PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS
Por: Sonia Dos Anjos Silva • 4/12/2018 • Resenha • 1.514 Palavras (7 Páginas) • 273 Visualizações
PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS
Acadêmica: Aline dos Anjos das Dores R.A: 00167080
Professora: Claúdia Pérpetuo
Análise do filme: O Jardineiro Infiel correlacionado com os artigos estudados.
A Psicologia cria verdades e as institui quando ela esta a serviço desse poder-saber que lhe é autorgado, tem todo um contexto por traz, um contexto social político.
É a naturalização e a legalidade do poder punitivo, ou seja, cada vez mais eu tiro a coletividade, por não perceber os processos de subjetivação e todos os atravessamentos que esse sujeito faz. E nós como psi em vez de fazermos a desnaturalização, reafirmamos o lugar a margem desse sujeito.
Da para fazer uma analogia entre os textos estudados e o filme, porque o filme traz claro o papel do psi, nos acabamos nos colocando no papel de jardineiro, inócuo, que gosta de mexer, mas não se compromete com aquilo que esta fazendo, mas vezes estamos desenvolvendo o que o jardineiro faz. Nosso papel como Psicólogos e não legitimar isso aquilo que ele vive, mas precisamos demonstrar outros discursos.
Contribuímos com a perpetuação da diferença nós impomos verdades, mas devemos tomar cuidado para não fazer isso. Com isso afirmamos as verdades instituídas.
O jardineiro não se envolve, e nós como ele muitas vezes não nos envolvemos, não nos comprometemos; temos apenas discursos e não promovemos ações, e com isso deixamos de potencializar essas populações. Essas verdades são nossas e não devemos impor nossas verdades para ele, quem sabe da verdade do sujeito é ele e não nós; Quando mexe com algumas coisas que eu acho importante daí que vou militar, caso contrário não opino.
A questão das naturalizações é mostrada nos filmes e tratadas nos textos, daquele humano é esse que eu vejo. Fazer atuação a partir das micropolíticas, das fissuras. Sempre tomar posicionamento ético e político para poder e levar o sujeito a perceber o que ele passa, e com isso é uma multiplicidade de vidas possíveis.
É do humano se superar sempre, se adaptar as situações, e defender as multiplicidades de vida, por que o sujeito é potência, e com isso não posso estar do lado daquilo que eu acho que é certo por isso não deve ser pela moral e sim pela ética.
Todas essas questões vem da filosofia, da religião para confirmar aquilo que a própria religião quer, e com isso faço verdades, e só aceito quem esta no meu rol(ao meu entorno).
Nunca é linear, é sempre uma hierarquia, não conseguimos ver do mesmo lugar; por esse discurso econômico. Vem de toda uma questão estrutural e nós da psi não podemos aceitar isso. Temos que buscar a multiplicidade, e essas questões que temos que perceber e desnaturalizar.
Considerando-se que o filme trata de testes desenvolvidos por indústrias farmacêuticas unidas a governos e apoiadas por médicos, observa-se pesquisa biomédica envolvendo seres humanos só devem ser conduzida apenas por pessoas cientificamente qualificadas, e sob a supervisão de um profissional médico clinicamente competente. A responsabilidade pelo participante deve sempre ser de uma pessoa medicamente qualificada, mesmo que este tenha dado seu consentimento.
Profissionais da saúde não devem engajar-se em projetos de pesquisas que envolvam seres humanos, a não ser que estejam satisfeitos de que acredita -se que os perigos envolvidos podem ser p revistos. Os médicos devem interromper qualquer investigação caso s e
descubra que os perigos ultrapassem os benefícios potenciais. Em qual quer pesquisa com seres humanos, cada participante em potencial deve ser adequadamente informado sobre os objetivos, métodos, benefícios previstos e potenciais perigos do estudo, inclusive o incomodo que este possa acarretar. Deve ser informado de que é livre para retirar seu consentimento em participar, a qualquer momento. O médico deve então obter o consentimento pós -informação do participante dado livremente, de preferência por escrito. Dessa forma, pode dizer que a postura dos protagonistas (médicos, indústria e governo) não estavam em conformidade com a ética profissional e com as leis que regem a ciência e o direito do ser humano.
O filme mostra a história de um casal (diplomata – Justin Quayle e uma ativista política Tessa Quayle) que se envolve numa complicada narrativa onde descobrem testes realizados pela indústria farmacêutica em parceria com médicos e governos. Os testes são realizados de forma ilegal, pois os pacientes participam sem saber que estão sendo cobaias ( pensam que estão sendo tratados de Tuberculose e Aids). Toda a trama é investigada por Tessa que pouco antes de concluir suas investigações e desmascarar a máfia farmacêutica, é misteriosamente assassinada, deixando Justin (seu esposo) sem saber o real motivo de sua morte, o que o faz iniciar investigação para descobrir a causa da morte de sua esposa e acaba sendo levado às investigações por ela realizadas e, consequentemente aos fraudusos testes desenvolvidos pela cúpula industrial. O diplomata foi perseguido durante suas investigações, foi traído por seu melhor amigo e por seu país, tudo em torno do jogo de interesses financeiros proporcionado pelo mercado farmacêutico.
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