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Psicanálise: os Primórdios

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Por:   •  19/7/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.876 Palavras (16 Páginas)  •  487 Visualizações

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Psicanálise: os Primórdios

Os nomes mais conhecidos dentro do mundo moderno são Sigmund Freud e psicanálise, sem dúvidas Freud foi uma das figuras da história da civilização a provocarem uma alteração na visão que o ser humano tem de si mesmo. Outros nomes poucos conhecidos fora da área da psicanálise foi Fechener, Wundt e Tithener.

S. Freud sugeria três mudanças ocorridas no ego humano coletivo sendo elas: a primeira, quando Copérnico mostrou que a terra não era o centro do universo, além de girar em torno do sol junto com outros planetas. A segunda, quando C. Darwin mostrou que o homem seria apenas uma espécie superior provenientes de formas inferiores de vida animal. E terceiro, foi uma mudança provocada por Freud, ao afirmar que o homem não sendo um agente racional, ou seja, tendo controle de si mesmo, pois é influenciado por forças no qual praticamente não possui controle, sendo essa força o inconsciente.

Freud morreu em 1939, um período em que muitas escolas de pensamento como estruturalismo, a linha de pensamento de Wundt, e a funcional já não estavam no auge. Predominando nos EUA o Behaviorismo e ainda a implantação de uma escola de pensamento que havia imigrado da Alemanha, o Gestalt.

Todas as escolas de pensamentos da Psicologia somavam e se contradiziam de heranças acadêmicas, e eram direcionadas as questões de sensação, percepção e aprendizagem, estando dentro da ciência pura ou sendo resultado de estudos de universidades, diferente da Psicanálise que não pode ser comparada com essas escolas de pensamento, pois além de não aproveitar qualquer uma das atribuições, conceitos e métodos dessas escolas de pensamento, também não estava direcionada a esse tipo ciência, pois ela simplesmente é fruto das tentativas de tratamento de pessoas que eram consideradas doentes mentais pela sociedade, se divergindo assim da medicina e da psiquiatria.

Para discernir a Psicanálise das outras escolas de pensamentos, podemos citar vários fatores, entre eles o objeto de estudo e o método usado, mas o principal é o estudo aprofundado no inconsciente. O objeto de estudo é a psicopatologia (Comportamento anormal) e o método usado é a observação clínica. Já nas outras escolas estavam voltadas para experimentos controlados de laboratório através do método introspectivo, daí o motivo de contestação de Wundt e Tithener, pois para eles a inconsciência não era passiva para introspecção, por esse motivo não seria possível reduzi-las em elementos sensoriais. Isso serviu também de contestação para os funcionalistas (James) para os Behavioristas (Watson) e outros.

As principais influências na abordagem psicanalítica foram: As reflexões filosóficas sobre a inconsciência, as idéias sobre a psicopatologia e a teoria da evolução.

No século XVIII foi desenvolvida uma teoria chamada de monadologia, que estava voltada para as entidades psíquicas não estendidas, sendo chamadas de mônadas, compatível as percepções, essa teoria foi desenvolvida por Gottfried Wilhelm Leibnitz. Para Leibnitz além das mônades conterem propriedades de matéria física, as suas atividades apresentavam diferentes graus de consciência, podendo ser consciente ou inconsciente, dividindo assim em grau de consciência inferior chamadas de percepções minúsculas e apercepção como a realização de modo consciente dessas percepções.

Já no século XIX o filósofo Johann Friedrich Herbart, fez surgir o conceito de limiar de consciência que surgiu a partir da idéia sobre o inconsciente de Leibnitz. Para Herbart a idéia apercebida é aquela que surge no nível consciente do conhecimento e as idéias comparadas ás percepções minúsculas de Leibnitz estaria abaixo do limiar de consciência se tornando o inconsciente. Fechner também contribuiu muito para a psicanálise, ele comparou a mente com o iceberg, ou seja, assim como o iceberg a maior parte da mente fica debaixo da superfície (noção de limiar) onde não pode ser observado, esse estudo foi muito importante para Freud. Podemos observar que não foi apenas Freud que apresentava as idéias da mente, mas de forma científica ele se considerava o descobridor da consciência.

Como sabemos que para toda teoria ou pensamento sobreviver é necessário uma oposição, é preciso mostrar quais foram às contestações sobre a doença mental e os seus possíveis tratamentos. Em 2000 a. C. os babilônios acreditavam que a causa da doença mental era por posses demoníacas e o tratamento seria através de magia e orações. Para os Hebraicos a doença era conseqüência dos pecados e buscavam o mesmo tratamento dos babilônios. Já Sócrates, Platão e Aristóteles já demonstravam um pensamento totalmente contrário do acima citado, em que a doença mental, seria processos de pensamentos desordenados e a cura seria a força das palavras. No século XVIII pessoas portadoras de doença mental passavam a ficar presas em instituições chamadas de ʺcemitérios para os mortos-vivos " onde não recebiam tratamento e viviam em situações degradantes, acorrentados ás camas com braços e pernas presas com barras de ferro. Sua doença era atribuída á comportamentos não racionais. Já no final do século XVIII já se visava um tratamento mais humano, exigido por Juan Luis Vives, um estudioso espanhol. Após o primeiro passo dado por Vives, um médico francês chamado Philippe Pinel passou a curar os pacientes com distúrbios mentais a partir do tratamento por meio de métodos da ciência natural, considerando essa doença como um fenômeno natural, onde o homem pode ser comparado á uma máquina que quando quebra(fica doente) pode ser consertada (tratada). Os resultados de Pinel influenciou outros países como os Estados Unidos (EUA)que teve como destaque Dorothea Dix reformadora religiosa que sofria de depressão e que influenciada pelo tratamento de Pinel , reivindicava tratamentos humanista para pessoas insanos, por todo o país.

Benjamin Rush foi o primeiro psiquiatra a implantar uma clínica nos EUA, e fundar o primeiro hospital exclusivo para tratamento de pessoas com distúrbios emocionais, além disso trabalhava com tratamento de choques , e técnicas de sedação(inventada por ele) , e creditava a esse distúrbio mental como uma doença.

Os psiquiatras do século XIX dividiram-se em duas visões diferentes, que explicavam o comportamento anormal, sendo elas: somática(causas físicas com lesão cerebral, falta de estimulo nervoso ou tensão dos nervos) e psíquica ( causas psicológicas e emocionais). Foi aí que a psicanálise se desenvolveu, pois houve uma revolta contra a visão somática que predominava naquele período devido a Imamanuel Kant, pois para alguns cientistas os fatores emocionais era a principal causa da doença mental.

O Movimento

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