Psicomotricidade
Resenha: Psicomotricidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deborrp • 16/2/2015 • Resenha • 4.162 Palavras (17 Páginas) • 322 Visualizações
As habilidades motoras estão relacionadas a experiências vividas pelo indivíduo, sendo melhorada pela prática através dos movimentos motores complexos, que, com os treinamentos diários, melhoram o desempenho esportivo.
O processo de desenvolvimento motor revela-se basicamente por alterações no comportamento motor. É possível perceber diferenças desenvolvimentistas neste comportamento em função de diversos fatores: do próprio indivíduo, do ambiente e da tarefa em si (GALLAHUE e OZMUM, 2001).
A iniciação esportiva é o período em que a criança começa a aprender de forma específica, planejada e sistematizada a prática esportiva de um ou vários esportes.
A iniciação esportiva deve seguir o desenvolvimento motor da criança, além de proporcionar as várias experimentações dos mais variados tipos de movimentos de esportes, sendo os profissionais de educação física os mais indicados para auxiliar os jovens na iniciação esportiva, sem prejudicar o desenvolvimento dos movimentos motores com a especialização precoce nos esportes.
Os educadores físicos devem seguir as atitudes motoras que acompanham a idade cronológica da criança, segundo Gallahue e Ozmun (2005) estas fases apresentam idades aproximadas para ocorrer, sendo denominadas como fase motora reflexiva, fase de movimentos rudimentares, fase de movimentos fundamentais e fase de movimentos especializados (a partir dos 7 anos de idade), é a partir desta idade que é mais indicada a iniciação esportiva.
Para Romero (1988), a lateralidade é o predomínio de um lado do corpo sobre o outro, sendo utilizada com maior regularidade para referir-se a predominância de uma mão sobre a outra, por ser mais frequente.
De acordo com Negrine (1986), o aspecto fundamental no desenvolvimento da lateralidade é que a criança não seja forçada a adotar esta ou aquela postura, mas que se criem situações em que ela possa expressar espontaneidade e, a partir da experiência vivenciada com o próprio corpo, definir seu lado dominante sem pressões de qualquer ordem do meio exterior.
Atualmente, as crianças ingressam em práticas esportivas muito cedo e, muitas vezes, ainda não possuem um desenvolvimento motor adequado para o nível de movimentos que a iniciação esportiva exige. Sendo assim, é fundamental ao educador físico o conhecimento das relações entre desenvolvimento motor e iniciação esportiva. Por isso, nesta pesquisa objetivamos relacionar desenvolvimento motor, lateralidade e iniciação esportiva a fim de observar como esses elementos se inter-relacionam no processo de desenvolvimento infantil.
Este estudo se fundamenta no seguinte questionamento: Existe relação entre desenvolvimento motor, lateralidade e iniciação esportiva?
Como forma de responder a essa questão, utilizamos neste trabalho como procedimento metodológico a revisão bibliográfica. Esse tipo de estudo, que tem como foco a análise crítica das publicações correntes sobre uma temática específica, objetiva reunir conhecimentos de forma a promover um melhor entendimento do tema em análise. Como ressalta Weatherall (1990, p.20) “o trabalho de pesquisa não é de natureza mecânica, mas requer imaginação criadora e iniciativa individual”.
A consulta e leitura das fontes foram feitas através de técnicas de armazenamento, a exemplo, o fichamento. Essa técnica de leitura constitui os arquivos específicos para auxiliar na pesquisa sobre o assunto do projeto. As fichas de palavras-chave são de citação/transcrição, em que se extraem trechos citados ou transcritos na fonte documental, colocando a página. Um outro tipo de fichamento realizado foram as fichas-resumo, nas quais se resumiu o conteúdo da fonte documental pesquisada.
Como pontua Rudio (1986), estas etapas são importantes e características de um ávido pesquisador em busca de conhecimento, para isso o pesquisador deve ser um bom leitor. Por essa qualidade entende-se aquele sabe o que deve ler e primeiro plano (documentos gerais ou trabalhos específicos).
2. Desenvolvimento motor
Miranda (2004) relata que desde o nascimento o ser humano entra em contato com o mundo através do movimento de seu corpo e, portanto, na sua origem este movimento expressa necessidades fisiológicas: o instinto de sobrevivência (respiração, fluxo sanguíneo, batimentos cardíacos, sucção na amamentação), contrariedades e desconforto (choro), alegria (risos), entre tantas outras manifestações que ocorrem através de movimentos.
Estas são ações muito ligadas somente a questões sensoriais motoras. O que se desenvolve na concepção da experiência corporal é a relação do movimento com o mundo, tornando-o um movimento consciente e localizado socioculturalmente.
O ser humano progride através do processo que ocorre a partir da fase motora reflexa para as fases de movimentos rudimentares e fundamentais e, finalmente, para a fase de movimentos especializados, em que este processo é influenciado pelas necessidades da tarefa, da biologia do indivíduo e das condições do ambiente. Como afirma Tani (2005, p. 63), “a visão maturacional enfatizava a necessidade de se conhecer a sequência em que surgiam as mudanças no comportamento e, somente a partir da ocorrência de tais mudanças, poderiam ser ensinadas tarefas específicas”.
Na atualidade, para Bee (2000, p. 147), o desenvolvimento motor inclui:
“As habilidades de movimento, chamadas habilidades motoras amplas, como engatinhar, caminhar, correr, e andar de bicicleta; e as habilidades de manipulação, chamadas habilidades motoras finas, como agarrar ou apanhar objetos, segurar um lápis ou usar uma agulha.”
Ainda de acordo com Bee (2000), essas habilidades motoras amplas e finas vão sempre estar de alguma forma por toda a vida do ser humano.
Gallahue e Ozmun (2005) conceituam o desenvolvimento motor que se refere ao movimento e controle das partes do corpo, isto é, tratam da contínua alteração no comportamento motor ao longo do ciclo da vida, proporcionada pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente.
Para Campos (2004), os movimentos reflexos são movimentos involuntários, que formam a base para as fases do desenvolvimento motor. A partir da atividade de reflexos, o bebê obtém informações sobre o ambiente, sendo que esses movimentos involuntários desempenham importante papel para a sobrevivência
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