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Philippe Meirieu

Por:   •  6/6/2015  •  Resenha  •  468 Palavras (2 Páginas)  •  2.892 Visualizações

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Tematização sobre o professor: tensões para um ofício. MEIRIEU, Philippe. O Cotidiano da Escola e da Sala de Aula: o fazer e o compreender. Porto Alegre, 2005, p 73- 74 e p.121 a 138.

Meirieu inicia o capitulo fazendo uma relação entre o termo tensão como está no dicionário e o seu significado pedagógico. O professor, conforme a definição do autor sente-se tenso por ter que fazer algo em uma situação controversa e não poder. O educador então pode tomar diversas atitudes

Diante das contradições que enfrenta, o educador tem várias possibilidades: 1) abandonar uma das duas alternativas de maneira arbitrária; 2) oscilar entre uma e outra dependendo do momento; 3) assumir as contradições sob a forma de uma tensão interna fecunda, capaz de contribuir para a invenção de dispositivos que permitam integrar e, se possível, ultrapassar os dois pólos. (MEIRIEU, 2005, P.74)

Ao longo do texto Philippe Meirieu exemplifica algumas situações que ilustram essa tensão.

Uma das tensões seria relativa à prática do professor, como alguns educadores minimizam a capacidade do aluno em aprender e Meirieu acredita que este tipo de postura só prova o quanto esses educadores escolheram a profissão erroneamente. Quando o professor se dispõe a exercer o seu oficio e consequentemente o postulado da educabilidade deve ter consciência que escolhi o oficio, pois acredita na capacidade de todos os seus alunos e que não deve desistir, pois não estaria dando oportunidade de todos aprenderem. Não se deve condenar ninguém ao fracasso por conta das suas dificuldades pessoais.

Outra tensão seria no que diz respeito ás diferenças. O trabalho com grupos homogêneos e os grupos heterogêneos requer um trabalho aguçado, pois necessita contemplar as necessidades e as sensibilidades de cada um.

Para Meirieu (2005, p.122):

“Diferenciar a pedagogia” é oferecer a cada um os meios de apropriar-se dos saberes respeitando suas necessidades especificas e acompanhando-o o melhor possível em sua trajetória de aprendizagem.

Deve-se ter mais atenção aos trabalhos com grupos homogêneos, pois essa forma de trabalho pode estimular a discriminação e dividir os alunos em tribos ou guetos. Deve-se estimular o trabalho em grupos heterogêneos, pois esta forma de agrupamento incentiva a troca de experiências e como diz o autor (2005, p.124) “Com o idêntico não se aprende nada: a pessoa se sente confortável em suas certezas [...]”.

A confrontação de experiências promove a interação, desenvolve a imaginação e aguça a curiosidade.

Em muitos casos o professor tem dificuldade em trabalhar com grupos heterogêneos, por não saber como lidar com comportamentos e atitudes diferentes, mas o educador precisa saber como atuar na gestão destes grupos.

Cabe á escola instituir como trabalhar e reagrupar conforme a necessidade e também utilizar de forma positiva estes modos de trabalho em grupo.

Por fim, Meirieu cita que é necessário a adaptação de crianças consideradas “ineducáveis” e inseri-las nos grupos de forma á contemplar a mesma condição de crianças consideradas ideais.

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