresentá-los ao paciente de maneira não crítica e direta, para que possam identificar esse padrão de comportamento como um problema para o tratamento. Faça aos clientes perguntas sobre o que você e ele veem.

O terapeuta deve perguntar ao paciente se existe algo em relação ao seu comportamento que esteja causando algum efeito negativo nele. Devem ser seguidos os princípios fundamentais da terapia cognitivo-comportamental e o terapeuta deve ser um modelo para o paciente, sendo a adesão por parte do terapeuta um aliado importante para a prevenção de problemas na terapia.

2. Clientes exageradamente complacentes

Trabalhar com pacientes complacentes pode se tornar em um desafio também. Pois além de complacentes, são também passivos e estão sempre preocupados em agradar. Não costumam fazer perguntas, pedem muitas sugestões

e apoio do terapeuta. Nunca se atrasam, quase não cancelam a sessão, fazem o diário das atividades, podem até mesmo dar presentes para o terapeuta. É importante se certificar de que essa colaboração é verdadeira, pois alguns pacientes podem ser complacentes pelo seu modo de ser, já outros podem estar fingindo ser complacentes. Ao identificar esse padrão, deve-se discutir com o paciente e procurar determinar pensamentos que estão por baixo desse padrão, determinando metas para mudança.

3. Clientes muito exigentes, agressivos ou bravos

São clientes que esperam muito do terapeuta e ficam irritados quando suas expectativas não são atendidas. Esses acontecimentos não devem ser deixados de lado, nem evitados. Eles devem ser chamados de problemas, onde o terapeuta deve dar um feedback ao paciente, falando francamente como ele está se comportando, e procurando fazer com que ele obtenha uma compreensão da crença subjacente ao comportamento dele.

Deve-se estabelecer limites muito claros com esses pacientes, deixando claro os comportamentos considerados abusivos e reprováveis, documentar as expectativas nas anotações terapêuticas. Por mais que essas confrontações comumente levem a mudança do comportamento do paciente, em alguns casos isso não acontece, assim o terapeuta deverá informar ao paciente sobre o encerramento do tratamento caso o abuso não seja interrompido.

4. Clientes Divertidos

É importante identificar padrões desse comportamento de entretenimento que possam afetar na terapia, pois alguns clientes gostam de entreter o terapeuta por serem bem-humorados e outros para tentar não chamar á atenção para si próprio. Se esse comportamento for algo que não esteja lhe causando um problema, naquela situação ou momento, ou no seu desenvolvimento, ele deve ser reforçado. Caso contrário, o terapeuta deve dar feedbacks a esse paciente, pois essa evitação pode inibir algumas mudanças no processo terapêutico.

5. Clientes com outros estilos interpessoais difíceis

Alguns pacientes apresentam padrões interpessoais difíceis, podendo ser excessivamente dependentes, não comunicativos, reclamões, intrusivos e negativos. Nesses casos, é importante que o terapeuta identifique o quanto antes esses estilos durante a terapia, para que reveja a formulação do caso frequentemente.

6. Clientes que tenham modelos competitivos para a mudança

Alguns pacientes podem não aceitar completamente o modelo da Terapia cognitivo-comportamental. O terapeuta deve ser realista em relação ao modelo TCC com seu paciente, pois a visão que o mesmo tem do modelo, pode ser em relação a visão que os outros lhe apresentaram, tomando cuidado para não criticar o trabalho de outro profissional, de outra área, sugerir que tire suas dúvidas com o mesmo. Em caso de uso de medicação, o terapeuta pode sugerir alguma intervenção, que o paciente converse com o médico, porém nunca criticar o profissional para seu paciente.

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