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Psicologia Do Desenvolvimento

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Por:   •  30/5/2014  •  1.767 Palavras (8 Páginas)  •  449 Visualizações

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Psicologia do Desenvolvimento

Por desenvolvimento entende-se o conjunto de mudanças contínuas no ser humano ao longo da sua existência.

O conceito de desenvolvimento assim uma sequência de alterações graduais que levam a uma maior complexidade no interior de um sistema ou organismo. Na evolução por que passa cada indivíduo desenham-se estádios que seguem uma ordem praticamente imutável, mas o tempo de permanência em cada um deles varia conforme o indivíduo.

A psicologia do desenvolvimento tinha uma visão negativa da infância, encarando a criança como uma espécie de selvagem quase sem humanidade, incluindo-a na mesma categoria em que mantinham os primitivos e os deficientes mentais.

Teorias do desenvolvimento

Maturacionismo: Gesell encabeça a defesa do modelo maturacionista, acreditando que o desenvolvimento se deve fundamentalmente a processos internos de maturação do organismo. Segundo o maturacionismo, as diferenças observadas ao longo do desenvolvimento ocorreriam numa sequência geneticamente determinada, devendo muito pouco às influências ambientais externas.

Mecanicismo: Os psicólogos behavioristas são adeptos de um modelo mecanicista, segundo o qual o organismo humano reage passivamente às imposições do meio externo, que determinam as suas progressivas modificações. Resumidamente, podemos dizer que psicólogos como Watson e Skinner negligenciam qualquer interferência de fatores internos associados aos organismo, acreditam que as diferenças detectadas na evolução do indivíduo se devem exclusivamente às situações do meio.

Organicismo: Os psicólogos que defendem o modelo organiscista assumem uma perspectiva interaccionista, em que consideram que o desenvolvimento é um processo dinâmico em que factores maturacionais, genéticos e da experiência externa se combinam no decorrer dos diferentes estádios por que o indivíduo passa ao longo da vida.

• Piaget e o desenvolvimento cognitivo

Jean Piaget elaborou uma teoria do desenvolvimento a partir do estudo da inteligência da criança e do adolescente. A sua teoria permitiu que se acabasse com a concepção de que a adolescência da criança era semelhante à do adulto, existindo entre elas mera diferença quantitativa.

Segundo Piaget, a inteligência precede o pensamento, desenvolvendo-se por etapas progressivas que exigem processos de adaptação ao meio. Deste modo, o desenvolvimento pressupõe a maturação do organismo, bem como a influência do meio físico e social.

Para compreendermos a teoria de Piaget, é necessário termos em conta alguns conceitos:

1. Esquema em cada etapa de desenvolvimento estão presentes esquemas mentais, que formam uma estrutura quando coordenados entre si.

2. Adaptação a inteligência é uma adaptação ao meio ambiente, feita através da assimilação e da acomodação.

3. Assimilação é o processo de integração dos dados da experiência nas estruturas do sujeito.

4. Acomodação é a modificação constante das estruturas do sujeito para se adaptar aos novos elementos provenientes do meio. Entre a assimilação e a acomodação desenrola-se a coordenação que permite que ocorra o desenvolvimento intelectual progressivo.

5. Organização o pensamento atua de forma organizada e de acordo com o meio, isto é, a adaptação ao meio conduz à organização do pensamento e o pensamento organizado estrutura melhor os objetos do meio.

6. Estádios são fases ou etapas qualitativamente diferentes por que passa o desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento intelectual faz-se por etapas sucessivas em que as estruturas intelectuais se desenvolvem progressivamente. Cada novo estádio representa uma forma de equilíbrio cada vez maior, que permite uma adaptação mais adequada às circunstâncias.

Em todos os estádios existe uma interação entre o sujeito e o mundo, feita através da assimilação e da acomodação. Estes dois mecanismos possibilitam a construção das novas estruturas ou esquemas. Inicialmente são esquemas de ação que quando interiorizados se transformam em esquemas operatórios.

O desenvolvimento pode explicar-se através de diferentes fatores, como a hereditariedade, a maturação interna, que não atua sozinha e por isso é um fator insignificante. O segundo fator é a experiência física, a ação dos objetos. A lógica da criança em especial, advém das ações exercidas sobre os objetos. O terceiro fator prende-se com a educação, que no entanto, por si só é insuficiente, sendo necessária a assimilação por parte da criança. O quarto fator é a equilibração, ou seja, o equilíbrio entre os três fatores anteriores.

O desenvolvimento da inteligência faz-se pelo intercâmbio constante entre a criança e o meio. Piaget distingue quatro estádios de desenvolvimento.

Período Sensório-Motor – (do nascimento aos 2 anos).

A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).

Período Simbólico – (dos 2 anos aos 4 anos).

Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança

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