Psicologica Organizacional

Psicologia Organizacional

A atuação da Psicologia nas organizações progrediu a partir do começo do século XIX, onde era denominada de Psicologia industrial, sendo definida como “uma área de aplicação da psicologia que tinha o objetivo de estudar o comportamento humano em seus contextos da vida relacionados com a produção, distribuição e uso dos bens e serviços de nossa civilização” (CAMPOS et al., 2011).

No final da década 90, Goulart e Sampaio (1998, p.13) conceituam a Psicologia organizacional como sendo “campo de aplicação dos conhecimentos oriundos da ciência psicológica às questões relacionadas ao trabalho humano, com vistas a promover a saúde do trabalhador e sua satisfação em relação ao trabalho”.

A Psicologia do trabalho é uma disciplina teórica e prática que visa descrever, compreender e explicar o comportamento do homem e dos grupos em seu ambiente de trabalho, através do uso de metodologias e conceitos vindos da psicologia. Tem intuito ainda, de proporcionar ao trabalhador maior satisfação no desempenho de suas funções, sem deixar de lado os benefícios e lucros que a empresa tem como objetivos (CAMPOS et al., 2011).

Fica evidente a importância que a atuação da Psicologia organizacional tem dentro das organizações, ao buscar compreender o comportamento humano dentro destas. Pois pode oferecer ao trabalhador maior satisfação e melhores condições de trabalho e para empresa ter trabalhadores satisfeitos, significa aumento de produtividade e lucro.

“A prática da Psicologia no mundo do trabalho foi se modificando, e embora não pareça haver consenso entre os autores sobre as terminologias utilizadas, percebe-se uma ampliação do seu espectro de atuação ao longo do tempo” (CAMPOS et al, 2011).

Nota-se um desenvolvimento técnico-discursivo da Psicologia Organizacional, a partir da década de 70, expandindo assim sua área no mundo do trabalho, voltada ao recrutamento, seleção e orientação profissional soma-se investimentos em treinamento, avaliação, desenvolvimento e gestão de pessoal, organização do trabalho, ergonomia, comunicação e informação, etc. (CARVALHO, SANTOS, 2003, p. 6-7).

O psicólogo organizacional pode se expandir por várias áreas dentro das organizações, podendo essa área ser dividida em seis ramificações (ZANELLI, BORGES-ANDRADE, BASTOS, 2009, p. 27), são elas:

1. Psicologia de pessoal: onde é feita a seleção, avaliação de desempenho e o treinamento do pessoal. É a mais tradicional.

2. Comportamento organizacional: ramo no qual se estuda a como são formados os grupos e o seu funcionamento, comprometimento com a organização, seus modos de liderança, os modelos de comunicação, entre outros.

3. Ergonomia: visa compreender a associação entre o desempenho do homem em seu trabalho e as relações determinadas pelos sistemas homem-máquina.

4. Aconselhamento de carreira e vocacional: usado no intuito de orientar a pessoa a selecionar as funções mais compatíveis com suas habilidades, visando à satisfação do trabalhador.

5. Desenvolvimento Organizacional: através dos problemas encontrados e o planejamento de mudanças nas organizações, busca-se sua eficiência.

6. Relações industriais: são as questões problemáticas das relações entre funcionários e empregadores.

São muitos os setores onde a psicologia atua dentro das organizações, a mesma está presente desde a entrada até a saída do funcionário da empresa, confirmando assim o quanto a mesma é fundamental nas relações entre a empresa e o funcionário.

A Psicologia, em sua prática é em grande parte reconhecida nas suas atividades clínicas, sendo no Brasil, o maior campo de atuação dos profissionais psicólogos (54,9%) e de reconhecimento da sociedade. No entanto, em segundo lugar, em pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (1988) estão à psicologia organizacional e a psicologia