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Produção Única Acerca de Relacionamentos Amorosos

Por:   •  25/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.814 Palavras (12 Páginas)  •  140 Visualizações

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CASO 100% - PSICOTERAPIA BREVE

PROF. DANTE ANDRADE

CASO – Paciente E.

A paciente E. tem 22 anos. Sente que sua vida está meio parada. Passa a maior parte do tempo em casa e discute muito com a mãe. Gostaria de voltar a estudar, mas já faz alguns anos que concluiu o ensino médio e o fato de desde então não estar estudando a faz sentir-se incapaz de retomar os estudos. Também gostaria de se mexer mais, praticar algum esporte ou voltar pra academia. Mas não se sente bonita e por isso tem vergonha de voltar a frequentar a academia. Terminou um namoro faz quase um ano. Tem conversado com um outro garoto que mora numa cidade próxima. Acha que ele é um cara legal, mas tem receio de entrar em um novo relacionamento: “essa cidade é muito pequena… tem pouco tempo que terminei com meu ex-namorado… o que as pessoas vão pensar?”

A paciente está fazendo terapia há um mês e meio. Nas últimas sessões tem falado muito do garoto com quem anda flertando, chamado J.H. Ele anunciou pra ela que vai passar algumas semanas fora. A viagem estava programada já faz algum tempo. É uma viagem a trabalho, mas E. sabe que a ex-namorada dele mora nessa cidade.

TRECHO DA SEXTA SESSÃO

Paciente: Ele praticamente nem falou comigo antes de viajar. Ligou apenas algumas horas antes de pegar o ônibus!

Terapeuta: Isso te aborreceu?

Paciente: Sim. Confesso que sim.

Terapeuta: Mas você não tem dado muito brecha. Nas últimas semanas tem se esquivado dele e quando eventualmente ele estabelece contato ou te procura, você parece reticente e diz que ainda não está preparada para um novo relacionamento.

Paciente: Eu sei, mas se ele está gostando de mim, como ele mesmo diz, por que ele não me procurou? Ele sabe onde eu moro, em 15 minutos ele chega aqui… ele poderia vir me visitar se ele realmente gostasse de mim!

Terapeuta: Você o convidou?

Paciente: Não.

(depois de algum tempo de silêncio?)

Terapeuta: E., será que não está na hora de admitir pra você mesma que você acha J.H mais do que um cara legal e que você está gostando dele?

(depois de algum tempo em silêncio)

Paciente (irritada e um pouco chorosa): E por que é que ele foi encontrar a ex dele? Eu sei que ele viajou pra isso! É sempre assim! Eu sei onde é que isso vai dar! É sempre assim! Com P., meu ex-namorado, foi a mesma coisa… Teve um dia que eu e P. combinamos de ir numa festa. Um pouco antes da festa começar ele me ligou dizendo que estava doente e que não tinha condições de ir. Eu acabei ficando em casa, mas no outro dia minhas amigas comentaram que encontraram ele com a ex no forró. Na supervisão de estágio na UniAGES, os estudantes travaram a seguinte discussão:

Fernando: É interessante notar, no trecho da sessão acima, os tipos de intervenção do terapeuta. Observam-se interrogações com o objetivo de pedir dados precisos e explorar as respostas da paciente. Observam-se também recapitulações, que consistem basicamente em resumir os pontos essenciais surgidos ao longo da sessão. Faltou, porém, um tipo de intervenção muito importante: os assinalamentos. Segundo o Fiorini (1982), os assinalamentos proporcionam ao paciente uma nova maneira de perceber a própria experiência.

Suzana: Fernando, sua análise me parece interessante. Não obstante, discordo de você no que tange ao último ponto da sua fala. O que garante ao paciente uma nova forma de perceber a própria experiência é a Experiência Emocional Corretiva (EEC). Esse conceito, proposto por Alexander em 1946 é fundamental pra Psicoterapia Breve. Não dá pra pensar a PB sem o conceito de EEC.

Jaqueline: Existe uma variedade muito grande de intervenções terapêuticas, mas naturalmente há uma hierarquia entre elas que permite distinguir algumas como sendo mais importantes do que outras para o processo psicoterapêutico. 

  1. INTRODUÇÃO:

A personagem principal do caso em tela, é a paciente E., que possui 22 anos  e queixa-se de diversas situações que fazem com que a sua vida se torne parada. Não se sente bonita, por isso não volta para a academia, e não se sente capaz de voltar a estudar. Há um mês e meio vem fazendo terapia, e durante as últimas sessões tem falado de um rapaz com quem anda flertando, J.H.

 Na sexta sessão, trouxe para o terapeuta, uma situação que a incomoda bastante: J.H. viajou a trabalho durante algumas semanas, e por coincidência o local para o qual ele foi, é o local onde mora a ex-namorada dele. Por conta de seu último relacionamento, que foi conturbado, E. não consegue manter confiança em seu possível novo relacionamento o que a faz ficar irritada.

Nas alternativas apresentadas no caso para a resolução dos problemas de E., puderam ser notadas as intervenções verbais do terapeuta, propostas por Fiorini (1982), além do emprego da EEC (Experiência Emocional Corretiva), proposta por Alexander (1946).

  1. DESENVOLVIMENTO
  1. Resumo dos problemas

        É possível visualizar no caso apresentado que a paciente E. mostra ter problemas como o de autoestima baixa e traumas relacionados a relacionamentos amorosos.

        A autoestima está ligada ao que pensamos, vemos, falamos e esperamos de nós mesmos. Dessa forma, recebemos informações sobre nós, vindas de nós mesmos ou de outras pessoas. Estas informações podem ser boas ou ruins, e assim se constrói a nossa autoestima. Quando somos elogiados ou engrandecidos, nossa autoestima se torna boa, quando somos reforçados negativamente, ela se torna baixa ou ruim.

O conceito de trauma está basicamente ligado a um dano emocional (ou físico) causado por algum acontecimento, gerando uma experiência permanente da dor vivida, que pode vir a atrapalhar momentos presentes e futuros do sujeito.

  1. Fundamentação teórica e Discussão

        De acordo com a autora Lucia Moysés (2001), o autoconceito é formado a partir da percepção que temos de nós mesmos. Porém, há outras vertentes na compreensão do autoconceito, como a de habilidade social, aparência física, desempenho intelectual e habilidades motoras (Lucia Moysés, 2001).

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