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Remuneração x Motivação: A diferença entre o ter e o ser em espaços laborais

Por:   •  20/3/2018  •  Tese  •  3.576 Palavras (15 Páginas)  •  311 Visualizações

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Remuneração x Motivação: A diferença entre o ter e o ser em espaços laborais

Rosemeire de Matos Fonseca ¹

João Ricardo Salles Nascimento ²

RESUMO

Quando uma empresa abre processo seletivo para determinada vaga, vários profissionais se perguntam como proceder para se sobressair dos demais candidatos e conquistar a tão esperada vaga naquela empresa que almejou fazer parte. Em contrapartida, muitos gestores não se preocupam em buscar a melhor maneira de manter seus colaboradores, motivando-os a continuar na equipe de forma sadia para toda a corporação.

O que se propõe nesse projeto é analise do que realmente um profissional busca em uma empresa alem de remuneração e de que forma os gestores podem colaborar para mudar essa realidade visto que muitos colaboradores usam seus gestores como referência de mudança na organização.

Palavras-chave: Motivação. Remuneração. Satisfação

ABSTRACT

When a company opens a selection process for a certain vacancy, several professionals wonder how to proceed to stand out from the other candidates and win the long-awaited vacancy in that company that wanted to be a part. In contrast, many managers do not bother to find the best way to keep their employees motivated to stay in the team in a healthy way for the entire corporation.

What is proposed in this project is an analysis of what a professional really looks for in a company besides remuneration and in what way managers can collaborate to change this reality since many employees use their managers as reference of change in the organization.

Keywords: Motivation. Remuneration. Satisfaction

¹ Discente do Curso de Pós Graduação em Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional do Trabalho – FTC/BA – E-mail: rosyfonsecafsa@gmail.com

² Professor Orientador, Especialista em Gestão de Empresas – Professor da Pós graduação – FTC/BA. E-mail: jrsnascimento@hotmail.com

INTRODUÇÃO

Algumas organizações procuram manter seus colaboradores motivados através de ações, pois sabem que um funcionário motivado gera satisfação e retorno para a empresa. Para motivar esses colaboradores, é necessário muito mais que salários. Benefícios são importantes, mas fazer com que o funcionário se sinta peça-chave para a empresa tem a mesma importância, visto que muitos colaboradores para se sentirem motivados, precisam sentir que o seu papel na empresa tem extrema importância para o funcionamento da mesma.

Um bom gestor identifica em sua equipe os pontos em que pode melhorar para que se tenham colaboradores motivados a organização, visando sempre o melhor para ambos os lados.

As empresas oferecem como motivação alguns benefícios que são considerados como salários indiretos, mas o principal fator para a motivação dos funcionários é o reconhecimento e treinamentos, itens precários ou inexistentes em algumas organizações.

Com base nas informações coletadas, serão analisadas estratégias para motivar as equipes. Será necessário identificar as necessidades dos colaboradores, para se verificar o que pode ser melhorado e, assim ter por finalidade a contribuição de cada um dentro do ambiente laboral.

 

METODOLOGIA DA PESQUISA

Esse trabalho tem como objetivo, identificar de que forma a remuneração é importante para manter uma equipe motivada em uma loja de materiais de construção da cidade de Feira de Santana e como esses colaboradores querem ser visto dentro da organização. Para isso foi realizado pesquisa bibliográfica e como metodologia a pesquisa de campo, com estudo exploratório e análise através de coleta de dados com questionário aplicado a alguns gestores que ajudou a compreender a melhor busca de informações. Visa ainda à importância do gestor no processo de motivação de seus colaboradores, buscando entender o que cada um busca dentro da organização além de motivação.

A GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES

As empresas buscam crescimento dos resultados enquanto os colaboradores querem reconhecimento e valorização das atividades exercidas. Com isso, há uma relação de troca, pois ambos buscam um mesmo objetivo que é o crescimento e o sucesso. Alcançar esse equilíbrio não é tarefa fácil, pois embora alguns objetivos sejam parecidos, ocorrem muitas divergências nesse processo o que gera desmotivação e perda de produtividade.

Compreender e entender a cultura da empresa e os seus valores é um fator que pode contribuir para minimizar essa questão. Em épocas não muito distantes, os colaboradores eram vistos como “materiais” da empresa, quase que como máquinas. No entanto, por exigência do mercado atualmente, fizeram com que as organizações revessem essa prática e a darem conta da importância das pessoas com as quais atuam, tendo assim um olhar mais humanizado sobre elas.

As organizações que desejem promover uma transformação em seu ramo de negócio devem usar seus conhecimentos para identificar idéias revolucionárias e ações estratégicas que possam ser colocadas em prática. Para Chiavenato (2003), as organizações vivem em um mundo humano, social, político e econômico. Elas existem em um contexto ao qual denominamos ambiente.

Organização é um tipo de empreendimento social que se reúnem recursos variados para atingir seus objetivos. Os recursos (também chamados de processos) são meios que as organizações têm para realizar suas tarefas e atingir seus objetivos. Os recursos organizacionais são os bens ou serviços utilizados nas atividades organizacionais. Esses recursos não se tratam apenas de dinheiro, inclui-se também ás matérias-prima utilizadas, os serviços prestados, os equipamentos, as matérias e os colaboradores. Esses recursos são divididos em:

  • Recursos Físicos: compreende o espaço físico (prédios e terrenos), a tecnologia utilizada no processo de produção de bens e serviços e o próprio processo produtivo.
  • Recursos Financeiros: são os recursos em forma de capital, fluxo de caixa, investimentos, aplicações, empréstimos, financiamentos, etc.
  • Recursos Humanos: são as pessoas que compõe a organização independente do nível hierárquico. Esses recursos são distribuídos em níveis institucionais (diretoria), nível intermediário (gerencia e assessoria) e no operacional (colaborados, técnicos e supervisores de linha).
  • Recursos Mercadológicos: são todos os métodos utilizados para análise de mercado (de consumidores e concorrentes), planejamento de venda, execução e controle de qualidade, promoções, propagandas pelos meios de comunicação, lançamento de produtos no mercado com novas tecnologias e assistência técnica. Para que esses recursos mercadológicos sejam satisfatórios é necessário:
  1. Analise de mercado;
  2. Perfil do público, identificando as necessidades do consumidor;
  3. Compras e estoque;
  4. Custos e formação de preços;
  5. Fluxo de caixa;
  6. Ponto de equilíbrio (saber o faturamento mínimo capaz de pagar todos os seus custos e despesas);
  7. Planejamento tributário (identificar quantos e quais impostos serão recolhidos, quais os benefícios e seus efeitos sobre o custo da mercadoria);
  8. Estrutura comercial;
  9. Política de recursos humanos. Mesmos as pequenas empresas devem ter visão das atividades, mas são necessários  mecanismo de motivação dos colaboradores; e
  10.  Informática (condição exigida pelo mercado para que a empresa tenha agilidade e dinamismo).
  • Recursos Administrativos: são as atividades de planejamento, organização e controle das tomadas de decisões.

Gerir pessoas é bem mais difícil do que gerir recursos, visto que trata-se de seres completamente complexos e “não exatos”. Para que se possa ter uma gestão de pessoa de sucesso na organização é necessário cumprir três passos básicos:

  • Fazer um planejamento básico e preciso sobre o que a empresa faz, deseja alcançar e como deseja alcançar. Todos os envolvidos devem saber que toda decisão tomada na organização deve ser adotada em direção ao fim pretendido pela organização;
  • A estrutura deve está clara para os colaboradores. As pessoas desempenham melhor seu trabalho quando sabem exatamente o que devem fazer, seu papel, responsabilidades e onde estão; e
  • Deve-se definir a qualidade exata para a realização de cada atividade pois assim, cada colaborador saberá o que é necessário para exercer bem sua função, sendo mais fácil assim para o gestor avaliar erros e acertos ocorridos no processo.

Várias mudanças e mudanças ocorreram no século XX que influenciaram as organizações, sua administração e seu comportamento. É possível visualizar ao longo esse período as três eras organizacionais: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássica e a Era da Informação.

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