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PHILIPPE PERRENOUD

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Por:   •  2/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  525 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As conseqüências pedagógicas do socioconstrutivismo ainda não são claras, ainda que a influência desse movimento seja cada vez maior na área educacional. De qualquer forma a teoria sugere que é possível explorar mais profundamente o papel das interações com os outros, parceiros e tutores, na construção de ambientes de aprendizagem ricos. Indivíduos não aprendem apenas explorando o ambiente, mas também dialogando, recebendo instruções, vendo o que os outros fazem e ouvindo o que dizem.

Nesse ponto, aliás, os socioconstrutivistas também buscam sua inspiração em Piaget, que falava, principalmente em seus primeiros livros, sobre a importância de os alunos trabalharem e discutirem juntos, obrigando cada participante a explicitar suas ideias e opções e, dessa forma, ajudando cada um a entender outros pontos de vista e a refletir mais conscientemente sobre as atividades.

O socioconstrutivismo pode também ser usado em defesa de alguns modos mais tradicionais de ensinar, como quando o professor traz elementos que os alunos desconhecem na tentativa de despertar seu interesse por eles. Isso é bom observar, ainda mais porque, em algumas versões exageradas do construtivismo, mostrar qualquer coisa que as crianças desconhecem é quase um crime. O importante é observar que, independentemente de a teoria ser construtivista ou socioconstrutivista, as aprendizagens só vão ocorrer se houver o engajamento ativo dos alunos.

Podem existir grandes diferenças entre escolas que dizem inspirar-se no socioconstrutivismo. Em algumas, ele pode servir simplesmente como aval para um modo totalmente tradicional de ensinar. Nas que é levado a sério, há um grande incentivo às interações entre os alunos e a tipos especiais de interação entre adultos e crianças.

1- PHILIPPE PERRENOUD

Philippe Perrenoud, de acordo com sua própria definição, não é pedagogo, mas um sociólogo interessado pela Pedagogia, cujo principal objetivo é melhorar a compreensão dos processos educativos.

Seu nome é sempre lembrado em qualquer discussão séria sobre temas como a formação (de alunos e professores) para as competências, ciclos escolares e pedagogia diferenciada. No Brasil, suas idéias sempre exerceram grande influência. É referência essencial para educadores em todo o país e praticamente fonte única para pesquisadores em educação e assessores em políticas educacionais. Seu pensamento serve de base para os novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores.

O modelo educacional proposto por Perrenoud é baseado num ciclo de avaliação de três anos, ou seja, em vez de um ano, a criança tem três para desenvolver as competências estabelecidas para aquela faixa etária. Assim, segundo o sociólogo, o aluno tem muito mais chances de não ser reprovado se não adquirir uma determinada habilidade em um ano, já que tem mais tempo para amadurecer e aprender. Segundo Perrenoud, ter tempo não é esperar! Não se pode deixar que uma criança repita um ciclo de três anos, acrescentaainda que para isso é necessário um modelo de avaliação mais eficiente realmente capaz de identificar as dificuldades do aprendizado. Outro benefício de adotar este modelo de ensino é ter mais tempo para agir e corrigir. Por isso, os professores devem ter uma formação mais sólida, além da imprescindível cooperação dos pais.

2- EDGAR MORIN

Eis o homem que quer, deseja e provoca, sem trégua, o reencontro entre ciência e humanismo. Eis o homem cujas idéias representam uma sintése aberta, mas ao mesmo tempo radical, a respeito do papel social e ético do conhecimento diante da agonia planetária.

Ele é mais propriamente, como por vezes enuncia um contrabandista de saberes, um artesão sem patente registrada, porque transita livremente por entre as arbitrárias divisões entre ciências da vida, do mundo físico e do homem. Quer rejuntar o que o pensamento fragmentado da super-especialização disciplinar fraturou, e é movido durante toda sua vida por vários 'demônios', mas também por uma mesma obsessão, um mesmo apelo intelectual, uma mesma razão apaixonada: a reforma do pensamento. Alerta, porém para o perigo das generalizações extremas, e no caminho de Adorno e Gödel reafirma que "a totalidade é a não verdade" e que a complexidade é movida pela dinâmica da implenitude.

Sem abrir mão da disciplina intelectual e do rigor, Edgar Morin hipotetisa a tragédia do inacabamento da cultura, do sujeito, das idéias, do conhecimento. Daí porque, as verdades absolutas e as explicações finalistas são rigorosamente questionadas e discutidas na magnitude de uma obra aberta que abarca desde uma reflexão matricial acerca do método, até títulos considerados como sociologia, antropologia, política, escritos de conjuntura, livros sócio-auto-biográficos, romances, cinema e imaginário, cultura de massa.

3- LEV S. VYGOTSKY

Lev S. Vygotsky, professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, e nasceu e viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 34 anos. Professor dedicou-se nos campos da pedagogia e psicologia. Deu várias palestras em escolas, e faculdades sobre pedagogia, psicologia e literatura. Partidário da revolução russa sempre acreditou em uma sociedade mais justa sem conflito social e exploração. Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social.

Vygotsky considera o papel da instrução um fator positivo, no qual a criança aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a trabalhar com essas situações de forma consciente.Se uma transformação social pode alterar o funcionamento cognitivo e pode reduzir o preconceito e conflitos sociais, então esses processos psicológicos são de natureza social. Devem ser analisados e trabalhados através de fatores sociais.

Vygotsky colocou uma concepção bastante diferente da criança. Ele afirmou que mecanismos naturais governam o comportamento da crianças. Porém, antes de 2 anos de idade, a criança participa das relações sociais. Mecanismos biológicos operam durante curto espaço de tempo. Porém, eles são substituídos rapidamente

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