Psicopatologia
Por: Tania1968 • 9/6/2015 • Trabalho acadêmico • 4.655 Palavras (19 Páginas) • 262 Visualizações
UNIVERSIDADE FEEVALE
DIÉSICA FERNANDA CARVALHO
TÂNIA MARIA ASMUZ PEREIRA
Psicopatologia fundamental para a criminologia e Psicanálise
NOVO HAMBURGO
2014
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. Psicopatologia fundamental para a criminologia e Psicanálise
2.1 A Psicanálise é conceitual dentro deste estudo.
2.2 Psicopatia no âmbito Jurídico
2.3 As consequências jurídicas da psicopatia
3. DISCUSSÃO
Conclusão
Referências
INTRODUÇÃO
A Psicologia hoje, mais especificamente, a Psicologia Jurídica enquanto ciência autônoma, produz um amplo conhecimento, interagindo diretamente com o conhecimento produzido pelo Direito, não só no direito de família, etc, quanto na criminologia e na psicologia criminal.
A psicologia criminal surge para unir o direito e a psicologia, contribuindo assim para desvendar o aspecto mais intimo (subjetivo) do criminoso, e assim tentar encontrar o que o levou a ter um comportamento desviante, em quais momentos ele pode se manifestar, quais os efeitos que o delito tem sobre a sociedade e num momento posterior buscar medidas de prevenção para que o delito não se repita e que consequentemente as leis possam ser aplicadas para punir, corrigir e etc.
Isso nos mostra como o ordenamento jurídico é um sistema aberto às demais áreas da ciência, oportunizando suprir a sua incompletude, e de uma forma mais clara, nos mostra o estudo da psicologia caminhando paralelamente ao direito.
O psicólogo jurídico atua fazendo avaliações psicológicas, perícias, orientações, acompanhamentos, contribui para políticas preventivas, estuda os efeitos do jurídico sobre a subjetividade do indivíduo, entre outras formas de atuação.
No direito de família torna-se imprescindível à atuação do psicólogo. As questões familiares são muito amplas e complexas. Mas e nos casos que requerem atenção especial, como o das pessoas com transtorno mental, autoras de delitos e consideradas inimputáveis perante o judiciário?
E para definirmos melhor a atuação do profissional da psicologia em um dos vários seguimentos a que ela se propõe, abordaremos um assunto bastante polêmico e muito importante que é a psicopatia, adentrando primeiramente para uma melhor compreensão, na psicopatologia.
Psicopatologia fundamental para a criminologia e Psicanálise
Quando Freud se “decepciona” com os homens (civilização), após a guerra de 1915, por achá-los poucos “desenvolvidos” por lutarem uns com os outros, fica demonstrado que mesmo os mais brilhantes e sábios humanos regridem a tal ponto de perderem a noção do que o próprio conhecimento humano lhes traria – a possibilidade de um upgrade do ponto de vista psicológico (de insights), para assim se tornaram pessoas “melhores”.
Os conflitos, as guerras, as mudanças, segundo Freud leva o homem a um estado primitivo que na verdade nunca deixará de existir em nós; a “estrutura da maldade” tanto social como individual está presente no ser humano, porém até onde o que está adormecido se manifestará em forma, por exemplo, de violência?
Á partir daí se traça um paralelo entre a Criminologia e a Psicopatologia Fundamental, a primeira busca tentar desvendar o perfil psicológico do criminoso (em seus aspectos emocionais, mentais e de caráter), á partir de rastros deixados nas cenas do crime. O que é deixado na cena do crime acaba de certa forma desvendando um reflexo da personalidade do individuo, o que ele fantasia, o que o levou a cometer tal ato em determinado momento, se existem semelhanças entre as vítimas escolhidas entre os vários delitos cometidos, como o criminoso matou a vítima, de que forma ele arrumou e organizou a cena do crime e etc.
Na Psicopatologia Fundamental, fala-se na realização dos destinos pulsionais (“uma força constante da qual não se pode fugir”), como cita Freud, sobretudo o amor e o ódio, como obter prazer e evitar o sofrimento. Porque tal violência não pode ser contida e o que diferencia um ser humano do outro no que diz respeito a este aspecto?
A Psicanálise é conceitual dentro deste estudo.
Ela procura através do estudo da psicanálise, buscar o que o sofrimento pode trazer de experiência para o ser humano, o que a paixão trás como conhecimento ao ser humano, além do sofrimento propriamente dito.
Quando unimos a compreensão do aparelho psíquico e a psicopatologia verificamos o ser humano se defendendo de todos os ataques que podem fazê-lo adoecer psiquicamente, sejam eles de origem interna (pulsional, passional) e de origem externa (mudanças, perdas) . Mas é esse aparelho que o mantém apto a sobreviver a todas as “violências” da vida; sendo a possibilidade de resgate a integridade psíquica.
Então concluímos que o criminoso em questão deve ser entendido dentro de seu âmbito particular, dentro de suas peculiaridades psíquicas que diferem de um ser humano para outro, o autor até se pergunta dentro deste raciocínio porque alguns criminosos que sofreram abusos sexuais na infância se tornam criminosos e outros não e todos estes aspectos devem obviamente estar inseridos em seus contextos sócio culturais.( de que forma a cultura com seus valores éticos e morais criam comportamentos desviantes ou não ).
Dentro do que foi abordado pelo autor, devemos refletir sobre as dinâmicas pulsionais de cada ser humano, sem tentar levantar rótulos e manuais de identificação de delinquentes....a abordagem deve ser ampla e digna daquele que também tem um aparelho psíquico funcionante e cheio de incógnitas.
Psicopatia no âmbito Jurídico
Com o aumento de crimes bárbaros e cruéis, a primeira imagem que nos vem é a de um criminoso altamente perigoso, portador de alguma doença mental, e que uma vez em liberdade, estará sempre prestes a delinquir. Chamamos esses criminosos de psicopatas e em muitas vezes nem sabemos ao certo o que é psicopatia.
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