Os Riscos Sexuais na Adolescência

RISCOS SEXUAIS NA ADOLESCÊNCIA

O que se compreende por comportamento sexual de risco de acordo com Anita Xavier(2005):É o sexo desprotegido .

Sabe-se que a prática do sexo sem o uso de métodos contraceptivos tem riscos de contaminação de DST/ HIV, além da gravidez  indesejada.

O sexo sem preservativo  é um dos comportamentos  de risco mais frequentes entre os  adolescentes de 12 à 18 anos . Sendo assim nota-se a necessidade de educação sobre sexualidade e saúde já na adolescência, não só nas escolas, mais também nas famílias, que geralmente tem como formação  moral pautada em grande maioria em religiões de matrizes cristãs, que em suas ideologias partem do princípio da castidade( não fazer sexo antes do casamento) e a proibição de alguns métodos contraceptivos . Com essa perspectiva de formação familiar e social muitos adolescentes principalmente as meninas se veem sem orientação e confusos enquanto aos procedimentos  para manter uma vida sexual saudável, visto que o sexo é um tabu na sociedade brasileira, que tem bases totalmente conservadoras em todas suas instituições (  educação escolar, familiar e saúde).

 Em outra perspectiva temos a pesquisa de Silvia Necchie e Marta Schufer (2001), onde 450 meninos de 15 á 19 anos foram entrevistados a partir daí surge a ideia que atitudes e comportamentos de risco são divididos em três grupos: ocasional, impulsivo e integrado. O tipo ocasional diz que tiveram suas primeiras relações sexuais com conhecidas ou amigas, alegam que são motivados pela sedução, provocação ou até mesmo por insistência  das parceiras, tem como característica o momento de confusão e dentre os três é o grupo que menos se protege no ato sexual, pelo fato de alegarem não ter planejado o ato.

O grupo impulsivo tem início da vida sexual antes dos 15 anos geralmente com prostitutas, são motivados por amigos ou por necessidades físicas, tem como característica o nervosismo no primeiro ato sexual.

E por fim o terceiro grupo o integrado corresponde aos adolescentes que iniciam sua vida sexual com as namoradas idade média entre  os 16 a 17 anos, são os que menos se previnem DSTs e HIV por acharem que um parceiro fixo é  sinônimo de proteção usam como método o coito interrompido , devido a preocupação com a gravidez, se esquecendo das DSTs  e HIV, característica : iniciam a vida sexual por decisão do casal.

• GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Uma  das consequência dos comportamentos sexuais de risco é a gravidez na adolescência.

  A gravidez precoce tem sido um assunto polêmico entre os pesquisadores como cita Anita Xavier (2005) são as consequências trazidas com ela ,alguns autores alegam que é um momento de crise no elo familiar por levantar questões da educação da filha por parte dos pais e deixa visível a existência da sexualidade na  adolescência.

Os problemas: O abandono escolar em muitos dos casos e  o risco à saúde da mãe e bebê .

Apesar de todos aspectos negativos as adolescentes das classes populares levam a gravidez até o fim já as de nível socioeconômico mais alto interrompem  a gravidez ,sofrendo as consequências físicas e emocionais do aborto.

Olhando desse ângulo questiona- se a gravidez adolescente pelo fato de ser um problema social e de saúde pública. Deixa também evidente que a gravidez precoce assume diferentes significados conforme classe social e gênero.

Uma adolescente de classe média com a gravidez,  tem que alterar seus projetos de vida em contra partida as da classe popular muitas já estão irregulares na vida escolar independentes da gestação.