Reich Fase Fálica
Por: cyzviana • 1/12/2021 • Trabalho acadêmico • 927 Palavras (4 Páginas) • 107 Visualizações
Fase fálica:
Por volta dos três anos de idade, a libido inicia uma nova organização, chamada fase fálica, onde a erotização passa a ser direcionada para os genitais. Nessa fase, não se configura a existência do órgão genital masculino e feminino, mas sim a ausência ou presença do pênis. A vagina é e continuará sendo desconhecida ainda por muito tempo. Os homens são conhecidos pela presença do órgão fálico, já as mulheres, pela ausência do mesmo.
A erotização dos genitais nessa fase traz a fantasia de possuírem um pênis. O menino exibe seu membro com orgulho e ar de superioridade, enquanto a menina reage protestando que seu “pênis” (clitóris) ainda crescerá. Mas com o tempo, a realidade confirmará que só o homem possui o pênis, ficando a mulher com a imagem de castrada, atribuindo-a a um elemento de inferioridade e a inveja do pênis.
A erotização genital cria a necessidade de buscar o objeto que permitirá a obtenção do prazer, ou seja, um elemento do sexo oposto. Então é natural que durante a fase fálica, o menino se dirija para a busca de uma figura feminina. Sendo a figura feminina mais próxima dele, sua própria mãe. A maior parte dos vínculos de prazer da infância estão ligados a mãe.
Porém, como incestuoso e proibido, foi necessário reprimir esse amor. E o esquema repressor entra com o pai em cena. Tendo o poder de recompensar e punir como símbolo de autoridade por ser o “dono” da mãe e das mulheres. Esse triangulo amoroso entre mãe, pai e filho, é conhecido e denominado por Freud, de Complexo de Édipo. Sendo o filho se sentindo ameaçado pelo pai, e na lógica infantil, o pai o iria punir com a castração, vide que o pênis é o símbolo de poder. Obrigando a criança a reprimir essa atração sentida pela mãe.
Diante da percepção do menino de que se não abandonar seu objeto de desejo (mãe), ele será castrado também, ele se depara com a percepção de que sua mãe é incompleta, por não possuir um pênis, ou tida como castrada. Não mais onipotente como antes ele imaginou, nesse momento percebe que esteve “enganado” o tempo todo sobre o “seu saber”.
Justamente nessa fase, e por conta de tanto descoberta, tanto o individuo histérico, quanto o perverso parecem ter um enroscamento.
Freud diz que a histeria está ligada a fixação da fase fálica: ao se deparar com a percepção de que a mãe não tem falo, o mundo da criança passa a ser dividido entre fálicos (considerados seres superiores) e castrados (considerados seres inferiores). “A histérica não sabe o que é ser mulher, portanto representa ser mulher, por isto muitas vezes demonstra um ar teatral, exagerado, dando a sensação de artificialidade. Ser mulher para ela é fantasiado dentro do registro que ela conhece, o fálico, assim ser mulher passaria a ser uma equivalência simbólica com ter o falo. Ela não pode tolerar não ser mulher porque para ela isto significa ser castrada. Então aqui entra a encenação histérica do que ela julga ser mulher. “O histérico não tem o falo, ele é o falo”. Freud coloca que o excesso de adereços numa mulher seria uma tentativa de compensação pela sua falta de pênis.”
“Já o perverso tem uma vivência da ordem do horror no confronto com a diferença dos sexos e nisto está a confirmação de que ele está condenado a perder
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