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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM ÊNFASE NA LEITURA

Por:   •  22/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.134 Palavras (9 Páginas)  •  692 Visualizações

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UNEC – CENTRO UNIVERSITARIO DE CARATINGA

7º PERIODO-BACHARELADO EM PSICOLOGIA

CLEVANE DE OLIVEIRA FERNANDES E SILVA CARVALHO

JULIANA FERNANDES DE QUEIROZ

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM ÊNFASE NA LEITURA

CARATINGA

MARÇO 2014

1 - Introdução

        Como se deve ensinar a ler e escrever? A crença era de que o processo de alfabetização começava e acabava entre as quatro paredes da sala de aula e que a aplicação correta do método adequado garantia ao professor o controle do processo de alfabetização dos alunos.

         À medida que vão surgindo mais espaços para educação surge é lógico mais problemas quanto à escrita e leitura, e como as soluções são de aspecto mais amplo as intervenções são raras e mal elaboradas, aspecto que será abordado no presente trabalho. Surge então à procura por um culpado, será o aluno com sua inquietude e má-criação, será má alimentação, sua carência afetiva, problemas sociais, salários de professores, perfil social?Neste momento o círculo parece ter se fechado. Frente este propósito estamos buscando através do conhecimento e sensibilidade adquiridos propor intervenções realmente gerem resultado.

Diante os estudos relacionados à intervenção em psicologia escolar entendemos que a aprendizagem é um processo antes mesmo do nascimento tendo varias etapas no decorrer da vida. Mas que se destaca, chama mais atenção, ou nos surpreende na iniciação da fase escolar onde serão notadas as reais dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Então ao decorrer do presente trabalho vãos pautar algumas intervenções que seriam aplicadas a partir do diagnostico e definições de conceitos relativos a dificuldades da leitura que o aluno desenvolve nesta fase de escolarização, aprendizado este buscado e orientado nas disciplinas relacionadas ao contexto escolar e áreas afins.

 2 - Desenvolvimento

 

2-1 Dificuldades de aprendizagem  

         Entende-se por dificuldades de aprendizagem a incapacidade apresentada por alguns indivíduos diante de situações novas, desencadeadas por diversos fatores.  As dificuldades de aprendizagem não são uma exceção no sistema educacional. O insucesso da criança, muitas vezes rotulado de dislexia, é também o resultado de outros insucessos sociais, políticos, culturais, educacionais pedagógicos, dentre outros. Considerar as dificuldades de aprendizagem um problema estritamente da criança é ignorar os reflexos das dificuldades de ensino.

         O estudioso Kirk (1962, p. 263), define que: Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um retardamento, transtorno, ou desenvolvimento lento em um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita, aritmética ou outras áreas escolares, Não é o resultado de retardamento mental, de privação sensorial ou fatores culturais e instrucionais. Garcia (1998) afirma que por muitos e muitos anos, supôs-se que todos os estudantes com dificuldades de aprendizagem haviam experienciado alguma espécie de dano cerebral. Segundo este mesmo autor, atualmente a maioria das crianças com dificuldades de aprendizagem não têm uma história de lesão cerebral. Mesmo quando a possuem, nem sempre é certo que esta é fonte de suas dificuldades escolares.

2-2 Leitura

         No passado ler era decifrar códigos, atualmente este conceito ultrapassado mudou e a leitura passou a ser vista como um processo de interação entre autor-texto-leitor.  A leitura fluente envolve uma série de outras estratégias e recursos para a construção do significado.

         Para Marisa Lajolo: Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. Escrever e tentar ler a própria escrita representa um grande desafio quando ainda não se sabe ler. Ao escrever é preciso tomar decisões sobre quantas e quais letras utilizar. Ao tentar ler a própria escrita é preciso justificar para si mesmo e para os outros as escolhas que foram feitas. Desta forma é que se aprende. Isto faz da alfabetização um processo de análise e reflexão sobre a língua e não de memorização como ocorria no método tradicional. A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura.

Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular). É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto.

         Segundo Duke e Pearson (2002) existem seis tipos de estratégias de leitura consideradas relevantes, baseadas em pesquisas tidas como auxiliares no processo de leitura. São as seguintes:

• Predição: trata-se de antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto, utilizando o conhecimento existente para facilitar a compreensão.

• Pensar em voz alta: o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê.

• Estrutura do texto: analisar a estrutura do texto, auxiliando os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido.

• Representação visual do texto: auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.

Resumo: tal atividade facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e destaque das informações mais relevantes contidas no texto.

• Questionamento: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto.

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