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A Evolução dos Paradigmas na Educação: Do Pensamento Científico Tradicional à Complexidade Marilda Aparecida Behrens e Anadir Luiza Thomé OliarI

Por:   •  25/8/2023  •  Resenha  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  163 Visualizações

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ALUNA: Iderlany Lopes De Almeida

A Evolução dos Paradigmas na Educação: Do Pensamento Científico Tradicional à Complexidade

Marilda Aparecida Behrens e Anadir Luiza Thomé Oliari

O artigo intitulado aborda uma investigação sobre os paradigmas da ciência que caracterizam o conhecimento, e por sua vez, também trata sobre a prática docente e profissional. As autoras começam o texto fazendo uma conceituação sobre o que são os chamados paradigmas científicos, elas apontam para uma trajetória histórica do pensamento cientificista. Nesse primeiro esforço, Behrens e Oliari (2007) afirmam que o paradigma científico sempre vai se transformando ao longo do tempo e sob o ponto de vista etimológico significa “padrão” ou “modelo”. Podendo esse enunciado significar algo ou entrar em crise, que pode se desmembrar na construção de novas concepções, mas sempre acompanhando a linha historiográfica da humanidade. Sendo assim, a depender do período ao qual se refere, a ideia de paradigma é vista e interpretada sob diferentes contextos e aspectos. As autoras chamam atenção para o pensamento tradicional onde o paradigma newtoniano-cartesiano levou a fragmentação do conhecimento e a supervalorização da visão racional. Essa fragmentação se reverberou nas Ciências, e consequentemente, para a Educação, onde sua influência atingiu diretamente a sala de aula no trabalho do professor e na aprendizagem dos alunos. Desta forma, o educador ganha a ideia de possuidor absoluto do conhecimento e reduzindo o seu trabalho a um simples reprodutor de conhecimento. O que é questionável e problemático para uma Educação Emancipadora. Por este outro lado existe a defesa de uma tese desenvolvimentista industrial/tecnológica que teria sido ajuda a partir do advento do paradigma tradicional da racionalidade cientificista na escola. Mas, do outro ponto de vista, tem-se o fato que a ideia tradicional fez perder o caráter humanitário da escola, bem como os alicerces religiosos que por longos anos foram a principal fonte da idealização de valores para a sociedade. Portanto, nos últimos respiros da modernidade surgem cientistas que começam a satisfazer essa crise estabelecida e que tratam de maneira mais satisfatória a nova realidade. E por fim temos o paradigma da

complexidade. O século XX cheio de incertezas, conflitos, entre outros fatores a nível mundial, leva a necessidade de um pensamento complexo. Essa nova forma de ver a realidade, então, busca o apoio das várias áreas do conhecimento como a ecologia, a biologia, a física, as ciências sociais, entre outras. Para isso, a complexidade conta com três pressupostos. O primeiro, a própria complexidade, que busca a contextualização dos fenômenos e reconhece as causas recursivas. O segundo, a instabilidade, refere-se ao mundo como um processo contínuo e inacabado. E o terceiro, a intersubjetividade que reconhece a impossibilidade de um conhecimento objetivo do mundo. Portanto, para compreender esse novo paradigma, torna-se necessário um pensar mais abrangente, multidimensional, contextualizado e multidisciplinar. Na Educação, o resgate pleno do ser humano, numa visão paradigmática da complexidade, implica na expressão de novas formas de solidariedade e cooperação nas relações humanas. A Educação precisa recuperar o equilíbrio entre a intuição e a razão, propondo um ensino e aprendizagem que leve à produção de conhecimento autônomo, crítico e reflexivo e a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna e solidária.

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