RESENHA FÍLMICA - O GÊNIO INDOMÁVEL
Por: Rebeca Cardoso • 3/3/2020 • Resenha • 839 Palavras (4 Páginas) • 228 Visualizações
REBECA CARDOSO
GLEIZER MELO
MICHELE DIAS
RESENHA FILMICA - O GÊNIO INDOMÁVEL
CONCEIÇÃO DO COITÉ - BA
2019
REBECA CARDOSO
GLEIZER MELO
MICHELE DIAS
RESENHA FILMICA - O GÊNIO INDOMÁVEL
Atividade avaliativa apresentada à disciplina de TTP III – Teorias e técnicas psicológicas III, do curso de Psicologia, Semestre V, da Faculdade da Região Sisaleira, como avaliação parcial da unidade, solicitado pelo Docente Bruno Pamponet Silva Santos.
CONCEIÇÃO DO COITÉ - BA
2019
RESENHA
O filme conta a história de Will, um jovem orfão muito inteligente que trabalha como faxineiro em uma Universidade muito conceituda, mas não tem condições de estudar e apresenta um comportamento social “inadequado”. Ele é uma pessoa muito agressiva e sempre está com problemas, ao se envolver em uma confusão, a justiça determina que ele faça acompanhamento terapeutico. Will passa por cinco terapeutas diferentes e nenhum dá continuidade às terapias.
Até que Sean, um Psicologo que também é professor de uma outra Universidade, decide acolher o rapaz. O jovem o desafiava em vários sentidos, desde atitudes propositais como tentar manipula-lo, até as mais maliciosas tentando encontrar um ponto fraco de Sean para fazer com que ele não proseguisse com o acompanhamento. Algo no filme que chama bastante atençao e aponta principalmente para a abordagem de Sean é que antes de dispensar os seus alunos em sala de aula ele fala algo sobre seduzir os clientes, referindo-se a confiança. Rogers se utiliza muito do termo “cliente” e também fala sobre a confiança ser o essencial em uma terapia.
Através do livro Tornar-se pessoa, Carl Rogers nos predispõe à reflexões instigantes acerca da vida pessoal e das relações e nos provoca para a constituição de uma vida profissional pautada na relação de ajuda, segundo Rogers (1961), o papel do psicoterapeuta é o de facilitar que a tendência atualizante possa fluir de forma natural e espontânea, de forma a que o cliente possa construir sua vida positivamente. O que acontece no filme é exatamente isso, Sean consegue penetrar a alma de Will e ve-lo como um ser humano e que apesar de toda a sua agressividade e genialidade, o comportamento diferente dele é como um sistema de auto-defesa para esconder sua fragilidade e necessidade de ajuda.
Ao decorrer do filme, é possível observar que em alguns momentos Will tenta entrar na intimidade de Sean, tentando desequilibra-lo talvez ou então achar uma oportunidade de confiança para poder se abrir, se o Psicólogo nesse momento tivesse recuado e cedido, possivelmente ele nunca teria o conquistado e a evolução não aconteceria. Rogers foca no modo como o cliente encara o tratamento e na experiência interior em relação ao processo terapêutico, que segundo ele, é fundamental para o crescimento e evolução e no caso de Will, ao ser confrontado por Sean quando ele pergunta sobre seus medos, Will se sente muito desconfortável, porém, era importante que ele passasse por essa fase de reflexão para perceber a necessidade de mudança e poder lidar com seus monstros internos.
Algumas sessões foram o suficiente para o terapeuta se colocar no lugar do cliente e buscava em todas elas entender o porque daquele comportamento, ao contrario de Will, Sean não se utilizava de nenhuma máscara, expressava os seus gostos, realizações, mas também suas frustrações e medos, essa abertura permitiu com que aos poucos aquele jovem fosse estabelecendo uma relação confiável de conexão e troca entre os dois. Rogers chama essa condição de compreensão empática, é basicamente a compreensão sensível do estado em que o paciente se encontra, não apenas o superficial, mas, entender "quem e o que sou" sem os pré-conceitos, julgamentos e análises, é quando o facilitador do processo é capaz de mergulhar no mais profundo e se enxergar no mundo interior do outro sem perder sua identidade.
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