Plano de estágio em Psicologia Social
Por: Ceça Almeida • 26/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 757 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO: PSICOLOGIA
Plano de estágio em Psicologia Social
Aluna: Maria da Conceição Oliveira da Silva Almeida
Matrícula: 01156821
Disciplina: Estágio Supervisionado I
Recife, 2018.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO: PSICOLOGIA
Maria da Conceição Oliveira da Silva Almeida
Plano de estágio em Psicologia Social
Texto apresentado pelo(a) aluna: Maria da Conceição O. da S. almeida à Professora Ms. Karla Kely da Silva Cabral, como requisito parcial para obtenção de créditos referentes à disciplina de Estágio I do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau.
Recife, 2018.
1-INTRODUÇÃO
O oferecimento da escuta e acolhida ao sujeito é um compromisso que a psicologia social tem como pressuposto entender o ser humano inserido em um logo processo histórico, ou seja, para atender as diversas formas de subjetivação é preciso compreender a realidade contextual, o mundo vivido desse ser.
As minhas expectativas é que o estágio nos proporcionará entrar em contato com diversos campos de atuação, ampliando a visão do trabalho realizado pela psicologia social. Como estagiaria é fundamental exercer uma postura ética e estar disponível para o outro, respeitando e lutando contra todas as formas de padronização da subjetividade.
A disciplina de Estágio Supervisionado em Psicologia Social é composta por sessenta horas no total, com um encontro semanal na qual teremos supervisões, leitura de textos, planejamentos e na prática iremos realizar visitas técnicas e intervenções psicossociais em ONG, instituições e projetos sociais, totalizando ao final duas visitas dessa natureza.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
O início da Psicologia no Brasil se deu em meio ao processo de modernização industrial, oferecendo um saber técnico favorecendo uma linha de produção moderna. (Bock, 2008, p.1)
Importada da Europa e dos Estados Unidos, com o objetivo de uso dos testes psicológicos nas escolas para aumentar o rendimento no ensino e nas indústrias para o crescimento na produtividade. (Bock, 2008, p.1) Embora o Brasil tenha sido o primeiro país a regulamentar como profissão, a psicologia apenas estava a alcance da elite.
Os testes psicológicos considerados a tecnologia do momento, eram usados para prever e controlar os comportamentos sendo fundamental para a implantação de um novo projeto de sociedade.
Segundo Bock (2008), sua utilização permitiria diferenciar as pessoas colocando o homem certo no lugar certo. Por esses motivos a psicologia alcança um status na sociedade.
Embora existisse uma lei regulamentar, faltava embasamento que sustentassem a psicologia como profissão, o que suscitou dos anos 70 aos 90 o questionamento de quem somos e que psicólogos queremos ser. Ao longo do tempo novas práticas e áreas de atuação foram se efetivando proporcionando a construção da psicologia de interesse social. “E a profissão foi sendo construída, ou melhor, inventada pelos psicólogos. Em vários espaços foram sendo inauguradas práticas e novos campos, tornando a psicologia uma profissão de interesse social”. (Bock, 2008, p.2) ´
No século XXI, a psicologia se abre para um novo compromisso que vai além dos interesses da elite brasileira, mas uma psicologia acessível a todos, voltada para as políticas públicas e suas urgências. Antes acreditava ser possível explicar o homem excluindo sua realidade econômica, cultura e social, com concepções naturalizantes. É preciso pensar o homem como um ser em construção, que atua no mundo modificando e sendo modificado.
É importante que a psicologia adentre em todos os espaços, considerando a dura realidade desigual evidenciando o preconceito, a segregação, toda forma de violência contra os direitos humanos. É fundamental que o psicólogo atue junto às políticas públicas e os direitos humanos, valorizando o homem através da potencialização desse sujeito. “Potencializar pressupõe o desenvolvimento de valores éticos na forma de sentimentos, desejo e necessidades para superar o sofrimento ético-político”. (SAWAIA, 2005, p. 114. Apud, GESSER, 2013, p. 73)
É tirar esse sujeito de uma postura passiva levando-o à uma autonomia capaz de superar o sofrimento fortalecendo na luta pela garantia de direitos.
Diante de uma realidade dura e excludente é fundamental que o psicólogo tenha um olhar para o social se inteirando dos problemas e se apropiando de sua profissão como agente de transformação que traz o olhar diferenciado para o humano.
De fato a inserção do psicólogo no diversos campos de trabalho nem sempre é fácil, diante de tantos enfrentamentos é essencial que este profissional possua um aporte teórico e metodológico que fundamentem as mudanças nessas perspectivas.
No âmbito da saúde pública sua atuação deu se no final dos anos 70, em meio às transformações nas políticas públicas. Ao ser implantado o programa nacional de serviços básicos de saúde se constitui o enfoque nas ações preventivas e o trabalho em equipes multidisciplinares surgindo à oportunidade de entrada para a psicologia.
Esse processo multidisciplinar enfrentou muitas dificuldades uma vez que não se compreendiam o papel do psicólogo e por outro lado, eles não se tinham uma clareza da função a ser exercida.
Outro marco é a participação no Movimento de Luta Antimanicomial (MLA), onde o modelo manicomial é questionado e um novo modo de compreender a saúde mental trazendo mudanças conceituais e estruturais, um novo olhar sobre esse sujeito em sofrimento.
Historicamente a saúde tem se mostrando uma grande porta para a atuação da psicologia comunitária. Promover a autonomia e cidadania através das ações de promoção de saúde mostra a abrangência do papel do psicólogo que assume como agente facilitador, potencializando o sujeito na sociedade.
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