Psicologia e a Fisioterapia
Pesquisas Acadêmicas: Psicologia e a Fisioterapia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: DriCarvalho3 • 20/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.000 Palavras (8 Páginas) • 521 Visualizações
Psicologia e a Fisioterapia
Estar tecnicamente preparado não é o suficiente para que o profissional se relacione bem com o seu paciente. A técnica é importante, fundamental para que os resultados sejam positivos, mas toda a técnica será insuficiente se o relacionamento entre o fisioterapeuta e o seu cliente não for adequada. Considerando que o trabalho do fisioterapeuta exige o uso das mãos, o tocar o outro, podemos afirmar que apesar da ética e dos cuidados que o profissional usa para este tipo de procedimento, o tocar pode desencadear reações negativas ou positivas no cliente, pois nem todas as pessoas recebem e sentem da mesma forma a proximidade física do outro. É importante lembrar que a pessoa só chega até o profissional por que algo não está bem com ela e a fez procurar pelo profissional ou ser encaminhada até ele.
É necessário ao profissional conhecer a realidade sócioeconômica e cultural da pessoa, pois estes aspectos podem ser pontos de apoio e sustentação importantes no enfrentamento da doença. Conhecer seus valores, o papel, ou lugar que ela ocupa na família, suas crenças, enfim, todas as informações sobre a pessoa ajudarão o profissional na sua avaliação sobre os possíveis recursos que a pessoa dispõe [ou não] para enfrentar o momento do adoecimento.
Com certeza para todo esse conhecimento e também para o trabalho a ser realizado, o diálogo entre o profissional e a pessoa doente será fundamental, pois ajudará a amenizar a situação estimulando a confiança da pessoa no profissional, bem como a autoconfiança.
Assim, não é possível estabelecer o sucesso do tratamento, sem antes conhecer a pessoa, o diagnóstico as causas que levaram o indivíduo para o tratamento [curativo ou paliativo]. É importante também conhecer as expectativas da pessoa que receberá o tratamento, seu estado emocional diante da doença, seu grau de ansiedade e avaliar que tipo de relação o paciente tem consigo mesmo e com os outros.
É necessário que se estabeleça uma relação de confiança e ajuda mútua entre o fisioterapeuta e o paciente, para que o ideal do tratamento seja conseguido e para que a pessoa se sinta cuidada.
Personalidade
Personalidade é uma palavra de origem latina, cujo significado é persona, e que está na raiz de ressoar; portanto, persona significa “soar através de”.
O estudo da personalidade se dá através de diferentes concepções de pesquisadores e estudiosos que se debruçaram na investigação da personalidade.
Friedman e Schustack (2007) comentam que a psicologia da personalidade, realiza seus estudos científicos sobre as forças psicológicas que tornam as pessoas únicas.
Abaixo as principais teorias da personalidade e seus representantes, conforme descrito por Morris e Maisto (2004, p.343):
• Teoria psicodinâmica – consideram que as origens da personalidade estão nas motivações e nos conflitos inconscientes, frequentemente, sexuais (Morris e Maisto, 2004, p.343). Seu principal representante foi Freud (1856-1939) que afirmava que o desenvolvimento da personalidade tem sua base principal na satisfação dos instintos sexuais, que ele denominou como libido. Alguns representantes desta teoria são: Carl Jung (1875-1961), Alfred Adler (1870-1937), Karen Horney (1885-1952); Erik Erickson (1902-1994).
• Teoria humanista – Seus autores concentram-se nas motivações positivas para o crescimento e na realização do potencial na formação da personalidade (Morris e Maisto, 2004, p.343). Carl Rogers (1902-1987) defendia que todo ser humano desenvolve sua personalidade, a serviço de objetivos positivos.
• Teoria de traços – categorizam as personalidades e afirmam que as pessoas diferem de acordo com o grau que têm de determinado traço de personalidade. Gordon Allport (1897-1967) afirmava que esses traços são codificados no sistema nervoso central como estruturas que guiam o comportamento.
• Teoria da aprendizagem -cognitivo-social – encontram as raízes da personalidade nos modos como as pessoas pensam o ambiente, agem sobre ele e reagem a ele, ou seja, todo comportamento está baseado na interação do sujeito a partir da sua cognição (como ele pensa uma situação), as experiência passadas e de aprendizagem e do ambiente imediato. Para Albert Bandura as pessoas avaliam uma determinada situação a partir de expectativas internas e são essas expectativas que influenciam o comportamento.
A importância dos vínculos afetivos na formação da personalidade
De acordo com estudiosos, para que haja um vínculo positivo da pessoa com o mundo, é necessário que suas primeiras relações com o meio tenham sido desenvolvidas em uma base segura, que fará com que a criança sinta que mundo é um lugar confiável. Nesse sentido, é fundamental o estudo da teoria do apego que tem seu campo de pesquisa nessas relações.
Pioneiro no trabalho sobre a influência do apego na formação da personalidade, John Bowlby (1907-1990) médico inglês considerava que todo o comportamento de vínculo tem valor de sobrevivência para todas as espécies, não apenas para o ser humano.
Sobre o apego, Sadock e Sadock (2007) explicam:
O apego se desenvolve gradualmente, resultando no desejo do bebê de estar com uma pessoa preferida, que é percebida com mais forte, mais sábia e capaz de reduzir a ansiedade ou a perturbação. Assim, essa condição proporciona sentimentos e segurança. O processo é facilitado pela interação entre a mãe e o bebê. A quantidade de tempo que passam juntos é menos importante do que a quantidade de atividade entre os dois. (Sadock e Sadock, 2007, p.164).
A respeito do vínculo, os autores escrevem:
O termo vínculo às vezes é usado como sinônimo de apego, mas os dois são fenômenos diferentes. O vínculo diz respeito aos sentimentos da mãe para com seu bebê. As mães, em grande parte, não precisam de seus bebês como fonte de segurança, como no caso do comportamento de apego. Muitas pesquisas revelam que o vínculo ocorre quando há contato de pele entre os dois ou quando outros tipos de contato são feitos, como pela voz ou pelo olhar. Alguns pesquisadores concluíram que a
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