Psicodiagnóstico tradicional e interventivo: Confronto de paradigmas
Por: Jéssica Antunes • 19/8/2018 • Resenha • 764 Palavras (4 Páginas) • 452 Visualizações
REFERÊNCIA: BARBIERI, Valéria. Psicodiagnóstico tradicional e interventivo: confronto de paradigmas?. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2010, vol.26, n.3, pp.505-513. ISSN 0102-3772. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000300013 | Texto 2 |
O principal tema abordado nesse artigo é a importância da atividade diagnóstica em que a partir dela se obtém o status científico juntamente com a identidade do profissional de Psicologia. Também objetivou examinar as diferenças e semelhanças entre o Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo em termos de seus fundamentos epistemológicos e metodológicos.
Inicialmente a autora nos mostra a posição diagnóstica e cita inclusive algo a se destacar, tratando-se da questão de embora o Psicodiagnóstico Tradicional não visasse efeito terapêutico, pode-se observar que em alguns momentos involuntariamente surtia efeito terapêutico.
Prosseguindo Barbieri nos trás a definição de Paradigma, como sendo: (Pacheco Filho, 2000a) “um conjunto de modelos de investigação que inclui lei, teoria, aplicação e instrumentos de pesquisa. (apud BARBIERI, 2010, p. 506).
Em seguida observamos as diferenças pontuadas das metodologias Quantitativas e Qualitativas, conforme Barbieri (2010):
“(...) Davila (1995) descreve a pesquisa quantitativa como sistematizada por uma série de passos sucessivos e organizados, cada um responsável pelo seguinte. Das hipóteses às conclusões haveria um conjunto de normas a seguir (método), com o início de uma investigação sendo o momento em que tudo se define. Essa rotinização de procedimentos causa a impressão de autonomia do processo, com o método adquirindo supremacia sobre o problema investigado, que deve ser moldado, contraído e distendido em sua função.
Já no enfoque qualitativo, o início da investigação não é o momento decisivo, mas apenas uma tarefa entre outras, todas passíveis de reformulações. Não se subentende uma padronização de procedimentos, pois é o objetivo final (transformação da realidade e produção de conhecimento socialmente útil) que
os sobredetermina, tendo primazia sobre o método. Ele não visa o controle do fenômeno, mas sua compreensão, a busca do sentido da experiência vivida pelos participantes. Para tanto, o pesquisador examina os modos como as ações humanas e as identidades sociais estão localmente constituídas no fluxo de uma vida social e cultural (Marecek, 2003).”
No decorrer do artigo nos é apresentada as diferenças das duas práticas: Psicodiagnóstico Tradicional e Psicodignóstico Interventivo. Na primeira, Barbieri (2010) cita como:
(...) “A compreensão de Ocampo e cols. (1979/1986) sobre o Psicodiagnóstico Tradicional foi sumariada por Cunha, Freitas e Raymundo (1986), que o definiram como um processo temporalmente limitado, que emprega métodos e técnicas psicológicas para compreender os problemas, avaliar, classificar e prever o curso do caso, culminando na comunicação dos resultados. Ele teria um caráter científico porque parte de um levantamento prévio de hipóteses, a serem confirmadas ou não por passos predeterminados, e seria estabelecido tão logo as entrevistas permitissem levantá-las. Ele teria como objetivo conseguir uma descrição e compreensão profunda e completa da personalidade do paciente, visando explicar a dinâmica do caso no material recolhido, integrando-o num quadro global para, a partir daí, formular recomendações terapêuticas.”
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