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Projeto Intervenção e Crise

Por:   •  21/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.404 Palavras (14 Páginas)  •  277 Visualizações

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Roteiro Projeto Intervenção e Crise

- Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Agir sobre o fenômeno social bullying na adolescência, seus desafios e aspectos psicossociais envolvidos no contexto escolar realizando ações preventivas que visem promover a reflexão, conscientização e sensibilização da temática social.

2.2 Objetivos Específicos

  • Explorar a curiosidade, exercitar a imaginação e criatividade sobre a temática e com isso amenizar a prática do Bullying dentro do ambiente escolar.
  • Conscientizar os alunos sobre a prática do bullying e suas conseqüências (física, moral e psicológica) para a vítima, agressor e o impacto gerado na sociedade.
  • Estimular a conscientização para o desenvolvimento das rede de apoio para as vítimas de Bullying.
  • Em Segunda Instância: Estimular nos alunos possibilidades para reverter as situações de bullying, propondo o desenvolvimento de comportamentos eficazes anti-bullying que façam a diferença no convívio social.

Procedimentos

  • A primeira etapa da dinâmica será orientar os alunos a realizarem uma “chuva de ideias” sobre a prática do bullying de forma livre e criativa através de produções de cartazes, que posteriormente poderá ser colocados no mural da escola. Algumas imagens também serão distribuídas para a confecção dos cartazes, para os grupos que serão formados (grupos com uma média de 5 alunos).
  • A segunda etapa da dinâmica será que após cerca de 5 minutos pediremos para  que os alunos, com suas produções se organizem em formato de roda de conversa, onde os mesmos poderão ter livre escolha para apresentar seu cartaz.
  • A terceira etapa da dinâmica será que após (ou antes) a apresentação dos cartazes, iremos ler e iniciar o debate com os seguintes estudos de caso:

História 1

Tenho 13 anos e detesto ir à escola porque ninguém gosta de mim. Há um grupo de meninas que me está sempre a chamar nomes: dizem que sou feia e gorda e que meus pais não devem gostar de mim. A minha melhor amiga agora evita-me e juntou-se a outro grupo. Detesto-a. Sinto-me sozinha e assustada e tenho medo que aquilo que dizem sobre meus pais seja verdade.

História 2

Este ano comecei a frequentar uma escola diferente porque tive de mudar de cidade. Algumas meninas riem-se quando eu passo. Acho que têm ciúmes porque os rapazes da escolha olham muito para mim. Para além de me roubarem material escolar e de me insultarem, fazem telefonemas anônimos para minha casa. Não aguento mais essa situação. Estou assustada e zangada. Já tentei fazer queixa à diretora, mas ela acha que eu é que tenho que fazer um esforço para me integrar. Não sei o que fazer.

História 3 (Se houver tempo)

O meu melhor amigo disse-me que alguns colegas andam a incomodas na escola. Quando me contou isso, fui falar com esses rapazes. Mas, a partir daí, começaram a fazer o mesmo comigo. Agora somos ambos vítimas de insultos e das ameaças deles. Decidimos ficar calados, pois se fizermos alguma coisa, é provável que tudo piore.

Obs: Como havíamos discutido, o ponto de partida e o foco da roda de conversa é a fala dos alunos. Portanto as imagens a seguir (que já vai estar nos cartazes dos alunos), serão relacionadas com a parte teórica do nosso projeto para que as informações que serão mediadas (será um guia, do que devemos abordar pela imagem apresentada) assim que possível, tenham um respaldo das pesquisas.

Imagens distribuídas para os grupos

[pic 1]

[pic 2]

[pic 3]

 O que é o Fenômeno Bullying

Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos contra uma pessoa indefesa e que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português. No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc, o que caracteriza como as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.

O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam à tal agressão. Normalmente a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.

O bullying pode ser praticado em qualquer ambiente, como na rua, na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.

Para a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal como injúria, difamação e lesão corporal. Ainda não existe uma lei que puna os agressores com o devido merecimento.

 [pic 4]

[pic 5]

Consequências do Bullying na adolescência

Podemos compreender que a prática do bullying acarreta vários prejuízos tanto para o autores quanto para as vítimas do mesmo. Umas das consequências mais marcantes para os alvos desse tipo de agressão é o suicídio, tristemente é o ponto culminante da angústia de quem se vê alvo de um sofrimento psíquico que não consegue sustentar e não encontra outra forma de apoio ou de solução.

O medo é um fator que aflige os adolescentes e pode ser considerado como mais imediato, caracteriza-se pelo medo de se tornar o próximo alvo- no caso dos espectadores ou de receber um novo ataque. Outras consequências que podem ser observadas, que afetam os alvos de bullying são: ansiedade, solidão, depressão, baixa auto estima, sentimento de impotência e insegurança, reduzida confiança social - muitos sofrem por não receber atenção, escuta e reconhecimento de seus seus sentimentos.  Infelizmente, ainda existe o discurso no repertório de pessoas que o bullying é uma "brincadeira de idade", cometendo o erro grotesco de acreditar que como consequência positiva existe o fortalecimento do caráter de quem é agredido. (Frick, 2016)

As interações no grupo de pares na adolescência podem aumentar a autoestima, incrementam o repertório de habilidades sociais e podem favorecer a delimitação da identidade e do papel social, proporcionando não somente a aprendizagem de conteúdos acadêmicos e formais, como também a aprendizagem de habilidades e competências sociais, mediante relações positivas de amizade. Sendo assim, a ocorrência do bullying na adolescência irá impactar nos fatores descritos e impossibilitar o desenvolvimento social e acadêmico. É possível verificar que o processo de  bullying  e rejeição têm sido identificadas em antemão nas relações entre pares e estão correlacionadas com o comportamento antissocial, com problemas no rendimento acadêmico e socialização escolar, com a evasão escolar e nos casos mais delicados o desenvolvimento de estresse pós-traumático, fobias - como o pânico da escola. ( Lisboa, Braga & Ebert, 2009)

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