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Psicologia Pessoal Intrapsíquica

Por:   •  4/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  834 Palavras (4 Páginas)  •  123 Visualizações

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Sempre fui do tipo de garota que não olha pra trás. Que abandona o passado e não fala dele com ninguém. Sempre pronta pra coisa nova, nunca satisfeita com o que tem. Não gostava de trabalhar, nunca gostei de sofrer. Só sabia pedir, e não gostava de admitir isso. Achava que eu podia tudo, inclusive sonhar acordada. Gostava de estar por cima, e realmente acreditava nisso. Eu não me olhava no espelho, eu não tinha uma visão geral sobre a vida. Eu guardava esperança dentro de mim. Transava com quem eu gostava, esperando ser amada. E cometi esse erro várias vezes. Até o dia em que me encontrei no lugar errado e na hora errada. E lá estava o antídoto perfeito pra acabar com a dignidade de uma vítima como eu. O nome dele era Jorge. Foi o pior. Se eu já tava acostumada a me ferrar, com ele não tinha descanso. Sem piedade. Ele dizia que me amava, me usava e me abadonava. Sem mais detalhes, depois que tudo acabou. Aquela garota que nunca olhava pra trás tinha morrido. Eu parecia uma idiota  que não tinha auto estima algum, idolatrando um homem que me desprezava. Depois de um ano, passei dois meses inteiros digerindo o que aconteceu. Não conseguia esquecer ele, não conseguia mais ficar com ninguém. NÃO, eu não estava por cima, na verdade percebi que eu nunca estive por cima em nenhuma vez se quer. Amar? Não gosto de dizer que amei, aquilo não era amor. Já tinha ouvido falar que é impossível amar alguém se não se amar primeiro. Eu não me amava, nunca me amei, e depois de tanto tempo só existindo, percebi da forma mais idiota que eu precisava de amor próprio. Mas esse não era o meu único problema. Parei tudo que tava acontecendo na minha vida, e analisei. Ouvi algumas vezes as pessoas me pedindo para ter humildade. E comecei a pensar em como as coisas são construídas na vida. Tudo na vida são como plantas. A gente planta e elas crescem e viram árvores. Mas isso não acontece da noite pro dia, isso demanda tempo, as vezes demora. E a minha ânsia de querer tudo pra ontem, me deixou alguns machucados na perna, quase fiquei sem andar. Mas eu sou mais forte que isso. Nessas horas difíceis você começa a se perguntar o sentido da vida. Porque eu estou aqui? Qual o propósito disso? O que eu quero pra mim? O que EU QUERO?

Acho que essa pergunta é central. O que você quer? Porque viver tanto tempo se você não tem o que quer. Eu tenho sonhos como todo mundo. [pic 1]

Mas os meus sonhos custam caro. Eu não sou a menina da foto, tampouco o homem que me ama é lindo assim. Meu sonho tem o preço de um carro. E é claro, a foto é meramente ilustrativa. O meu sonho, demanda trabalho, talvez alguns anos de um salário de 2000. Mas pra isso é necessário passar em um concurso. Terminar a minha faculdade que foi prejudicada por anos de irresponsabilidade e perda de tempo. Era isso que eu queria, sempre foi. Amei um homem como o homem da foto, mas ele não me amou. Ao invés disso outros em amaram, mas o que o Jorge fez comigo, eu fiz com eles também. Sem piedade? Exatamente. Meio tarde pra ser hipócrita, não tive piedade deles também. Com 22 anos, posso resumir minha vida de jovem adulta dessa forma: Transava com vários caras, se apaixonava, quebrava a cara, se revoltava, usava outros caras de quem não gostava como parte da minha revolta, encontrava um que gostava, transava com ele, e era desprezada de novo. Foi um ciclo vicioso, mas que com o tempo foi piorando. Até que me olhei no espelho, e comecei a me comparar com TODAS as outras meninas, elas eram lindas, todas tinham alguma coisa que eu não tinha, talvez se eu fosse que nem elas, conseguiria o homem que eu quisesse. Me vi sem saída. EU TINHA QUE SER A MENINA DA FOTO, Eu iria ser e eu serei. Caso o contrário quem ia me amar? ‘’Só mulheres assim se casam’’ Foi ai que a ideia de começar a fazer programa surgiu. Dinheiro rápido e ‘’fácil’’. Mas nojento e assustador. E se todo mundo descobrir? E os meus pais? Como eu vou estar daqui a 5 anos? Na vida TUDO TEM UM PREÇO.

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