RESENHA CRÍTICA INFORMATIVA
Por: Ru1bens2 • 31/10/2017 • Resenha • 965 Palavras (4 Páginas) • 1.603 Visualizações
RESENHA CRÍTICA INFORMATIVA
INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade – A Vontade de Saber. Tradução de Maria T. C. Albuquerque e J.A. G. Albuquerque. Edições Graal, 1998. Rio de Janeiro. Disponível em: http://groups.google.com.br/goupr/digitalsource. Acesso em 20/10/2017.
NOME DO ALUNO
Rubens Soares
DADOS SOBRE O AUTOR
Michel Foucault (1926-1984),francês contemporâneo, licenciado em Filosofia e graduado em Psicologia Patológica, atuou em penitenciárias e hospitais, dedicou-se à reflexão existente entre poder e conhecimento.
Dentre os vários problemas sociais estudados por este filósofo estão: o sistema penitenciário, a instituição escolar, a psiquiatria e a psicanálise praticadas de forma tradicional e a sexualidade.
Conferencista e escritor internacional renomado, esteve no Brasil. Suas obras são: Doença Mental e Psicologia (1954); História da Loucura (1961); O Nascimento da Clínica (1963); As Palavras e as Coisas (1966); A Arqueologia do Saber (1969); Isto não é um Cachimbo (1973); Vigiar e Punir (1975) e História da Sexualidade (1976), cujo projeto compreendia a publicação de 6 volumes que, entretanto, não conseguiu acabar. O Uso dos Prazeres e o Cuidado de Si (1984), ano de sua morte.
BREVE SÍNTESE DA OBRA
Antes de falarmos sobre a obra História da Sexualidade em si, tratemos sobre o que é psicanálise e seu objeto de estudo, para tornar o referido estudo de mais fácil compreensão a todos.
A Psicanálise foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud com o objetivo de estudar e compreender a mente humana para tratar seus desequilíbrios. Para o autor supracitado há estreita relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas. Pois, estes, estariam armazenados no inconsciente e são dominados pelos desejos sexuais.
Se, a Psicanálise é o estudo da mente e tudo o que nela está contido e, o autor dedicou sua vida ao estudo de problemas sociais resultantes de desequilíbrios mentais, então, por certo, estamos diante de uma obra de cunho psicanalítico-social.
A obra intitulada História da Sexualidade - A Vontade de Saber traz em sua essência uma análise histórica do sexo para o homem ocidental a partir do século XVII e sua influencia na política, religião e na economia de uma sociedade, que levará consequentemente ao modo de agir e viver essa mesma sociedade.
Foucault através de seus estudos e conhecimento prático passa a entender a sexualidade como mecanismo para o exercício do poder sobre uma sociedade em suas mais variadas vertentes.
Foucault faz uso da técnica do discurso contraditório em sua obra, como todo filósofo, para que o leitor possa construir um pensamento sobre o tema tratado, assimilá-lo para então, influenciar o pensamento vigente de sua época que está intimamente ligado ao poder.
Para o filósofo francês, a sexualidade é utilizada através da história de acordo com os interesses em questão. Ainda que o discurso seja o da proibição sobre o assunto ou a total liberdade de expressão, tudo é pensado com o intuito de assumir e permanecer no poder, através das instituições sociais, como sistema prisional, escolar e religioso.
O filósofo também traça um panorama da história da sexualidade enquanto discurso social libertário ou repressivo como mecanismo de mensurar os benefícios e malefícios do mesmo para o Estado, como controle de natalidade, controle de idade de gestação, emprego, renda, pobreza x riqueza, criminalidade entre outros tão conhecidos nossos na atualidade.
O filósofo contemporâneo traça panorama sobre a sexualidade inclusive a infantil com o objetivo de despertar o desejo de saber do sexo mesmo em seu tempo de repressão, tece comentários sobre a religião em que o fiel “falava” sobre seus desejos e atos secretos com seu cônjuge, o lugar onde poderia haver atos sexuais. Bem como o fato de haver profissionais para “ouvir” sobre os desejos sexuais. Para ele, então, tudo se resume ao falar constantemente sobre sexo e sexualidade e, assim despertar o interesse da sociedade para o assunto, ao contrário do discurso repressivo.
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