Relatório de Psicologia organizacional - Estágio Básico I
Por: adrianoocarva • 17/6/2017 • Relatório de pesquisa • 3.482 Palavras (14 Páginas) • 1.747 Visualizações
Psicologia Organizacional do Trabalho
A Psicologia Organizacional pode ser reconhecida como um campo de atuação interdisciplinar que procura compreender os fenômenos organizacionais que se desenvolvem em torno de um conjunto de questões referentes ao bem-estar do indivíduo, já que, segundo o autor, as organizações são sistemas sociais complexos. (Schein, 1982).
No aspecto evolutivo, a prática da Psicologia nas organizações desenvolveu-se a partir do início do século XIX, sob o nome de Psicologia industrial, sendo definida como “o estudo do comportamento humano nos aspectos da vida relacionados com a produção, distribuição e uso dos bens e serviços de nossa civilização” (Tiffin & McCormick, 1975, p.3), dedicando-se à aplicação dos conhecimentos no comportamento humano para a solução dos problemas no contexto industrial.
O termo Psicologia Organizacional e do Trabalho, empregado desde a década de 90, tem por objetivo contemplar a atual diversidade da área, de modo a propor a existência de dois grandes eixos de fenômenos que envolvem aspectos psicossociais: as organizações, enquanto ferramenta social formadora de coletivos humanos e o trabalho, enquanto atividade básica do ser humano reprodutora de sua própria existência e da sociedade (Bastos, 2003).
Neste sentido, os fenômenos organizacionais são considerados como processos psicossociais, que estruturam a vida dos indivíduos e o funcionamento das sociedades (Zanelli & Bastos, 2004). De modo semelhante, o trabalho é concebido enquanto elemento transformador não apenas da matéria, mas também da vida psíquica, social, cultural, política e econômica (Malvezzi, 2004).
De modo semelhante, o trabalho é concebido enquanto elemento transformador não apenas da matéria, mas também da vida psíquica, social, cultural, política e econômica (Malvezzi, 2004).
Um dos principais desafios na área de POT (Psicologia Organizacional do Trabalho) é compreender como interagem os múltiplos aspectos que integram a vida das pessoas, grupos e organizações em um mundo em constante transformação, de modo a propor formas de promover, preservar e restabelecer a qualidade de vida e o bem-estar (Zanelli & Bastos, 2004). Dentre outros aspectos, é preciso evitar que as pessoas tenham que se adaptar a condições que ultrapassem seus próprios limites, como aprender habilidades em prazos mais curtos do que o necessário ou mesmo alterar aspectos de sua identidade (Malvezzi, 2004). Para tanto, faz-se necessária estreita interface com outras áreas do conhecimento, tais como sociologia, antropologia, ciências políticas, educação, economia e administração (Bastos, 2003).
No aspecto evolutivo, a prática da Psicologia nas organizações desenvolveu-se a partir do início do século XIX, sob o nome de Psicologia industrial, sendo definida como “o estudo do comportamento humano nos aspectos da vida relacionados com a produção, distribuição e uso dos bens e serviços de nossa civilização” (Tiffin & McCormick, 1975, p.3), dedicando-se à aplicação dos conhecimentos no comportamento humano para a solução dos problemas no contexto industrial.
Referencial Teórico
A satisfação no trabalho é um fenômeno amplamente estudado, pelo mesmo gerar forte influência no trabalhador, podendo afetar a saúde física e mental deste.
O ambiente psicossocial no trabalho engloba a organização do trabalho e as relações de trabalho. Os fatores psicossociais no trabalho se referem a interação entre e no ambiente de trabalho, conteúdo do trabalho, condições organizacionais e habilidades do trabalhador, necessidade, cultura, causas extra-trabalho pessoais que podem influenciar a saúde e o desempenho no trabalho (Organização Internacional do Trabalho, 1984).
A satisfação no trabalho é considerado um estado emocional favorável, com origem de uma avaliação que o trabalhador faz do seu trabalho e da capacidade da pessoa de perceber como este satisfaz ou permite a satisfação dos seus valores importantes no trabalho (Locke, 1969, 1976). 0bservando isto pode-se notar que dois aspectos são definidos como propulsores da satisfação no trabalho: um aspecto cognitivo, que se trata de como o trabalhador pensa e suas opiniões sobre o trabalho, e um outro aspecto, o afetivo e emocional, que busca o quão bem o trabalhador se sente em relação ao seu trabalho. Assim se pode concluir que, no trabalho a satisfação é baseada parcialmente no que o indivíduo pensa e no que o indivíduo sente (Wright & Coropanzando, 1999).
A satisfação no trabalho também pode ser definida como “um sentimento referenciado pelo trabalhador em resposta à situação total do trabalho” (Harris, 1989, p.13). Podemos concluir que a satisfação vem de diversos pontos dentro do trabalho, sendo influenciado constantemente por diversos fatores, e que tais fatores podem implicar na qualidade do trabalho na saúde do trabalhador e também nas relações interpessoais. Esses diversos pontos que podem implicar na vida dos trabalhadores e na realização do trabalho podem surgir em diferentes áreas como na bonificação, na não valorização do trabalho prestado, na falta de reconhecimento, ambiente de trabalho inadequado e problemas nas relações interpessoais.
Durante a década de 1960, McGregor, apresentou a teoria X, relatando que o homem é considerado um ser passível, irresponsável e resistente a inovações, assim sendo necessária a hierárquica e a administração devia organizar e controlar os empregados. Onde as recompensas financeiras é vista no trabalho como uma maneira de satisfação (Licht, 1990, Perez-Damos, 1980). Ao analisar a teoria X é possível facilmente compreender que a renumeração, bonificação, comissão são formas de satisfazer o trabalhador com o seu trabalho e dessa forma o trabalho tende a ser realizado com sucesso.
O bem-estar no trabalho é essencial para um maior posicionamento adequado. O bem-estar em matéria psíquica é decorrente da criação e existência de um sentido atribuído ao trabalho executado. Se o trabalho é escolhido livremente ele tende a oferecer vias de descargas da carga psíquica sendo este trabalho equilibrante e estruturante.
Se ocorrer o contrário, não havendo a descarga de energia psíquica o trabalho torna-se fonte de tensão, originando a fadiga, tornando o trabalho fatigante (Dejour, 1994). Para o trabalhador essa descarga psíquica torna o trabalho uma fonte de prazer e um instrumento de equilíbrio, quando não existe essa descarga o trabalho se torna um sofrimento acarretando a insatisfação.
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