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Psicodiagnóstico Fenomenológico Existencial: Focalizando os Aspectos Saudáveis

Por:   •  25/5/2020  •  Resenha  •  2.241 Palavras (9 Páginas)  •  757 Visualizações

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Yehia, G. Y. Psicodiagnóstico Fenomenológico Existencial: Focalizando os aspectos saudáveis In: Ancona-Lopez, S., Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo: Cortez Ed., 2013.

CAP.I

UM POUCO DA HISTÓRIA:

Sabemos que hoje saúde e doença são elementos que não podem mais ser vistos em seus meios separados. Diferentemente da Idade Média e do Renascimento, até por que a saúde em si é muito mais do que o fato de estar ou não estar doente e vice-versa. Sendo assim, a “doença mental” pode ser pensada como uma construção de outros modos de existência, diante da dificuldade de responder, de maneira “habilidosa” aos fatos o existir.

Quanto a saúde, a cura nos remetem sempre a uma aproximação da clínica e do cuidado, tarefas que dizem mais a respeito do mundo do psicólogo no âmbito saúde. Vamos conduzindo então para o bem-estar do outro, além de acolher o sofrimento como perda de sentido entre sofrer e sentir.

Na Idade Moderna, tanto o que diz respeito a atividade clínica quanto a pedagógica não foge a um predomínio de técnica. A clínica, se afasta do dito peculiar originário, que tem como referência o debruçar-se sobre o leito do “doente”, para cada vez mais passar a privilegiar procedimentos técnicos. Sendo assim, hoje em dia os clínicos são vistos, entendidos e valorizados como especialistas. O processo de triagem que antes era um meio de promoção de confiança terapêutica através de atenção e de acolhimento, foi tomado pelos encaminhamentos à devidos especialistas que, por meio de mediação de técnicas, tratarão destes pacientes.

Atualmente, percebe-se que o domínio do saber não mais funciona como um lugar seguro, é necessário que haja uma construção conjunta de sentidos para que o saber seja transmitido. Andrade e Morato, 2004 Dizem que faz-se necessário, que o psicólogo deixe de lado o lugar de especialista, portador de um saber a ser transmitido, e passe a funcionar como mediador, um “entre”, que acolhe a produção emergente nos diversos encontros.

O ser humano se revela no encontro com o outro, são experiências que fazem com que o ser humano se desenvolva, aprenda a ouvir e ser ouvido. Com isso, a uma grande importância no papel do Psicólogo, sob o ponto de vista Fenomenológico Existencial, podemos ampliar o espectro da ação humana para que se possa entender responsavelmente à pluralidade da condição pós-moderna na vida do ser e seu sofrimento.

PSICODIAGNÓSTICO:

Falando agora de uma prática psicológica conhecida de todos, já que inaugurou as possibilidades de atuação do psicólogo enquanto profissional. Sendo assim, nos referimos ao Psicodiagnóstico, cuja história vem acompanhada ao pensamento psicológico como um todo. As instituições que oferecem atendimento psicológico gratuito (clínicas escolas), são procuradas com uma frequência significativa por pais e responsáveis de crianças com algum distúrbio de comportamento, dificuldades escolares entre diversas outras percepções. Em uma parte, as crianças recebem encaminhamentos através da escola, por médicos ou por assistentes sociais. A instituição por sua vez, em geral oferecem o psicodiagnóstico para crianças que tenham por sua vez distúrbios que possam ter influencia de diversas causas, sejam intelectuais, emocionais, psicomotoras, neurológicas, fonoaudiológicas etc... sendo assim importante a investigação para saber qual área a criança deve ser propriamente atendida.

O psicodiagnóstico infantil realizado nos moldes tradicionais compõe de uma ou duas entrevistas iniciais com os pais, para que o psicólogo possa entrar em contato com a queixa inicial, com a dinâmica da família e o desenvolvimento dessa criança. Em seguida, são feitos testes e integradas as informações obtidas. Por fim, o psicólogo realiza uma ou duas entrevistas devolutivas com os pais, com intuito de oferecer suas conclusões diagnósticas e sugerir passos a serem seguidos e/ou trilhados, como: psicoterapia da criança, orientação aos pais, psicomotricidade, entre outras diversas possibilidades. Os pais que comparecem aos atendimentos indicados a partir desta maneira de desenvolver o psicodiagnóstico, quando comparecem, mostram pouca motivação para eles. Se questionados a respeito do atendimento anterior (o psicodiagnóstico), revelam desconhecimento do processo pelo qual passaram, limitando-se a repetir a queixa inicial, às vezes acrescentando a ela a indicação terapêutica. Ou seja, poucos se mantem envolvidos e interessados com os processos passados e presentes, pouco se nota evolução para com a criança devido a este desinteresse. Por outro lado, para o profissional psicólogo que realizou o psicodiagnóstico, este se constitui em uma etapa importante do processo de compreensão que permitiu-lhe fazer uma indicação terapêutica adequada à necessidades e possibilidades da criança, se baseando no entendimento do que está acontecendo com ela e sua dinâmica familiar.

Praticamente, se formos considerar o psicodiagnóstico como uma coleta de dados sobre a qual organizaremos um raciocínio clínico que orientará o processo terapêutico, este será, como diz S. Ancona-Lopez (1995), “um momento de transição, passaporte para o atendimento posterior, este sim considerado significativo (porque capaz de provocar mudanças), no qual o cliente encontrará acolhida para suas dúvidas e sofrimentos”

O PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL COM CRIANÇAS E SEUS PAIS:

No processo de psicodiagnóstico são realizados de 10 a 12 sessões, sendo trabalhadas com os pais de 6 a 7 sessões e o restante com a criança. Todos os dias o ser humano mantém contato com as pessoas, sendo família, filhos, amigos e raramente se questionam sobre o que eles significam.

As pessoas só se dão conta deste questionamento qunado passam a observar que está faltando algo, ou quando a criança não indica comportamentos desejados pelos pais, responsáveis e até mesmo pelas escolas. Deste modo, buscam o psicólogo e possíveis questões podem ser lhes feito quanto as relações pais X crianças.

O psicodiagnóstico infantil busca por explorar a queixa inicial trazidas pelos pais, pelos responsáveis, escolas etc, juntamente aos sintomas trazidos pela criança e a compreensão que eles têm da presente situação.

É preciso que o psicólogo trabalhe o significado do encaminhamento com os pais, sempre esclarecendo o que está acontecendo e cada etapa, pois mesmo sendo a criança quem precisa do atendimento, os pais também fazem parte deste processo. Os pais tem de entender e saber quais suas expectativas frente a situação apontada,

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