RESENHA CRÍTICA A MASSAI BRANCA

TEMA: RESENHA CRÍTICA DO FILME “A MASSAI BRANCA”

TÍTULO: SUBJETIVIDADE E MULTICULTURALISMO

Analisando o filme sob o viés psicológico, tendo por foco principal de estudo a subjetividade, podemos traçar ilações importantes sobre o multiculturalismo e a importância de se respeitar a cultura e os costumes alheios. O principal tema abordado pelo autor do filme “A Massai Branca” é o contraste cultural. Baseado em fatos verídicos, o filme traz a história de Carola e Lemalian, personagens principais da trama. Carola, uma mulher branca, européia, cidadã suíça. Lemalian, um guerreiro massai, de uma tribo interiorana do Quênia.

Durante uma viagem de Carola com seu namorado Stefan no país africano, Carola se sente bastante atraída pelo guerreiro massai assim que o avista. Decide assim, abdicar de tudo em prol do seu novo amor. Abandona sua vida européia e viaja até o interior do Quênia atrás de Lemalian. Nisso, encontra Elizabeth, uma mulher branca, casada com um queniano, gerando assim uma amizade devido às suas vidas e experiências, até então, serem parelhos. Após 10 dias, Lemalian encontra Carola na casa de Elizabeth e iniciam finalmente o relacionamento.

Após variados contrastes culturais, como subordinação da mulher constante ao homem, desapego tribal financeiro, crendices religiosas envolvendo sacrifícios animais e feitiçaria, Carola começa então a interrogar os costumes e a cultura local, classificando- os como inapropriados ou degradantes. Um padre local, homem branco e europeu também, que inicialmente não nutria tanta simpatia por Carola, certa vez emitiu um alerta de que as mulheres naquele local não deveriam sorrir constantemente para outros homens.

Nisso, começou variados ataques de ciúmes da parte de Lemalian em relação ao modo de falar com outros homens de Carola. Após calorosas discussões e intrigas, surgindo inclusive agressões de ambas as partes, Carola resolve se desfazer daquele mundo, retornando, anos mais tarde, com seu filho para a Suíça.

O filme traz uma mensagem eurocêntrica sobre diferenças culturais, distantes, em relação a costumes e tradições. Entretanto, nos traz também a reflexão de que nossa visão deve estar sempre enquadrada no bojo da subjetividade humana, no qual não existe o mais adequado ou o mais correto. Existe o fato concreto, não cabendo a nós interrogarmos ou tentarmos alguma interferência. Devemos respeitar a visão de mundo de outras culturas, certos de que são as diferenças que geram a identidade e a originalidade local.

Autor: RAFAEL BEZERRA (201902631153) Introdução a Psicologia- 2019.01