PSICOLOGIA DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Universidade Católica Dom Bosco

Hérica da Silva Santos - 146063

FICHAMENTO – PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO.

Campo Grande, MS

Novembro, 2014

Universidade Católica Dom Bosco

Hérica da Silva Santos - 146063

FICHAMENTO- PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

Campo Grande, MS

Novembro, 2014

Texto: MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

REFERÊNCIA:

GONDIM, Sônia. SILVA, Narbal. Motivação no trabalho. In: ZANELLI, BORGES, ANDRADE, BASTOS e Cols. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. p. 173-179.

1- Resumo

Este capítulo se trata de explicar o processo de motivação, que é um dos processos mais importantes que explicam a condição humana, especialmente no ambiente do trabalho. Podemos definir motivação basicamente como um processo psicológico, uma ação que é dirigida a objetivos, que pode ser autorregulada biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e é ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas. Neste capitulo o autor nos apresenta algumas definições que podem explicar as teorias de motivação, que são eles: 1- Ativação (tendo como foco o estado inicial da pessoa); 2- Direção (tendo como foco o objeto ou alvo da ação); 3- Intensidade (Como foco a variação da força da ação); e 4- Persistência (onde como foco tempos a manutenção da ativação).

Podemos ver também que há pelo menos três modelos de classificação das teorias de motivação disponíveis. O primeiro é o da classificação unidimensional proposta por Campbell e outros colaboradores, e esse modelo é o que diferencia as teorias de conteúdo das teorias de processo. O segundo modelo é o da classificação bidimensional proposta por Thierry e além de incluir a dimensão do conteúdo versus processo, inclui também a dimensão reforçamento versus cognição. E por ultimo o autor nos apresenta o modelo de classificação unidimensional de Kanfer, que é o que organiza as teorias em um continuum entre proximidade e distanciamento da ação.

Nesses três modelos de classificação descritos nos permitem visualizar de um modo geral como as teorias da motivação podem ser organizadas, visto que por meio dos modelos de classificação, são ordenados e simplificados os conhecimentos teóricos produzidos sobre um determinado tema.

No final da década de 60, Alderfer, seguindo a mesma linha de raciocínio de Maslow redefiniu as cinco necessidades hierarquizadas e assim aas agrupou em três (ERC): Existência (inclui as necessidades de segurança e fisiológicas), Relacionamento (Reúne as necessidades sociais e de estima) e Crescimento (equivale a necessidade de autorrealização). Temos também a teoria de McCelland, que também consideram as necessidades como de origem biológica, mas elas não são vistas como hierárquicas. E nessa perspectiva temos três tipos de necessidades: Poder, Afiliação e Realização, e estas se inter-relacionam e se apresentam em níveis variados de intensidade nas pessoas, conforme seus perfis psicológicos e os processos de socialização aos quais estiveram submetidas.

Um dos méritos dessa teoria de McClelland foi destacar a importância do processo de socialização e da cultura na definição de perfis psicológicos mais ajustados ás demandas no ambiente de trabalho. McClelland afirmou por meio dessa teoria, que há uma relação entre o desenvolvimento econômico e a difusão de valores relacionados à necessidade de realização. Somos apresentados também ás teorias X e Y de McGregor. A teoria X se apóia em três princípios básicos: o homem tem aversão ao trabalho, precisa ser controlado e punido para que se esforce e cumpra os objetivos organizacionais, assim como evita a responsabilidade, pois esta interessada apenas na sua segurança pessoal e financeira. A teoria Y adota como princípios que o trabalho pode ser uma fonte de punição ou satisfação, dependendo do contexto; o homem esta disposto a se autodirigir , a aprender a aceitar as responsabilidades e também a colocar em prática seu potencial criativo.

Temos ainda, a Teoria Bifatorial de Herzberg, Manuster e Snyderman que foi construída e apoiada em dois conjuntos de fatores que variaram em dois continuum independentes: o primeiro seria o dos fatores higiênicos referentes a fatores externos, que se alternaria da condição de insatisfação à de não insatisfação, e o segundo conjunto de fatores seria o dos motivadores referentes a fatores internos que oscilaria da condição de satisfação à de não satisfação. A Teoria da Expectância (VIE) de Vroom supõe que as pessoas decidem sobre suas ações de modo instrumental, procurando maximizar seu prazer e seus ganhos, e minimizar seu desprazer e suas perdas. Na Teoria da Autodeterminação de Ryan e Deci é reconhecida a importância do ambiente no comportamento individual, adota também como principio que o bem estar é fruto de um comportamento intencional autônomo, autocontrolado e autorregulado, e que assim leva a autorregulação.

Na teoria das Necessidades Básicas, é adotada uma perspectiva humanista, onde a pessoa busca afirmar sua autonomia pessoal, exercer suas competências e estabelecer vínculos sociais. A Teoria da Integração Organísmica está relacionada a internalização de normas externas, que pode varias ao longo de um continnum em que não há internalização e em que há completa internalização. A Teoria da Avaliação Cognitiva, considera e afirma que a motivação leva a pessoa a agir no ambiente. Na Teoria do Fluxo a motivação é considerada como um estado emocional de curta duração e de alta ativação, caracterizado pela clareza de metas, intensa concentração e percepção de total controle da atividade que esta sendo realizada. Na Teoria Sociocognitiva de Bandura, afirma que a maior parte do comportamento humano é fruto de processos interativos e eu a percepção da autoeficácia é um importante propulsor das ações humanas,