Piaget 4 Estágios do Desenvolvimento Cognitivo
Por: Flávio Araujo de Oliveira • 30/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.545 Palavras (7 Páginas) • 211 Visualizações
Piaget 4 estágios do desenvolvimento cognitivo
O objetivo de Piaget era construir uma teoria do conhecimento que pudesse explicar como o organismo conhece o mundo e como se adapta a ele, utilizando a expressão Epistemologia Genética. A sua teoria também é conhecida como construtivismo, pois a inteligência tem uma estrutura e um conteúdo que é construído pelo sujeito a partir de interações que o mesmo tem com o mundo. Assim sendo, Piaget acreditava que o conhecimento não vinha da estrutura genética ou hereditariedade (conhecido como inatismo), e muito menos que o conhecimento já vem pré-formado e que se atualizam à medida que nos desenvolvemos (denominado como empirismo). E para poder comprovar essa teoria Piaget mostrou como a capacidade cognitiva evolui, desde o recém-nascido até a vida adulta.
Como já dito a teoria de Piaget era conhecida como Construtivismo, pois nos mostra como as estruturas que nos permite conhecer desenvolvem-se na interação com o meio, e segundo ele o conhecimento é um processo de adaptação. Os mecanismos de adaptação são: assimilação, acomodação e equilibração.
- Assimilação: é a tentativa do sujeito de selecionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental já formada, é a mudança do nada, o estimulo que esta fora de mim.
- Acomodação: é a tentativa do sujeito de selecionar uma determinada situação, mudando as estruturas antigas e construindo novas maneiras de agir para dominar uma situação, é a mudança do eu para dar conta do mundo.
- Equilibração: é o processo, pelo qual, se mantem um equilíbrio no sistema cognitivo, procura estabelecer o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação.
As divisões dos desenvolvimentos cognitivos apontam que todos os indivíduos passam por mudanças, independente da cultura ou classe, todos passam por esses estágios do desenvolvimento cognitivo, no entanto varia de individuo para individuo, pois há características individuais biológicas ou ambientais. Cada estágio possui uma especificidade. São eles: sensório motor, pré-operatório, operatório-concreto, operatório-formal.
- Sensório motor (0 a 2 anos): são esquemas baseados na sensação e movimento, onde o bebê não se diferencia dos objetos, a ação dele esta presa no agora, não entende a causa de efeitos e relações realmente como ela é. No recém-nascido as funções mentais são limitadas aos reflexos inatos, o conhecimento é medido pelas percepções sensórias como a visão, audição, tato, paladar e olfato e pelos esquemas motores. Posteriormente a criança vai aperfeiçoando tais reflexos e habilidades que fazem com que ela tenha noção dos acontecimentos a sua volta.
- Pré-operatório (2 aos 6 anos): nessa fase começa a existência de representações simbólicas, marcado pela linguagem oral, onde há socialização de ação e pensamento verbal. A criança prioriza aspectos mais relevantes a ela o pensamento é como uma foto, pois não consegue olhar para o todo, apenas uma parte. Portanto não diferencia o que é objetivo do subjetivo, tornando uma fase onde o pensamento é egocêntrico.
- Operatório-concreto (7 aos 11 anos): neste período a criança perde um pouco do egocentrismo e há uma cooperação do individuo, ela passa a ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, assim a criança é capaz de entender as regras do jogo e respeita-las, é o inicio do pensamento lógico. O que também aparece nessa fase é a moralidade, há a construção do respeito mutuo. Também é possível ver que nesse estagio a dois tipos de crianças a criança autônoma, que é quando o raciocínio avalia os valores antes de aceita-los, e a criança heterônoma, que é quando existe aceitação de valores propostos por outros significados.
- Operatório formal (12 anos em diante): a partir deste período as mudanças nas capacidades mentais, no quesito das estruturas e operações logicas, passam a ser quantitativas e não mais qualitativas. O pensamento passa a ser mais abstrato do que concreto, e desenvolve a capacidade de usar teorias e hipóteses para solucionar problemas.
Idades | Funções | |||
Organização do pensamento | Organização da realidade | Representação (Gênese de imitação) | Afetividade | |
1° subestadio 0 a+/- 2 meses | Exercício dos mecanismos reflexos. | O universo inicial é um mundo sem objetos, composto de “quadros” móveis e inconscientes. | Preparação reflexa (ausência de imitação) | Adualismo inicial. |
2° subestadio 2 a 4 meses | Reação circulares primárias. | Imitação espontânea (contagio e ecopraxia) | ||
3° subestadio 4 a +/- 6 meses | Reações circulares secundárias. | Constância da grandeza. O objeto existe mesmo se tampado. | Imitação de sons já pertinentes à sua fonação e de movimentos executado por outros (visíveis para ela) | Reações intermediarias (satisfação ante pessoas familiares, inquietude de ante estranhos) |
4° subestadio +/- 7 a +/- 11 meses | Coordenação de esquemas secundários e sua aplicação às novas situações | Constância da forma. Ainda não compreende o deslocamento | a) imitação de movimentos já executados (não visíveis) b) imitação de modelos novos | |
5° subestadio +/- 11 a +/- 14 meses | Reações circulares terciárias e descoberta de novos meios por experimentação | Procura o objeto em função dos deslocamentos | Imitação sistemática de novos modelos, inclusive os invisíveis do próprio corpo | Relações objetais (escolha do objeto afetivo) |
6° subestadio +/- 15 a +/- 18 meses | Invenção de novos meios por combinação mental | Descoberta do esquema do objeto permanente | Principio da imitação representativa (diferida) |
A criança aprende a realidade através dos sentidos e tende a representa-las através de símbolos.
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