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PSICOLOGIA SOCIAL: IDENTIDADE

Por:   •  12/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.211 Palavras (13 Páginas)  •  248 Visualizações

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[pic 1]UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

JULIANA BRAGAGNOLO

LUCKAS GORNIAK

NAILIANE L. DE OLIVEIRA

RENATA Z. DO BOMFIM

PSICOLOGIA SOCIAL

IDENTIDADE

CURITIBA

2018

[pic 2] UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

JULIANA BRAGAGNOLO

LUCKAS GORNIAK

NAILIANE L. DE OLIVEIRA

RENATA Z. DO BOMFIM

PSICOLOGIA SOCIAL:

IDENTIDADE

Estudo dirigido apresentado à disciplina de Psicologia Social, como requisito parcial para obtenção de nota do 2º. Bimestre, do 3º. Período do Curso de Graduação de Psicologia, período noturno, turma “B”.

Professor: Roberta Gobbi

Curitiba

2018

INTRODUÇÃO

 

O filme, A Garota Dinamarquesa, do autor David Ebershoff é inspirado em uma história real, a qual relata a vida de um artista plástico dinamarquês que teria sido a primeira pessoa a realizar uma cirurgia de mudança de sexo. O filme se passa na década de 20 e narra à história da pintora Lili Elbe – nascida em 1882 como Einar Wegener. A cinebiografia conta o processo de descoberta e transição de Einar como uma mulher transexual e as dificuldades de aceitação e inclusão em uma sociedade extremamente conservadora que considerava a transexualidade como doença e perversão. Einar era um renomado pintor dinamarquês casado com Gerda Wegener, também pintora.

O filme retrata intensamente o processo entre o reconhecimento de mulher trans até os procedimentos cirúrgicos que se submeteu para que pudesse se sentir completa. Além de mostrar como foi o enfrentamento de sua esposa e do seu casamento diante dessas mudanças.

Seu reconhecimento como mulher iniciou quando Gerda pediu ao seu marido que colocasse vestimentas femininas para que ela pudesse finalizar uma pintura de uma modelo que não havia comparecido. A partir disso Einar percebeu que internamente não era um homem e sim uma mulher. Posteriormente se auto denominou Lili Elbe e foi a primeira pessoa documentada a submeter-se a uma cirurgia de ressignificação de sexo. Por decorrência de complicações no pós-operatório, faleceu em 1930.

A partir do filme este trabalho propõe - se dentro da Psicologia Social trazer o tema Identidade no contexto da história do filme, explorando a ideia de identidade vivenciada por transexual e travestis a partir dos conceitos de gênero, corpo, sexualidade e a importância de compreender a identidade como uma concepção de si mesmo, composto de valores, crenças e metas com os quais o indivíduo está solidamente comprometido, e como construir uma identidade implica em definir quem a pessoa é, quais são seus valores e quais as direções que deseja seguir pela vida.

A formação da identidade recebe a influência de fatores intrapessoais, de fatores interpessoais e de fatores culturais. Quanto mais desenvolvido o sentimento de identidade, mais o indivíduo valoriza o modo em que é parecido ou diferente dos demais e mais claramente reconhece suas limitações e habilidades.

E a história demonstra justamente a angústia da personagem principal ao não se identificar com o seu próprio corpo. O sofrimento com aquela situação é tamanho que o leva a buscar todas as soluções para tentar resolvê-lo. Contudo, sua realidade foi encarada como uma doença, sendo inclusive diagnosticado com esquizofrenia antes de passar pelo procedimento cirúrgico que contribuiu para o fortalecimento da identificação de Lili.

DESENVOLVIMENTO

No texto “Identidade”, do autor Antonio da Costa Ciampa, é percebido que a resposta à pergunta “Quem sou eu” pode ser muito mais complexa do que se supunha, tanto que isso já é tema de pesquisas científicas, sendo assunto esse estudado por psicólogos, sociólogos, antropólogos, filósofos, entre outros. Essa temática é estudada não somente pela dificuldade, mas pela importância que se dá no dia a dia, dentro do cenário de família, em escolas, bancos, supermercados, e em praticamente todas as situações da vida cotidiana.

Pode-se responder a essa questão a princípio com uma descrição, como se fosse um personagem em um discurso, contando uma biografia. Ciampa ainda comenta que quando se conta uma história de si mesmo, o personagem também é o autor dessa mesma história. Mas, existe também a questão de ocultação daquilo que se é, o autor se oculta por trás desse personagem (ocultação e revelação).

Moreira (2009) comenta que, Freud em 1914 revela que o eu não é uma realidade originária, é constituído num processo de encontro com dimensões de alteridade. Nesse momento, aparecem as idéias de eu ideal, ideal de eu e precipitado de identificações.

Identidade é o sentido da imagem de si e para si, a imagem que uma pessoa adquire ao longo da vida referente a ela própria, a imagem que ela constrói e apresenta aos outros e a si própria, para acreditar na sua própria representação, mas também para ser percebida da maneira como quer ser percebida pelos outros (Pollak, p.204).

Existe ainda a questão das mudanças de identidade, que podem ser previsíveis ou não, desejáveis ou não. O autor Ciampa coloca a seguinte questão: “Nós nos tornamos algo que não éramos ou nos tornamos algo que já éramos e estava como que embutido dentro de nós?”. Quando a identidade não é mais reconhecida ou ameaçada, o indivíduo tem maus pensamentos acerca de si mesmo, sentindo até mesmo que pode enlouquecer.

Esse tema ficou evidenciado na personagem Lili Elbe no filme “A garota Dinamarquesa”. Lili nasceu num corpo masculino com o nome de Einer Mogens Wegener. Einer, pintor de renome e casado com Gerda, se descobre uma alma feminina na década de 1920. Gerda também é pintora e procura obter o mesmo reconhecimento que o marido, mas só o obtém quando passa a pintar o próprio marido, na personagem Lili, criada por Gerda em uma das sessões de pintura, quando o calça com meias de seda, um belíssimo vestido e pede a ele que faça uma pose feminina. Ali Einer se identifica com a homossexualidade até então reprimida.

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