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Proposta de intervenção

Por:   •  11/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.090 Palavras (13 Páginas)  •  354 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE PSICOLOGIA

FRANCISLANE BONFIM FREITAS

MYCHELLE CHRYSTYNE LOPES RIBEIRO

A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE VOLTADA PARA A CRIANÇA NO CONSUMISMO E OBESIDADE INFANTIS

São Luís

2016

FRANCISLANE BONFIM FREITAS

MYCHELLE CHRYSTYNE LOPES RIBEIRO

A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE VOLTADA PARA A CRIANÇA NO CONSUMISMO E OBESIDADE INFANTIS

Projeto de pesquisa-intervenção apresentado pelas discentes Francislane Bonfim Freitas e Mychelle Chrystyne Lopes Ribeiro como requisito para obtenção de nota referente à 2ª unidade na disciplina Psicologia Social I, ministrada pelo(a) professor(a) Cláudia Aline Soares Monteiro no Curso de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão.

São Luís

2016

SUMÁRIO

Introdução 4

Referencial Teórico Metodológico 6

Objetivos ... 10

Metodologia .. 10

Cronograma ............................................................................................................................. 13

Referências .............................................................................................................................. 14

INTRODUÇÃO

Para se falar em publicidade infantil, é necessário diferenciar o conceito de publicidade do conceito de propaganda. Publicidade designa o que é público (do latim publicus) e é voltada para a comunição comercial com ou sem fins lucrativos. Propaganda deriva do latim propagare, com sentido de propagar, multiplicar, e diz respeito a um meio de comunição que conta com persuasão, influenciando comportamentos. A publicidade pode ocorrer em diferentes meios de comunicação, como rádio, TV, revistas, outdoor, internet, sendo paga pelos seus promovedores.

A escolha desse tema se deu através de um interesse despertado a partir da visualização do documentário "Muito Além do Peso", da Maria Farinha Produções, exibido na TV Escola. A partir de então, tornou-se evidente a importância de se pensar sobre a publicidade voltada para o público infantil e as consequências dela na infância. Nesse projeto, foi feita a escolha de pôr em foco a influência da publicidade e propaganda em comportamentos consumistas e na obesidade infantil.

O público infantil tem sido alvo de investimentos crescentes por parte de empresas comerciais por ser um público que se mostra cada vez mais lucrativo. Isso ocorre porque as crianças estão frequentemente em contato com as tecnologias, como a televisão e a internet, principais meios de divulgação de peças publicitárias. Essas empresas já reconhecem também o forte poder de influência de compra que as crianças possuem sobre seus pais ou responsáveis, além disso, a dificuldade de discernir e de julgar criticamente o que é publicado acaba por ser decisivo na captura do interesse da criança.

No Brasil, a publicidade voltada para o público infantil e adolescente ainda é pouco regulamentada e o que há nesse âmbito ainda é pouco efetivo. É de uma importância incontestável que essas medidas sejam tomadas porque o modo como fantasia e realidade se misturam na publicidade infantil é uma forma desleal de convencer e conquistar a criança, levando em conta que em seu nível de desenvolvimento ela não consegue se posicionar criticamente diante do que é oferecido pelas mídias.

Crianças e adolescentes menores de 16 anos, no Brasil, não são autorizadas a realizar transações comerciais, isto é, não podem ser consideradas consumidoras. No entanto, este é um paradoxo instaurado pela publicidade atualmente, pois cada vez mais as crianças são vistas como fortes consumidoras pelas empresas comerciais, que as têm como alvo de seus investimentos publicitários. Além de conquistar a escolha de compra da criança no momento, a tentativa também é de já conquistar a confiança e a fidelidade de um futuro comprador.

Diante do explicitado, não é difícil perceber que essas investidas comerciais ferem os direitos fundamentais da criança e se beneficiam às custas de sua ingenuidade. A criança deve ser respeitada e cuidada de forma que se desenvolva de maneira saudável e mais comprometida com um estilo de vida menos consumista e mais sustentável.

REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

De acordo com pesquisas do PNAD (IBGE), em 2014, 97,1% dos domicílios brasileiros possuíam televisão e 42,1% possuíam microcomputador com acesso à internet. Além de ter se tornado um elemento essencial na maioria dos domicílios brasileiros, a televisão também tem se tornado a fonte de lazer favorita das crianças. Principalmente nos grandes centros urbanos, com as crescentes taxas de violência e insegurança pública, muitas famílias têm preferido se recluir em condomínios fechados e/ou investir em lazer para seus filhos dentro de seu próprio lar. Novas tecnologias como videogames, tablets, smartphones, computadores com acesso à internet estão cada vez mais presentes principalmente nos lares brasileiros de classe média e alta, mas de modo bem mais acessível às demais classes sociais, a televisão marca sua presença como o maior "investimento" de lazer dos pais para suas crianças. Além do fator da violência urbana, os pais que precisam dedicar grande parte de seu dia ao trabalho ou a tarefas diárias acabam tendo pouco tempo para passar com seus filhos. Assim, "Por intermédio do processo denominado por Rosenberg (Crivelaro, 2006) de “babá eletrônica”, as crianças são entretidas com programações televisivas enquanto seus responsáveis cumprem tarefas do dia a dia." (FRAGOSO, 2009).

A presença constante de conteúdos televisivos no dia-a-dia das crianças traz consigo a forte influência da publicidade destinada ao público infantil. A mestre em Ciências Sociais Inês Sampaio faz uma

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