REESENHA: Psicologia no Ensino Médio: desafios e perspectivas.

RESEHA: Psicologia no Ensino Médio: desafios e perspectivas.

O artigo tem como objetivo discutir o ensino de psicologia no ensino médio, ressaltando alguns desafios. Mostrando que a psicologia enquanto ciência e profissão, pode contribuir na formação dos jovens, como cidadãos críticos e participantes.

A ABEP ( Associação Brasileira de Ensino da Psicologia ), o Sindicato dos Psicologos e o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Psicologia, acrescentaram a ideia de inserção da disciplina de psicologia nas escolas brasileiras do ensino médio.

O assunto veio com muita força nos anos 80, onde houve um movimento para a volta das disciplinas da área das Ciencias Humanas- Psicologia, Filosofia e Sociologia. Um dos pontos era a luta pela democratização da educação e pelo retorno da disciplina de Psicologia. Foi criada a Comissão de Ensino que tinha como objetivo cuidas das questões relacionada á disciplina de Psicologia, e uma das suas primeiras iniciativas foi convocar os psicólogos interessados no ensino da Psicologia no 2º grau para uma reunião no Sindicato, mas não houve muito sucesso onde não apareceu mais de 10 profissionais.

Uma aproximação com a CENP graças a uma psicóloga que atuava na Comissão de Ensino, possibilitou uma grande ajuda no trabalho que vinha sendo desenvolvido. E assim como primeira tarefa, a comissão foi avaliar o ensino de Psicologia que então existia nas escolas do segundo grau, notaram então que somente metades dos professores que atuavam na disciplina tinha formação de psicólogos. E com isso foi planejado e desenvolvido um curso para psicólogos com o nome de “ Psicólogos – Docente no Ensino do 2º grau “, onde teve a participação de mais ou menos 250 psicólogos.

Com o final do curso foi proposto um programa de ensino para a disciplina de Psicologia, onde foi optado por uma organização com temas, onde seriam abordados assuntos, que tivesse uma relação com o a vida dos jovens, e permitisse uma analise teórica utilizando a contribuição das varias correntes psicológicas. Definiram 11 temas que foram: Caracterização da Psicologia ( tema introdutório), Concepções de adolescência, Neutralidade cientifica, Comportamentos herdados x aprendidos, Conceitos de normal e anormal em Psicologia, Motivação humana, Alienação, Comunicação, Emoção e afetividade, Agressividade e Trabalho e Profissão. Esses temas não foram feitos com a ideia de tornar um trabalho fechado, mas sim como uma ajuda para se trabalhar a cidadania com os jovens que sem duvida foi proposto no programa.

Nos anos 90, houve um regresso no processo de discussão sobre as disciplinas da área das Ciências Humanas no ensino do 2º grau, idéia do programa proposto pela Comissão não foi levada adiante.

A nova lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional- LDBEN de 1996, não se manifestou com relação as disciplinas da área das ciências humanas. Houve um afastamentos do Sindicato dos Psicólogos e do Conselho Regional de Psicologia em relação a disciplina de Psicologia no ensino médio por razões que precisam ser melhor analisadas.

Para a disciplina de Psicologia se firmasse na época era preciso um trabalho organizado e coletivo dos professores da disciplina, onde haveria uma troca de experiências, a avaliação da proposta, etc. Como nem o CENP e nem as entidades de representação fizeram isso, entende-se que os professores foram se afastando e ficando sem ajuda e ideias sobre suas praticas pedagógicas.

Pode se ver que a ação dos psicólogos na educação nessa época sofreu um regresso geral, e no mesmo período estendeu-se o mercado na área da Saúde, onde os psicólogos passaram a atuar.

(Leite,2007) Os psicólogos, não conseguiram atender as demandas educacionais, pois o modelo que usam na clinica psicológica, na educação não contribui para a educação.

A questão da disciplina de Psicologia deixou de ser assumida, a partir do final dos anos 80 e durante os anos 90, por falta de uma opção que optasse pelo fortalecimento das disciplinas de Ciencias Humanas no ensino Médio.

Atualmente o problema central que se coloca é o mesmo que nos anos 80. Nos tempos de hoje onde vivemos em uma sociedade onde apresenta efeitos da economia globalizada, onde só foi possível graças a um controle ideológico ( controle de consciências) em especial a televisão.