Relatório Análise Experimental do Comportamento - AEC
Por: rochaxandre • 23/7/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.210 Palavras (9 Páginas) • 600 Visualizações
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Universidade Federal do Ceará
Campus Sobral
Curso de Psicologia
RELATÓRIO DE AEC TREINO DISCRIMINATIVO
Discentes: André Rocha e Gevânia Mourão
Docente: Profa. Vitória Gridvia
SOBRAL
2018
- INTRODUÇÃO
Antes de adentrar no experimento executado, é indispensável correlacioná-lo com alguns conceitos teóricos que são embasados à luz da Analise Experimental do Comportamento, ciência que os regem, sendo eles: discriminação, treino discriminativo e história de reforçamento diferencial. De acordo com Catania (1999), discriminação é qualquer diferença na resposta do sujeito que traz como resultados consequências diferenciais do responder na presença de outros estímulos. Logo, um responder discriminado é aquele com maior probabilidade de ocorrência na presença de determinados estímulos, evidenciando a relação entre a resposta e os estímulos que a antecedem, comum a todo comportamento operante (SÉRIO et al., 2015)
Moreira e Medeiros (2007) definem treino discriminativo como ‘’o procedimento utilizado para estabelecer o controle de estímulos: consiste em reforçar o comportamento na presença do estímulo discriminativo (sd) e extingui-lo na presença do estímulo delta (Sd)’’. Um exemplo para ilustrar o que os autores mencionam é o próprio experimento realizado intitulado de discriminação simples sucessiva 1.0 de autoria de Márcio Borges Moreira. Esse procedimento compõe um experimento no formato de jogo em que, para ganhar pontos, basta clicar sobre as figuras.
Então, entra a noção de estímulo discriminativo e estímulo delta. O estímulo antecedente (s), dentro da relação operante, pode assumir função de estimulo discriminativo (sd), ou seja, quando for apresentado aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta. Enquanto que o estímulo delta (S d) não vai apresentar reforço, ainda que o participante ou sujeito experimental emita uma resposta.
Portanto, precisa-se entender no que consiste o processo de reforçamento diferencial e a história assumida por ele dentro do contexto de vida da pessoa. Segundo Moreira e Medeiros (2007), o reforçamento diferencial é um procedimento que consiste no reforçamento e extinção de comportamentos que acontecem simultaneamente. Desse modo, o reforço tem como objetivo aumentar a frequência do comportamento para que o mesmo permaneça e também para que fortaleça a probabilidade de ocorrer novamente.
Em contrapartida, a extinção vai diminuir gradativamente a frequência do comportamento indesejável por meio da emissão dos reforçadores de tal comportamento. Assim, o processo de história de reforçamento diferencial é estabelecido à medida que algumas respostas são seguidas de reforço e outras não. Isso implica necessariamente em que, na presença de um estimulo há a produção de reforço e na ausência do estimulo não há produção de reforço. Todavia, o fato da produção de reforço para uma resposta não se relaciona simplesmente com a emissão da resposta, mas, principalmente, os estímulos antecedentes que estavam presentes quando a resposta foi emitida. (SÉRIO et al., 2015)
2. MÉTODOS
2.1. O PROGRAMA
O programa utilizado para o procedimento foi o Walden4, disponível on-line, que compõe um experimento denominado de Discriminação Simples Sucessiva 1.0 de autoria do professor Márcio Borges Moreira. Este procedimento consiste em um jogo de computador em que aparecem diversas figuras na tela do computador, cerca de doze estímulos medindo aproximadamente 12 cm² com fundo laranja e a figura centralizada em cor azul, sendo seis estímulos discriminativos e seis estímulos delta. O participante é convidado a clicar sobre a figura com o objetivo de fazer o maior numero possível de pontos.
Para ter acesso ao programa, é necessário acessar o Google com o descritor Walden4, e clicar no link experimento. Após isso, basta procurar o nome experimento discriminação sucessiva 1.0.
2.2. O AMBIENTE EXPERIMENTAL
A sessão experimental foi realizada na sala de estar da casa de um dos integrantes que compõe a equipe, pelo turno da noite. A sala de estar é bem iluminada, possui duas janelas, uma mesa e, no momento da aplicação, o ambiente estava silencioso de modo a não ter sido interrompido por algum ruido
2.3. O PROCEDIMENTO
Para realização deste procedimento utilizamos o experimento proposto por Matos e Tomanari (2002) seguindo os passos descritos no capítulo Podemos mudar o modo como uma pessoa fala? Antes de iniciarmos o experimento, um dos membros da equipe ficou conversando com a participante no ambiente antes da sala, enquanto que os demais experimentadores foram conferir se estavam completos os verbos, a ficha de instrução, cartões com verbo, cartões com pronomes, lápis e borracha. (Matos e Tomanari, 2002). Após isso, a participante foi levada até a sala de estar para a realização do procedimento. Antes de iniciar a atividade, foi lida algumas instruções proposta pelas autoras já mencionadas, a fim de que o experimento fosse compreendido. Tendo a participante entendido o que era para ser feito, deu-se seguimento a atividade.
Foram apresentados, inicialmente, 15 verbos de base, no modo indicativo, e a participante deveria formular frases utilizando, obrigatoriamente, um pronome que estava disposto à mesa, e um verbo em qualquer tempo (passado, presente ou futuro)
2.4. O PARTICIPANTE
Para a realização deste experimento contamos com a participação voluntária de um estudante do curso de Música, atualmente no 6º período, da Universidade Federal do Ceará- campus Sobral, que foi devidamente explicado que o procedimento que estava realizando faz parte de uma disciplina de graduação do curso de Psicologia da referida instituição e que serviria afins de estudos e para compor uma nota final. Com a anuência do participante, deu-se inicio ao experimento por volta das 10h30min do dia 18 de outubro de 2018.
3. RESULTADOS
Logo após a aplicação do experimento e da analise dos dados colhidos, concluímos com os seguintes dados: 161 tentativas, 1296 respostas e 5940 pontos acumulados.
O experimento durou 20’ 27’’
Os números das tentativas foram às seguintes:
TxR em S discriminativo = 742/20 = 37,1 resposta/minuto
TxR em S(delta) = 557/20 = 27,85 resposta/minuto
O índice discriminativo foi o seguinte:
Numero de respostas (sd) = 742= 0,57 OU 57%[pic 2][pic 3][pic 4][pic 5]
Total (Sd+sdelta) 1299
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