Os Direitos Humanos e Relações Étnico-raciais, Psicologia do Desenvolvimento
Por: Deliane Cristina • 27/2/2024 • Trabalho acadêmico • 2.490 Palavras (10 Páginas) • 99 Visualizações
CENTRO UNIVERSITARIO UNIFACVEST
ATIVIDADE INTEGRATIVA II DO CUSRO DE
PEDAGOGIA
Disciplinas:
Direitos Humanos e Relações Étnico-raciais, Psicologia do Desenvolvimento, Educação e Ludicidade, Organização Didática da Educação Básica, Psicomotricidade no contexto Escolar, Fundamentos da Ação Pedagógica, alfabetização e Letramento: Conceitos e Processos, Fundamentos da Educação Inclusiva, Metodologia do Ensino de Natureza e Sociedade, Alfabetização e Letramento Desenvolvimento e Apropriação.
DELIANE CRISTINA BAZÍLIO
SOROCABA, SP 2023
O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA ESCOLA
As brincadeiras constituem uma das partes mais significativas na vida de qualquer criança, ao brincar ela fica repletada de alegria, se envolve de sentimentos e emoções, vive situações que muitas vezes desperta o interesse e a curiosidades pelo mundo físico e aguça a imaginação ao construir um abstrato mundo dentro da sua mente, onde tudo é, ou se torna possível. Brincar estimula a criatividade, ressignifica a aprendizagem, da “asas” a imaginação... Sobre essa ótica, a muito se tem (re)pensado na utilização das brincadeiras como recurso para ensinar desde os primeiros anos de vida.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) reconhece a educação infantil sendo ofertada creches para crianças de 0 a 3 anos de vida, pré-escolas de 4 a 5 anos de idade, tendo e vista o pleno desenvolvimento integral da criança. Sendo assim as propostas educativas deve considerar cada faixa etária à desenvolver suas potencialidades conforme a fase que a criança se encontra. Assim segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), ao sugerir uma proposta educativa que envolva o relacionamento entre natureza e sociedade destinado a criança de 0 a 3 anos de idade, essa ação deve despertar o interesse e a curiosidade nas crianças, fazendo por exemplo, com que elas percebam (mesmo que inconscientemente) o ambiente e o espaço em que elas ocupam. Um pequeno passeio aos redores da escola, com crianças na faixa etária de 2 anos para identificar os insetos existentes naquele espaço, fará com que a criança de sinta mais próximo da natureza do que um vídeo assistido em sala de aula com temas da natureza.
A exploração do ambiente desperta a curiosidade e estimula a busca de novas, perguntas e desperta o interesse na criança a ver, conhecer, sentir ou escutar. Essa ação promove uma interação no ambiente escolar, e é interação que leva o ser humano desenvolver e evoluir progressivamente.
Ninguém interage sozinho, todos dependemos uns dos outros para aprender a comunicar. Diante desse olhar, o papel do Educando é extremamente significativo no processo de ensino/aprendizagem e desenvolvimento integral, atando como um mediador onde coloca a criança como protagonista de sua aprendizagem. Seu empenho não se limita apenas em ensinar conteúdos programados em sala de aula, ele vai além da alfabetização, causando a reflexão, a curiosidade, as dúvidas, o incentivo e a busca pela solução de problemas.
Quando a criança se descobre e desenvolve suas potencialidades passa a ter controle e domínio da sua vida, nesse aspecto o professor é um mero facilitador que a incentiva, a construir sua própria imagem quando adulto.
Assim também crianças que possui alguma limitação, seja uma deficiência física ou intelectual, independentemente de sua condição, o estímulo é necessário para que ela consiga desempenhar suas habilidades físicas, e psicomotoras. Um exemplo disso é a criança que possui uma deficiência auditiva, embora não possa escutar, ao interagir com outras pessoas recebendo estímulos necessário, ela compreende e aprende a se comunicar por meio de gestos e sinais.
A escola é um ambiente repleto de estímulos, propício para incentivar a comunicação e influenciar a criança a desenvolver suas potencialidades. O simples fato de estar junto, interagindo já é uma grande motivação para aprender. Em muitas brincadeiras elas gostam de imitar a outra, se divertem, realizando repetitivos movimentos causando descontração e harmonia, na visão de outra criança é muito motivador, sendo um ponto positivo para incentivar até mesmo as crianças com necessidades especiais, a manter a atenção e despertar o desejo também de aprender. A promoção da diversidade na escola permite o fortalecimento da inclusão de pessoas com deficiência, compartilhando junto a outras crianças experiencias de aprendizagem, que podem ser adaptadas conforme suas necessidades. A LDB também assegura o direito da matrícula e permanência de deficientes na rede regular e ensino, especificada em seu Art. 5º:
Considera-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:
I – Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
- Aqueles vinculado a uma causa orgânica específica;
- Aqueles relacionados a condições disfunções, limitação ou deficiências
II – Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos e atitudes. (Brasil 2001)
Nessa perspectiva, o professor junto tem o papel fundamental no processo de inclusão contribuindo para que a aprendizagem seja significativa e benéfica aos estudantes. Nesse sentido a capacitação do professor é essencial, seja em sua formação inicial ou continuada, é indispensável a busca por conhecimentos atualizados que tragam novas abordagens e que sejam relevantes para o desenvolvimento integral do aluno envolvendo a diversidade na escola. Conhecer as fases do desenvolvimento infantil também permite ao professor compreender as particularidades de cada aluno dando-lhe uma maior aptidão para trabalhar variados conteúdos e vivenciar as mais diversas experiências do cotidiano no âmbito escolar. Segundo Paula (2018),
Para Piaget o desenvolvimento cognitivo das pessoas obedece a uma ordem de estágios. Para ele, a natureza e as características humanas mudam com o passar do tempo e com a evolução desses diferentes estágios. [...] Esse desenvolvimento apesar de contínuo, é caracterizado por determinadas formas de pensar e agir em diferentes idades, formas que o autor determinou de estágios e refletem os diferentes modos de a criança pensar ao longo de sua vida.
Piaget nomeia quatro estágios, sendo o primeiro Sensório-motor, no qual inicia ao nascimento e se estende até dois anos de vida, nessa fase a criança que já possui os reflexos desde antes do nascimento, adquire percepção sensorial e motora, onde ela começa a focar nos movimentos e sensações do próprio corpo e depois pelas coisas ao seu redor. A psicologia do desenvolvimento e a psicomotricidade ajuda a entender como esse processo ocorre são excelentes “ferramentas” que servirão de base para trabalhar as técnicas que auxiliará no desenvolvimento integral da criança como também na avaliação para que se identificar possíveis transtorno, anomalias ou atraso no seu desenvolvimento. Ao interagir com o bebê ou criança, estimulando-a com gestos, brinquedos adequados, movimentos perceptivo, canções ou leves ruídos qualquer outar forma que cause positivas reações, o educando estará, estimulado e avaliando ao mesmo tempo, dessa forma ele não só contribui para que a criança desenvolva suas potencialidades como também, identificará se esses comportamento as atitudes estará dentro dos padrões do estágio sensório-motor, e até mesmo analisar se a criança possui algum atraso no desenvolvimento que possa futuramente comprometer a sua aprendizagem .
...