RESENHA DO FILME : ESCRITORES DA LIBERDADE
Por: Eliasafe Silva • 12/12/2017 • Resenha • 1.185 Palavras (5 Páginas) • 750 Visualizações
A história do filme “Escritores da Liberdade”, teve origem nos relatos da professora Erin Gruwell que escreveu o livro The Freedom Writers Diaries sobre sua vivência como professora do colegial em uma instituição educacional estadunidense. O filme foi lançado no ano de 2007, dirigido por Richard LaGravenese e produzido por, Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher, o elenco contou com estrelas de Hollywood como, Hilary Swank, Scott Glenn, Imelda Staunton e Patrick Dempsey. O enredo cinematográfico retrata as relações de conflitos nas esferas sociais e pessoais de uma turma do ensino médio de um Colégio americano. O filme traz à tona a ineficácia da didática educacional utilizada pela instituição escolar em formar cidadãos sociais frente às diferenças estabelecidas por uma sociedade capitalista neoliberal marcada por desigualdades sociais que abrangem classes econômicas e étnicas. É possível identificar logo de início a busca pela identidade de cada grupo dentro do contexto escolar. O cenário principal do filme é a escola, formada por alunos de classe média, a princípio sem grandes conflitos, pois todos pertenciam à mesma classe social e origem familiar. O problema começa a surgir quando uma política educacional é implantada na instituição, visando à inserção de alunos carentes, de origem familiar humilde, propondo o acesso à educação de melhor qualidade a estas famílias. A partir da chegada desses novos integrantes à comunidade escolar, surgem os conflitos devido às diferenças socioculturais, estabelecendo-se gangues dentro da instituição, lutando por suas ideologias de vida. A segregação racial, antes vivida apenas na comunidade, passa a integrar o ambiente escolar com o surgimento de diversos grupos. As interações entre os estudantes tornam-se cada vez mais complicadas e refletem diretamente na relação de ensino e aprendizagem, sendo motivo de descontentamento de grande parte dos acadêmicos e motivo de desestímulo na busca pelo saber.
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As gangues passam a proporcionar aos estudantes uma identidade, colocando-os em uma posição social dentro da instituição e não fazer parte de um grupo era o mesmo que não ter identidade, aumentando cada vez mais o preconceito entre os alunos. Este é o cenário que é apresentado a Srta. Erin Gruwell, uma professora de Língua Inglesa e Literatura recém-formada. Ela chega à instituição com muitas expectativas e vontade de lecionar, porém a resistência dos alunos é uma barreira que ela precisa encontrar uma forma de romper, para aos poucos conquistá-los e promover as mudanças necessárias no ambiente escolar, chegando ao êxito profissional, que é ensinar de forma a promover mudanças de atitude nos alunos, dando-lhes novas perspectivas de vida. Diante da realidade vivida em sala de aula, Erin procura a diretoria da escola para expor suas dificuldades em ministrar as aulas devido à resistência dos alunos em aprender e levar a sério os estudos, mas a direção da escola não se importa com os problemas apontados pela professora, deixando-a sozinha em sua tarefa de lecionar. O método educacional utilizado pela escola é posto em xeque pela professora que não concorda com a maneira em que o ensino é conduzido. Como estratégia para abordar as questões de xenofobia existente, ela utiliza a história do holocausto, mostrando aos alunos o quão prejudicial são para uma sociedade as questões de preconceito de ordem social, étnicas e religiosas, e para que a sociedade siga em ordem, a tolerância às diferenças é o caminho mais seguro. Para se aproximar da realidade dos alunos e conquistar sua atenção, a professora utiliza de didáticas pedagógicas pouco comuns, como a utilização de músicas, jogos, leitura e escrita de um diário com o intuito de despertar o interesse deles e aos poucos elevar a autoestima da classe, ela leva os alunos a corelacionar a história do holocausto com as situações vividas por eles no ambiente escolar e na comunidade, fazendo-os refletir sobre suas atitudes e as consequências delas. As semelhanças entre o holocausto e o cotidiano dos alunos colabora para aflorar o gosto pela leitura, com a estratégia da confecção do diário pessoal, Erin foi capaz de estimular a escrita de seus alunos e em contrapartida conhecer a história de vida de cada um, ciente das particularidades de cada um ela foi capaz de desenvolver estratégias para se aproximar cada vez mais da turma. Desta maneira a professora recém-formada que começou sua carreira em uma instituição educacional pautada no ensino tradicionalista em que o professor tem o papel de ser o detentor do conhecimento e de transferi-lo ao aluno e como forma avaliativa
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